Mostrando postagens com marcador Almaviva 2009. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Almaviva 2009. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Assados na cozinha do Tom, com grandes vinhos: Almaviva 2009, Marchesi di Barolo Cannubi 2004, Pago de Capellanes Crianza 2009, Altos Las Hormigas Paraje Altamira 2011, Callejon del Crimen Gran Reserva 2010 e Castelo D'Alba Grande Reserva 2012


Fazia já um tempo que o Tonzinho não esbanjava suas habilidades nas grelhas de sua cozinha... Mas nesse domingo ele mandou ver, e não deixou barato. Carnes maravilhosas de Wagyu, Black Angus e Porco Preto, que escoltaram com maestria os vinhos levados pelo pessoal. 
O primeiro da esquerda foi ofertado pelo Tonzinho, e era um Altos Las Hormigas Paraje Altamira 2011. Bem, se o normal da vinícola já é legal, e o Reserva muito bom, imagine esse de um vinhedo único? O vinho é fermentado por leveduras da própria uva e passa 24 meses em barricas de carvalho francês. Tem aromas de framboesas, carnosos e de cacau. Em boca é sedoso, com boa acidez, taninos finos e final longo e especiado. Uma beleza de Malbec. Não é daqueles doces demais e carregadões de ameixa. Tem longa vida pela frente, ou melhor, teria...rs. Perfeito para as carnes do Tom.
O segundo vinho da foto, levado pelo Thiago, é um conterrâneo do primeiro, mas em um estilo um pouco diferente. É um Callejon del Crimen Gran Reserva 2010. Seus 12 meses de barrica não deixam marcas e o vinho é bem fresco. Tem aromas de framboesa, carne e couro. Em boca é mais seco que os tradicionais Malbecs e mostra ótima acidez e mineralidade. Eu gostei dele, justamente por fugir ao padrão. Vale a pena conhecer.
O terceiro vinho foi levado pelo Caião. Bem, esse dispensa apresentações. Aliás, já foi descrito aqui no blog: Almaviva 2009. Só que agora já está um pouquinho mais evoluído que quando bebemos há pouco mais de um ano. No começo tem nota apimentadas e leve goiaba em meio ao cassis, que com o tempo, domina os aromas, juntamente com chocolate amargo e pimenta-do-reino. Um belo vinho, sempre questionado pelo seu preço, mas que não deixa de ser grande. Está em plena juventude. Pode ser guardado por muitos anos.
Do lado direito do Almaviva, o Marchesi di Barolo Cannubi 2004, levado pelo JP. Esse também já pintou aqui no blog há 3 anos (clique aqui), e dispensa comentários. Embora tenha evoluído, ainda está muito parecido com o que bebi em 2012. Notas de pétalas de rosas, ameixas, alcaçuz, tostado e café. Em boca, bela acidez e taninos maduros. O final, longo e com notas de alcaçuz. Delicioso!
À direita do Barolão, o duriense levado pelo Luiz Fernando: Castello D'Alba Grande Reserva Vinhas Velhas 2012. É bastante diferente de seu irmão de 2011, que era mais floral e mostrava-se mais fechado quando o apreciamos. Esse 2012 está menos floral, com fruta mais madura (framboesa), uva passa e notas achocolatadas. A Touriga Franca dá o tom. Em boca mostrou-se muito macio, sedoso, e com final achocolatado. Estilo bem diferente de seu irmão, e bem mais pronto. Eu gostei dele! 
E para finalizar, o vinho levado por este que vos escreve: Pago de Capellanes Crianza 2009. Esse é um Ribera del Duero que sempre agrada a turma. E este 2009 estava uma beleza. Ao nariz mostra notas florais, de ameixa e alcaçuz, em um fundo cítrico. Em boca é fresco, mineral e com final longo e especiado. Delicioso! Bem dados os 93 pontos da WS e a designação de "highly recommended". Ótimo agora, mas com longa vida pela frente. 
Bem, isso aí. Outra bela tarde na cozinha do Tom, com belas carnes e vinhos de primeira. Ah, e companhia de primeira, claro!
Carnes "light" do Tonzinho...rs.




sábado, 16 de agosto de 2014

Premium de meio de ano da Confraria do Ciao: Adegas sem chaves!

Nosso confrade Paulinho disse uma coisa muito importante dias atrás: "Com todos os acontecimentos recentes, minha adega não tem mais chaves"! Perfeito! Esse negócio de ficar adorando vinhos fechados e dentro da adega, tem que acabar. E nessa última sexta-feira foi a prova disso. O Tonzinho nos chamou para uns assados na sua cozinha. Caramba! Fazia tempo que os confrades não se reuniam lá... Muito tempo. E a sugestão era levar vinho top. Dito e feito! Todos sairam de suas casas dispostos a aproveitar belas horas entre grandes amigos, apreciando os assados do Tonzinho e grandes vinhos, claro. 
Eu precisava me redimir de uns vinhos que não agradaram muito a turma, e o fiz de maneira inquestionável (acho...rs). Levei um Vega Sicilia Único 1996. Falar o que deste vinho? O danado estava uma beleza, com aqueles aromas de especiarias, lembrando curry, em meio a fruta na medida. Com o tempo, foi ficando melhor, claro. Mas nem deu muito tempo, a turma mandou ver logo. O Vega sempre deixa aquele gosto de quero mais...rs. Vinhaço! Para grandes datas.
O Tonzinho, quando me viu chegando com o Vega, foi na adega e tirou um Cos d'Estournel 2007. Outra beleza! Ah, está novo? Sim, claro... Mas não estamos nem aí. Mandamos ver. E olha, foi até providencial, pois a rolha estava molhada e já saindo um pouco de vinho por cima. Acredito que poderia até ser arriscado mantê-lo mais tempo na adega. Ou seja, fizemos uma grande ação para o Tonzinho...rsrs. No começo parecia que tinhamos feito uma grande besteira, pois o vinho estava reticente em mostrar suas qualidades. Mas em pouco tempo a coisa mudou. O danado se abriu e, apesar de novo, estava com taninos muito corretos. Os aromas de fruta se misturavam a notas de funghi secchi. Outro vinhaço!
O Caião chegou com um Tondonia Reserva 2002. Esse também dispensa comentários. Os Tondonia são presença constante em nossas reuniões e não há um confrade que não os admire. Amigos de ótimo gosto! Para este Reserva 2002 foram seis anos de barrica e como sempre, tradição pura na elaboração. Seus ótimos 12,5% de álcool mostram o caminho oposto às bombas. Cor clara, belíssima, aromas de especiarias e cereja seca davam ao vinho o charme peculiar de um Tondonia. Vinho para apreciadores de gostam de coisa boa. Tondonia é Tondonia!
O nosso amigo Paulinho chegou com duas garrafas. Disse que era para compensar os que havíamos levado... Bondade dele. Um era simplesmente o Almaviva que mais chamou a atenção da crítica nos últimos anos: Almaviva 2009. A Wine Spectator lhe outorgou 96 pontinhos... E olha, podem falar o que quiser, reclamar do preço, falar que é muito caro para um vinho chileno etc, etc. Mas o vinho é grande. Uma elegância incrível! Feito com Cabernet Sauvignon, Carmenére, Cabernet Franc e Merlot. Aromas de cassis, cereja preta, caixa de charuto e alcaçuz. Em boca, de grande intensidade, mineralidade, acidez perfeita e taninos finíssimos. O final era longo e especiado. Outra beleza de vinho! 
Outro que o Paulinho levou foi o Chateauneuf du Pape La Fiole du Pape 2008 (foto abaixo). O vinho vem naquelas garrafas tradicionais, tortas, bem legal. Era meio fraquinho de nariz, bem tímido. Em boca idem. Não tinha exageros de frutas, que era discreta, em meio a toques terrosos, chocolate amargo e grafite. Um bom vinho, mas bem atrás do Almaviva.
O Rodrigo levou um Don Maximiano 2009 (foto abaixo). Este vinho sempre agrada. É um que sempre está brigando com Bordeaux em degustações às cegas. Este 2009 é feito majoritariamente com Cabernet Sauvignon, temperado com pequenas quantidades de Carmenére, Cabernet Franc e Petit Verdot.  Tinha notas de frutas maduras, com destaque para framboesas e amoras, em meio alcaçuz e notas da madeira tostada. A mim, pareceu mais maduro e compotado que aqueles de safras anteriores.  
E para finalizar, o JP levou um Tokaji Oremus 5 Puttonyos 2003 (foto abaixo). Este já apareceu por aqui tempos atrás (clique aqui). É outro que sempre agrada. Notas de damasco em meio a gengibre, frutas secas e mel. Delicioso para acompanhar os pêssegos assados com liquor que o Tonzinho mandou ao final.
Que bela reunião, hein confrades? Uma daquelas Premium, que adiantamos do final de ano. Para celebrar a vida e grandes amizades! Que venham muitas dessas!
A turma reunida... E que turma!