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Da esquerda para a direita... Quinta do Valdoeiro Syrah 2010, levado por este que vos escreve. Vinho frutado, aromas de amoras maduras, baunilha, café e chocolate. Muito redondo em boca, taninos sedosos e toque de especiarias. Levei embrulhado, ninguém acertou, mas todos gostaram. Na primeira impressão o JP acertou ser um Syrah... Mas acabou mudando de opinião e dançou. O mais barato da noite, e brigou com todos, sem nenhum pudor. Syrah da Bairrada... Ótima compra! Do lado dele, um Pulenta VII Gran Corte 2012, levado pelo Paulinho. Vinho denso, feito com Malbec, Cabernet Sauvignon, Merlot, Petit Verdot e Tannat. No começo, nervoso, mas com um pouco de tempo na taça mostrou complexidade, com um mentolado gostoso. Rico em frutas e fundo tostado. Suplica por uma carne. Novo ainda, e deve evoluir muito bem. Do lado dele, um queridinho da turma: Lindaflor 2010. Mais um 2010 na noite... Levado pelo Caião. Denso, concentrado, Malbec de manual. Notas de ameixa e achocolatadas. Final longo, como sempre. A única coisa é que meu fígado já não tá encarando com tanta disposição sua potencia. A turma gosta muito. Prova disso é que, na mesma noite, o JP também levou uma garrafa do mesmo ano. Liquidação na fronteira dá nisso...rs. O Little John levou um Cuvelier de los Andes Gran Vin 2009. O vinho também é um corte, parecido com o Pulenta. A família proprietária também é dona do Chateau Leoville-Poyferré e Le Crock, em Bordeaux. Tem assessoria do onipresente Michel Rolland. Malbec cortada com Cabernet Sauvignon, Syrah, Merlot e Petit Verdot. Muita fruta madura, estilo Michel Rolland, com notas especiadas, de chocolate e café. Acho que deve estar como vai ficar o Pulenta acima daqui a uns anos. Potencial para aguentar bastante na adega. O Tonzinho levou (de novo) um Campo Viejo Gran Reserva 2010. Bem, o vinho já pintou por aqui (clique). Eu não sou muito fã dos Campo Viejo, mas aqui a safra ajudou bastante. Está bem acertado o vinho. Ufa... Ainda faltam dois. E foram dois que mais gostei, junto com o Valdoeiro. O Thiago levou o Pêra-Grave 2014, feito pela Quinta de São José de Peramanca. É feito com Aragonez, Cabernet Sauvignon, Syrah e Alicante Bouschet, com estagio de 12 meses em barricas de segundo uso. Fruta bonita, fresca, em meio a chocolate amargo. Em boca, bom frescor e mineralidade, com taninos finos e sedosos. Uma delícia de vinho, muito agradável. O de entrada da vinícola, que tem me surpreendido. Logo escrevo sobre o Pêra-Velha Grande Reserva, seu vinho top. E para finalizar, um vinho de categoria levado pelo Paolão: Harmonium Nero d'Avola 2010, da vinícola Firriato. O vinho é feito com Nero d'Avola de três vinhedos únicos, selecionados. Estagia um ano em barricas francesas e americanas. É um vinho muito rico em aromas, com notas de amoras e cerejas, em meio a cacau e ervas. Em boca, boa textura, acidez correta e taninos redondos. É bem complexo e vai mudando com tempo em taça. O toque de ervas e fundo mineral dão um charme ao vinho, que, diferente de muitos exemplares feitos com esta casta, não tem aquele dulçor e concentração que às vezes enjoam. Para quem torce o nariz para a Nero d'Avola, por estes motivo, este é uma ótima pedida. Acompanhamento perfeito para massa com molho vermelho. Conclusão da noite: Bebi mais dos mais baratos Quinta do Valdoeiro Syrah e Pêra-Grave. Depois, partindo para os mais caros, destaque para o Harmonium. |
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sábado, 1 de julho de 2017
Harmonium Nero d'Avola 2010, Pulenta VII Gran Corte 2012, Pêra-Grave 2014 e outros...
terça-feira, 8 de abril de 2014
O Vinhobão voltou!!! E com tudo: Incógnito 2008, Flaccianello 2009, La Cumbre 2007, Brunello La Colombina 2007 e muito mais!
Caros leitores: Nessas últimas semanas descansei um pouco, pensei, pensei, e voltei. Muitos amigos pediram a volta, e recentemente, uma noite da confraria na casa de nosso amigo Paulo Flaquer, me fez tomar a decisão final. A noite foi decisiva. O Paulinho nos recebeu em sua casa com tanto carinho e fidalguia, que me impulsionou a retomar o blog. A comida estava ótima. Além dos petiscos e queijos oferecidos pelo Paulinho, o Caião e o Tom foram os responsáveis pelos (excelentes) assados.
Bem, e cada um levou um vinhão, claro. Começo por onde? Acho que pelo vinho do anfitrião. E não era um vinho, era "o vinho": Incógnito 2008, top da vinícola portuguesa Cortes de Cima. O nome do vinho vem daquela história já batida, do tempo em que a Syrah não era permitida no Alentejo. Em 1991, a vinícola foi a primeira a plantar a uva, e colocou o nome Incógnito no primeiro vinho engarrafado em 1998 para não revelar o nome da casta (embora todo mundo provavelmente soubesse). O vinho passa apenas 6 meses em barricas de carvalho francês, e a madeira não sobrepuja a fruta. Ao nariz mostra notas de amoras silvestres, cacau, charuto e alcaçuz. Em boca, mostra frescor, intensidade e taninos corretíssimos. Possui grande clareza e nada de excesso de extração. Um vinho excelente! Para ser apreciado em todas as safras. Aliás, ele só é produzido nas grandes. Valeu, Paulinho!
Em seguida, o vinho levado pelo JP, que também pegou pesado: Flaccianello 2009! Este não tem muito o que falar. Só lembrando que o 2006 foi o vinho que escolhi como o que mais me agradou no ano passado. Este 2009 não ficava atrás. Um grande Sangiovese, com aromas de cereja preta, cassis, tostado, alcaçuz e notas minerais. Em boca, era explosivo, intenso, carnudo, com taninos finos e final interminável. Um gole mais generoso e ele mostrava seu lado explosivo na boca. Um grande vinho da Fontodi. Não que precise, mas só para citar, ele foi (de novo) top 100 da WS, com 96 pontinhos. Mas não é isso que o faz um vinhaço. Grande vinho, JP!
O Caião também exagerou. Levou um La Cumbre 2007, Syrazão de primeiríssima da Errazuriz. Outro vinho de primeira grandeza. Fermentado com leveduras da própria uva e maturado por 18 meses em barricas novas de carvalho francês. Ao nariz mostra aromas de amoras, cereja preta, alcaçuz, chocolate amargo e um apimentadinho gostoso no fundo. Com o tempo, notas de tabaco foram surgindo, dando charme ao conjunto. Em boca, era denso, untuoso, repleto de sabores e com boa mineralidade. Um vinhaço! Sem dúvida um dos melhores Syrah chilenos que apreciei. Vinho de ponta! Isso aí, Caião!
E vamos em frente... Passo para o que eu levei, depois de decantar por 10 horas: Brunello di Montalcino La Colombina 2007. Este vinho ficou em primeiro lugar em um painel de Brunellos da revista Decanter, com 95 pontos. E estava muito bom! Sangiovese em seu esplendor. Notas de cereja preta, chá, alcaçuz, tabaco e couro. Em boca, incrivelmente sedoso para um Brunello de 2007, mas não deixando de mostrar excelente acidez e taninos... de Brunello! O tempo em decanter lhe fez muito bem, claro. Mas mesmo assim, surpreendeu. Esperava algo mais pegado. Quando abri, obviamente, tirei um pouquinho para experimentar. E estava nervoso. Mas o tempo de decantação mostrou o quanto é importante isso para um Brunello. Vinhão!
O Tonzinho levou um Campo Viejo Gran Reserva 2005, Rioja da jovem vinícola fundada em 2001. O vinho passa dois anos em barricas e 3 em garrafa antes de sair ao mercado. Tem aromas de cereja, alcaçuz e tabaco. Com o tempo, foram aparecendo aromas de couro, que foram cada vez mais se destacando e até mesmo sobrepujando os demais. É para beber pouco tempo depois de aberto. Em boca possuía corpo leve para médio e taninos levemente arenosos. Um vinho muito bom, mas que, como mencionei, não tem como amiga a aeração.
O Rodrigo, levou um replay, o sedoso Perdriel del Centenário 2007, corte de Malbec, Cabernet Sauvignon e Merlot, da Norton. Assim, não gastarei mais linhas com ele, e remeto à postagem antiga (acima). Vale citar sua sedosidade e boa evolução.
O Joãozinho levou um de uma linha que gosto muito, que é a Single Vineyard da Trapiche. No caso, era um Trapiche Viña Jorge Miralles 2008. Vinho com aromas de figo e ameixa, em meio a um tostadinho gostoso e toffee. Em boca, mostrava boa acidez e muita sedosidade, característica da linha. Um ótimo Malbec. Dos melhores e mais confiáveis da Argentina. Certeza de agradar.
E para finalizar, o Paulinho trouxe uma "baciada", quero dizer, um recipiente belíssimo, em forma de taça, repleto de pães de mel, maravilhosos, acompanhados de um Porto Ferreira LBV 2008, escuro, intenso, com notas de mirtilo e chocolate amargo. Delicioso! Que beleza! Foi difícil não repetir várias taças acompanhadas dos deliciosos pães de mel. Combinação perfeita.
Obrigado Paulinho! A noite foi memorável e responsável pela volta do Vinhobão!
Bem, e cada um levou um vinhão, claro. Começo por onde? Acho que pelo vinho do anfitrião. E não era um vinho, era "o vinho": Incógnito 2008, top da vinícola portuguesa Cortes de Cima. O nome do vinho vem daquela história já batida, do tempo em que a Syrah não era permitida no Alentejo. Em 1991, a vinícola foi a primeira a plantar a uva, e colocou o nome Incógnito no primeiro vinho engarrafado em 1998 para não revelar o nome da casta (embora todo mundo provavelmente soubesse). O vinho passa apenas 6 meses em barricas de carvalho francês, e a madeira não sobrepuja a fruta. Ao nariz mostra notas de amoras silvestres, cacau, charuto e alcaçuz. Em boca, mostra frescor, intensidade e taninos corretíssimos. Possui grande clareza e nada de excesso de extração. Um vinho excelente! Para ser apreciado em todas as safras. Aliás, ele só é produzido nas grandes. Valeu, Paulinho!
Em seguida, o vinho levado pelo JP, que também pegou pesado: Flaccianello 2009! Este não tem muito o que falar. Só lembrando que o 2006 foi o vinho que escolhi como o que mais me agradou no ano passado. Este 2009 não ficava atrás. Um grande Sangiovese, com aromas de cereja preta, cassis, tostado, alcaçuz e notas minerais. Em boca, era explosivo, intenso, carnudo, com taninos finos e final interminável. Um gole mais generoso e ele mostrava seu lado explosivo na boca. Um grande vinho da Fontodi. Não que precise, mas só para citar, ele foi (de novo) top 100 da WS, com 96 pontinhos. Mas não é isso que o faz um vinhaço. Grande vinho, JP!
O Caião também exagerou. Levou um La Cumbre 2007, Syrazão de primeiríssima da Errazuriz. Outro vinho de primeira grandeza. Fermentado com leveduras da própria uva e maturado por 18 meses em barricas novas de carvalho francês. Ao nariz mostra aromas de amoras, cereja preta, alcaçuz, chocolate amargo e um apimentadinho gostoso no fundo. Com o tempo, notas de tabaco foram surgindo, dando charme ao conjunto. Em boca, era denso, untuoso, repleto de sabores e com boa mineralidade. Um vinhaço! Sem dúvida um dos melhores Syrah chilenos que apreciei. Vinho de ponta! Isso aí, Caião!
E vamos em frente... Passo para o que eu levei, depois de decantar por 10 horas: Brunello di Montalcino La Colombina 2007. Este vinho ficou em primeiro lugar em um painel de Brunellos da revista Decanter, com 95 pontos. E estava muito bom! Sangiovese em seu esplendor. Notas de cereja preta, chá, alcaçuz, tabaco e couro. Em boca, incrivelmente sedoso para um Brunello de 2007, mas não deixando de mostrar excelente acidez e taninos... de Brunello! O tempo em decanter lhe fez muito bem, claro. Mas mesmo assim, surpreendeu. Esperava algo mais pegado. Quando abri, obviamente, tirei um pouquinho para experimentar. E estava nervoso. Mas o tempo de decantação mostrou o quanto é importante isso para um Brunello. Vinhão!
O Tonzinho levou um Campo Viejo Gran Reserva 2005, Rioja da jovem vinícola fundada em 2001. O vinho passa dois anos em barricas e 3 em garrafa antes de sair ao mercado. Tem aromas de cereja, alcaçuz e tabaco. Com o tempo, foram aparecendo aromas de couro, que foram cada vez mais se destacando e até mesmo sobrepujando os demais. É para beber pouco tempo depois de aberto. Em boca possuía corpo leve para médio e taninos levemente arenosos. Um vinho muito bom, mas que, como mencionei, não tem como amiga a aeração.
O Rodrigo, levou um replay, o sedoso Perdriel del Centenário 2007, corte de Malbec, Cabernet Sauvignon e Merlot, da Norton. Assim, não gastarei mais linhas com ele, e remeto à postagem antiga (acima). Vale citar sua sedosidade e boa evolução.
O Joãozinho levou um de uma linha que gosto muito, que é a Single Vineyard da Trapiche. No caso, era um Trapiche Viña Jorge Miralles 2008. Vinho com aromas de figo e ameixa, em meio a um tostadinho gostoso e toffee. Em boca, mostrava boa acidez e muita sedosidade, característica da linha. Um ótimo Malbec. Dos melhores e mais confiáveis da Argentina. Certeza de agradar.
E para finalizar, o Paulinho trouxe uma "baciada", quero dizer, um recipiente belíssimo, em forma de taça, repleto de pães de mel, maravilhosos, acompanhados de um Porto Ferreira LBV 2008, escuro, intenso, com notas de mirtilo e chocolate amargo. Delicioso! Que beleza! Foi difícil não repetir várias taças acompanhadas dos deliciosos pães de mel. Combinação perfeita.
Obrigado Paulinho! A noite foi memorável e responsável pela volta do Vinhobão!
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