domingo, 28 de fevereiro de 2016

Henri de Villamont Chambolle-Musigny 1er Cru Les Chatelots 2009 e Barbaresco Rabajá Produttori del Barbaresco 2007: Não são só os nomes que são grandes!

Dias atrás sentei com os amigos Akira e André para beber uns vinhões. 
Cheguei no restaurante e já estavam com um vinhão aberto: Barbaresco Rabajá Produttori del Barbaresco 2007. Eu só conhecia o mais simples do produtor (que na verdade é uma cooperativa, mas que produz ótimos vinhos). Cresci os olhos ao ver a garrafa deste proveniente de um Cru, produzido por 9 membros da cooperativa. No começo o vinho estava pegado, nervoso, tânico, mas com o tempo foi se abrindo e ficando mais equilibrado. Notas de cerejas e framboesas se mesclavam a aromas de pétalas de rosas, alcaçuz e tabaco. Em boca, a acidez lhe aportava bom frescor e os taninos faziam que o vinho implorasse por uma carne mais gordurosa. O final era longo e com notas de chá. Barbaresco potente e com longa vida pela frente. Mas perfeitamente apreciável agora. Belo vinho!
Mas ele enfrentou parada dura, pois levei um borgonhão de responsa: Henri de Villamont Chambolle-Musigny 1er Cru Les Chatelots 2009! Nome comprido para um vinho que merece. A safra foi boa e seus vinhos já podem ser apreciados sem problema. O produtor, eu não conhecia. Aliás, comprei em uma loja que o mandou errado. Tinha encomendado um Pacalet e veio esse. Resolvi então dar uma estudada para ver do que se tratava, e só li elogios sobre ele. Bem, não quis encrespar e resolvi ficar com o danado. Mesmo porquê, já conheço os vinhos do Pacalet e gosto de conhecer coisas novas. E não é que o danado me surpreendeu? Bem, tratava-se de um Premier Cru, e consequentemente, meio difícil de decepcionar... Ao ser aberto já exalou aromas deliciosos, de cereja preta, chocolate, alcaçuz e sous bois, que foram se intensificando com o tempo. Em boca mostrou intensidade, acidez correta e muita sedosidade. Incrível como o bichão era sedoso. O final era interminável. Aliás, lembro do danado até agora e estou com a mão coçando para abrir a outra garrafa que está na adega. Pois é, arrisquei em duas, e me dei bem. É um vinho belíssimo! Toda vez que bebo um bom borgonha fico com lembranças por tempos e me convenço que Pinot Noir de verdade vem mesmo é de lá. 
Vi que os vinhos Henri de Villamont são importados pela Wine Stock. Infelizmente não tem esse no site. Mas acredito que os outros também devem oferecer a mesma qualidade.

sábado, 27 de fevereiro de 2016

E. Guigal Condrieu 2006, Tabali Reserva Especial Sauvignon Blanc 2012, Chryseia 2004 e The Shift 2013

Dias atrás estávamos em apenas quatro confrades e foram 4 botellas: dois brancos e dois tintos. Começo pelo brancão que levei, um E. Guigal Condrieu 2006. Bem, aqui tratamos de um produtor de primeiríssima e as chances de insucesso são baixas. No entanto, tratava-se de um Viognier de 10 anos. Para quem não sabe, os Condrieu não são lá muito fãs de adega. Sugere-se que sejam bebidos com no máximo 7 anos, de preferência, mais jovens. Mas para nossa surpresa, o brancão estava uma beleza! Até pela cor deu para ver que não sentiu muito o peso do tempo. Eu esperava um vinho de cor amarela mais escura, douradona. Mas estava mais claro, brilhante. E o vinho? Ao nariz, notas florais, melão príncipe e um fundo mineral. Em boca, repetia o nariz e mostrava bom frescor para um Condrieu de 10 anos. Como não gostar? Uma delícia!

O outro branco foi levado pelo JP: Tabalí Reserva Especial Sauvignon Blanc 2012. Não sei, mas o vinho apresentava umas bolhinhas suspeitas. Ao nariz mostrava notas de grama cortada, cítricas e maracujá. Em boca era fresco, bastante cítrico e mineral. Eu estranhei um pouco o excesso de cítrico. Não entra na minha cesta.
O terceiro vinho foi levado pelo nosso amigo Paul, rei dos portugas:. E era um grande: Chryseia 2004! No entanto, aos ser aberto ele deu um sustinho na gente. Tinha um aroma um pouco alcoólico, meio forte. No entanto, depois de um tempinho o danado mostrou toda a classe que se esperaria de um Chryseia com mais de 10 anos de idade. Aromas de frutas maduras em meio a alcaçuz e tabaco. Em boca, redondo, sedoso e com final muito longo. Cresceu com a comida. Muito distinto de irmãos mais jovens. Eu diria que já atingiu o seu ápice, pelo menos o que estava nessa garrafa. Não ganharia com o tempo. Foi bebido na hora certa! Beleza de vinho, claro!
O último vinho na foto foi levado pelo Tiago, que recém chegado de Washington, está nos brindando com algumas garrafas de lá. Era um The Shift 2013, da Mark Ryan Winery, de Columbia. Não sei se o nome é The Shift ou Board Track Racer, sei lá... A vinícola produz vinhos com várias castas francesas, desde as mais comuns, como Cabernet Sauvignon e Merlot, até Mourvedre, Grenache e Viognier. Esse The Shift é feito com 95% Syrah e o restante de Grenache. É um vinho no estilo americano, concentrado, extraído. Os aromas são de amoras bem maduras, chocolate, baunilha, alcaçuz e um fundinho apimentado. Em boca tem uma entrada doce que não agradou muito. É denso, concentrado. Agora, não agradou. Mas quem sabe o tempo lhe fizesse bem? Não sei...
Isso aí!

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Il Bosco Syrah 2007, Pintia 2007, Q Clay Blend 2008 e Talinay Pinot Noir 2012!

Ontem, quinta-feira, fomos ao Barone apreciar um belo cordeiro com uns vinhões, claro. O primeiro deles foi levado pelo confrade Paulinho, o Rei dos Portugueses, que dessa vez levou um super italiano: Il Bosco Syrah 2007! O vinho é da Tenimenti Luigi D'Alessandro, e para quem pensa que não tem Syrah bom na Itália, precisa experimentar este. O 2004 já pintou por aqui, e eu o elegi entre os melhores do ano em que bebi. Na Wine Spectator, que tascou 95 pontos nesse Il Bosco 2007, não é incomum o chamarem de Côte-Rôtie ou Hermitage italiano. E não é prá menos. É um vinhaço! Notas de amoras, madeira bem casada, alcaçuz, chocolate e com um tempo, um mentolado delicioso. Em boca é intenso, com excelente acidez e belos taninos, aparentes e que dão uma estrutura incrível para o vinho. Teria anos e anos pela frente. Mas este, gentilmente ofertado pelo confrade Paulinho, que o comprou por minha indicação na Itália, já foi...rs. Mas a lembrança dele ainda está aqui na boca. Isso é Syrah! Sou fã incondicional! Grazie, Paul! Foi eleito o melhor da noite, batendo o próximo, que também é um vinhão.
O outro vinhão que citei também já pintou por aqui, e foi levado por este que vos escreve: Pintia 2007! Bem, é um produto da Vega Sicilia na região de Toro, e obviamente, tem pedigree. E qualidade, claro... Levei embrulhado e o Paulinho matou ser espanhol, assim como o Caio. Interessantemente, este exemplar está bem diferente do que bebemos em 2011, que se mostrava mais achocolatado e balsâmico. Este agora tinha as notas de cereja preta e amora, em meio a alcaçuz, chocolate amargo e balsâmicas. Mas essas últimas eram mais sutis que no que bebemos anteriormente. Sua cor também era diferente, sendo esse bebido ontem de uma rubi mais claro, bem límpida e bonita. Na boca a diferença também foi patente. Surpreendentemente, esse de ontem estava mais pegado, mais nervoso, com bela acidez e taninos salientes, indicando que o vinho teria muitos anos ainda. Um grande vinho, de bela estrutura e par perfeito para o carneiro (assim como o Il Bosco). No entanto, foi quase unanimidade que o Il Bosco o superou. Eu concordo!
Os outros dois vinhos eram chilenos. O Q Clay Blend 2008 é da vinícola Bisquertt, e foi levado pelo Caião. É um corte de 75% Syrah e 25% Cabernet Sauvignon. Aqui a fruta madura manda, em meio a chocolate e um fundinho apimentado. Mas em boca todos achamos doce, e com baixa acidez. Vinho com baixa acidez não pede outra taça. Ele deve ter seus fãs, mas não agradou a turma.
O outro é o Talinay Pinot Noir 2012, da Tabali. Este vinho eu tinha curiosidade para conhecer, pois sempre leio elogios a ele. É um Pinot Noir típico chileno, com fruta madura (cereja e framboesa) em meio a um toque terroso e leve tostado. Em boca  é delicado, tem uma entrada doce, mas com um final levemente cítrico que quebra o dulçor. Gostei dele, mas não acho que tem tanto assim para a badalação, principalmente pelo preço. Mais barato que ele, e para mim mais empolgantes, considero o Arboleda, Sofia e Falernia.
Isso aí! 

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Quinta da Falorca T-nac 2008: Mais um bom vinho do produtor

Sou fã dos vinhos da Quinta da Falorca. Até hoje não bebi um que não me agradasse. Este Quinta da Falorca T-nac 2008 abri semanas atrás para acompanhar a comida portuguesa do Duarte, do Tablado dos Sabores. E ele fez bonito. É um 100% Touriga Nacional, sem estágio em madeira. É um vinho escuro e com aromas florais, de amoras silvestres, chocolate amargo e herbáceos. Em boca repete o nariz, possui bom corpo e ótima acidez. Os taninos são sedosos e o final de boca é levemente herbáceo, o que dá um toque especial para o vinho. É vinho gastronômico por natureza. Espanta novomundistas! Está prontinho agora, mas ainda aguenta adega com tranquilidade. Um Touriga sem exageros e com um toque vegetal particular. Gostei! 

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

E.Guigal Chateau d'Ampuis Côte-Rôtie 2010: Sensacional!

Nesse final de 2015 nem a tenra idade deste Chateau d'Ampuis Côte-Rôtie 2010, de E.Guigal, foi respeitada: Saca-rolhas no danado! O Château d'Ampuis é um antigo forte construído entre os séculos 12 e 16. Ele é cercado por videiras e margeado pelo Rio Rhône. Segundo o site da vinícola, durante o século 20 a bela construção foi objeto de negligência e caiu em um estado de abandono. No entanto, após ser adquirido pela família Guigal em 1995, o Château d'Ampuis foi registrado como um monumento histórico nacional. Desde então, ele foi submetido a um grande programa de renovação, a fim de restaurá-lo à sua antiga glória. O processo levou quase 11 anos, com o trabalho de mais de 100 pessoas. O Côte-Rôtie produzido a partir de seus vinhedos leva então o seu nome. O vinho é feito com 97% Syrah e 3% Viognier, fermentadas juntas, e matura por 38 meses em carvalho novo. Ao ser aberto o vinho já mostra a que veio, e ao se colocar a preciosidade na taça, o negócio pega! Os aromas saltam e invadem o ambiente. Uma riqueza incrível. Destaque para o licor de cassis, ameixas, bolo de frutas, toques carnosos, alcaçuz, café e baunilha. É um camaleão que muda a medida que o tempo passa. Em boca, repete o nariz e mostra-se concentrado, mineral e especiado. A acidez é uma beleza e o vinho, apesar de intenso, possui um frescor incrível. O final é interminável. Uau! Que vinho! Uma maravilha, que bebi em 3 dias e que deixou saudades na última taça. Apesar de novo, este exemplar da grande safra de 2010 já mostra uma riqueza imensa. E tem umas décadas de vida pela frente. Vocês podem notar que usei adjetivos portentosos para este vinho. São mais que merecidos. Só por curiosidade, Mr. Parker lhe atribuiu 99 pontinhos e a Wine Spectator, 97! Pontuação justa? Eu achei o vinho memorável. Entra para a lista dos difíceis de esquecer e a serem repetidos. 





segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

E o leitor me perguntou: "A farra de degustações seguidas dos vinhos top acabou?"

Eu tenho estado muito ocupado nos últimos meses e com pouco tempo para escrever. E alguns leitores me recordam disso... E o título da postagem mostra a pergunta de um deles, ao qual pretendo satisfazer aos poucos, com as postagens sobre os encontros da nossa confraria (que não foram poucos...). Para começar, um que ocorreu no último sábado, na casa do confrade Cássio, que nos convidou para um belo churrasco. E a coisa, pegou, claro! Tinha de tudo, mas reinaram os ibéricos. Vou descrever na sequência da foto.
O primeirão é o Imperial Reserva 2010, da Riojana CVNE. Este, levado pelo amigo Rodrigo, é queridinho da nossa confraria, junto com seu irmão maior Gran Reserva. A qualidade é sempre ótima, claro. Este Reserva da boa safra de 2010, particularmente, foi número 56 na lista dos Top 100 da WS em 2015, com 93 pontinhos. É um vinho com as notas típicas de cereja, cítricas, tostadas e alcaçuz. Em boca mostra ótima acidez e um final cítrico muito gostoso. Ótimo vinho! Impossível não gostar. Novo ainda, devendo evoluir maravilhosamente bem em garrafa.
Do lado direito dele, um dos grandes, ofertado pelo anfitrião, Cássio: Vega Sicilia Valbuena 2004! Aqui o negócio pega. O vinho é de uma safra excepcional e de um produtor que dispensa comentários. Os aromas são inebriantes, com cereja preta em meio a alcaçuz, café, tabaco e muita especiaria. Tem os aromas de curry típicos dos Vega. Em boca é intenso, sedoso, com acidez perfeita e taninos redondos. O final é longo e especiado. Vinhaço! Delicioso! Querem rir? A WS lhe deu 89 pontos! Brincadeira, não? Falta coerência.
Vizinho do Valbuena um outro espanhol de estirpe, também ofertado pelo anfitrião: Carmelo Rodero TSM 2003. O 2005 já pintou por aqui. É vinho top do produtor de Ribera del Duero, feito com Tempranillo, Cabernet Sauvignon e Merlot. A crianza é de 18 meses em barricas de carvalho francês de menos de 2 anos. Esse exemplar de 2003, que não foi lá uma ótima safra em Ribera, ficando da sombra da excelente 2004. Particularmente, o vinho não fez minha cabeça, como fez o seu irmão de 2005. Esse de 2003 estava com uma acidez um pouco alta para o meu gosto, e também não evoluiu na taça como se esperava. Uma pena. O próprio Cássio também não foi convencido.
À direita do TSM, outro espanhol dos grandes, mas agora de Toro: Numanthia 2006. Esse foi levado por este que vos escreve. Tempos atrás, já pintou aqui no blog (clique aqui). Mas naquela época, 5 anos atrás, o vinho me pareceu mais fechado, nervoso. Agora, está uma beleza! Evoluiu maravilhosamente! Os aromas de cereja preta se misturavam a notas florais, licorosas, balsâmicas, alcaçuz e minerais. Em boca é um monstro, mastigável, intenso, com ótima acidez e um final interminável. Um Toro! Gostei demais dele agora, muito mais que anos atrás.
Do lado direito do Toro, outro Riojano: Beronia Gran Reserva 2006. Esse também já pintou por aqui, mas na outra vez, dois aninhos atrás, não me agradou muito. Aquele exemplar se mostrava muito tostado e com madeira proeminente. No entanto, essa agora, levada pelo Thiago, estava muito boa. O tostado estava lá, mas mais domado, não suplantando a cereja preta. Nem a madeira estava tão saliente. Evoluiu bem ou essa garrafa estava mesmo melhor que a primeira apreciada. O fato é que estava muito bom. Os Beronia se caracterizam por terem um preço bom para a qualidade que oferecem.
Cansou de espanhóis? Então vamos para o vinho levado pelo Caião: Brunello di Montalcino Siro Pacenti Pelagrilli 2009. Bem, o produtor faz vinhos belíssimos, desde o Rosso. Se não me engano, essa linha Pelagrilli não existe há muito tempo, tendo sido lançado inicialmente em 2006. Aliás, agora o que era vendido como apenas Brunello é chamado Vecchie Vigne, existindo também o Riserva, que é lançado apenas em grandes safras. O Pelagrilli é feito com uvas do vinhedo Pelagrilli, que fica ao norte de Montalcino. Os vinhedos tem por volta de 25 anos de idade, similares àqueles usados para fazer o excelente Rosso do produtor. Eu, particularmente, acho que transformaram o antigo Rosso, que era melhor que muito Brunello por aí, em Pelagrilli. Bem, o Rosso atual fica 12 meses em barrica, enquanto o Pelagrilli, 24. Mas não sei se é essa a única diferença. O fato é que também este Pelagrilli é muito bom! Notas de framboesa e cereja se mesclam a notas florais e de tabaco. É um vinho com bastante clareza e em boca, destaca-se pelo frescor. Apesar de ainda tânico, mostra-se apreciável, perfeito para uma carne mais gordurosa. Outro exemplar muito bom do produtor. 
Ainda nos italianos, agora um do Piemonte, levado pelo JP: Barolo Marchesi di Barolo 2001! Aqui também o negócio pega. É um Barolo de belíssima safra, com16 anos de idade, e que já ganhou com o devido descanso. Ao nariz mostra notas de pétalas de rosa em meio a framboesa e morango. Ao fundo, notas de funghi secchi e leve tabaco. Em boca, repete o nariz, mostra boa acidez e taninos arredondados pelo tempo. Uma beleza domada pelos 16 anos em garrafa. 
E para finalizar, em grande estilo, claro, o vinho levado pelo Rei dos Portugas, o nosso confrade Paulinho: Scala Coeli 2009! Este também já pintou por aqui tempos atrás (clique aqui). E de pouco mais de um ano e meio para cá, não mudou muito. É feito pela Cartuxa, com uma uva destaque do ano. Nesse ano de 2009 foi utilizada a Touriga Franca. Uma beleza de vinho, floral, com notas de framboesa, chocolate e um fundo mineral. Em boca, denso mas equilibrado com uma bela acidez e mineralidade, que fazem com a gente sempre peça uma nova taça. Mais um vinho grandioso levado pelo Rei do Portugueses! 
Ufa! É isso! Comecei a postar reuniões atrasadas e espero que os leitores fiéis aqui do blog gostem.


Essa foto só a turma entenderá...rs. Uma mesa com uma toalha listrada em cima...rs.

domingo, 21 de fevereiro de 2016

Osiris Reserva Merlot 2006: Ótimo Merlot Uruguaio!

Quando comprei este Osiris Reserva Merlot 2006 nem imaginava o que me esperava. Juro que pensava se tratar de algo mais pesado, concentrado. Mas não! O vinho, um dos topo de gama da vinícola uruguaia Stagnari, é de elegância ímpar. Tem aromas bem ricos, de frutas maduras (ameixas e framboesas) em meio a um tostado gostoso, café, chocolate e alcaçuz. Em boca é muito sedoso, de médio corpo e com excelente frescor. É vivo, e nem um pouco enjoativo. A madeira é bem integrada e o final tem uma picância atraente. Uma delícia de Merlot! Na minha opinião, sem concorrentes entre os hermanos Argentinos e Chilenos. E também superior aos Merlot Americanos que bebi. Com 10 anos de idade está uma beleza, mas aguentaria ainda muito tempo em adega. O único problema dele é que chegava no Brasil a um preço salgado, enquanto no Uruguay pode ser encontrado a cerca de 30 doletas (um belo preço para um vinho desta qualidade). Assim, se for para aquelas bandas, coloque o danado na mala que não vai se arrepender. Eu comprei o danado em uma promoção da sua antiga importadora no Brasil. Paguei um preço de babar e me arrependi por não ter comprado várias garrafas.