Se tem um vinho que sou fã é o Paul Sauer, da vinícola sulafricana Kanonkop. Já apreciei de vários anos, e sempre fiquei muito feliz. Recentemente dei umas bebericadas no 1995 e mandamos ver em um 2005 (clique aqui). Mas agora foi a hora do Paul Sauer 2008, que abati sozinho... Perdão confrades! Ainda tenho outra garrafa para compensar o egoísmo...rs.
O vinho é feito com Cabernet Sauvignon (69%), Cabernet Franc (22%) e Merlot (9%). Corte bordalês típico. A maturação é feita por 24 meses em barricas francesas (Nevers) de médio tostado. O vinho tem aromas complexos de cassis, framboesa, florais, café e alcaçuz. Em boca, repete o nariz e é intenso, com muita presença. Os taninos são finíssimos, o final é longo e a acidez é corretíssima. Prima pela elegância, como um ótimo bordeaux. Uma delícia, como todos os Paul Sauer que apreciei até hoje. Como sempre saliento: É daqueles vinhos que colocam os vinhos premium chilenos em situação delicada. Para quem for apreciar: Aeração é recomendada. Deixe em decanter por 1-2 horas e verá o vinho se abrir. Bem, dá prá acompanhar na taça também. É um vinho longevo. O 1995 que apreciei tempos atrás estava uma beleza. Se tiver paciência, guarde em adega e terá um belíssimo vinho em alguns anos. A propósito, os Kanankop são importados pela Mistral.