sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Valduero Crianza 2010, Quinta da Bacalhoa 2012 e Villa Antinori 2012: Ótimo trio!

A confraria se reuniu em pouco nessa última quinta. Vários deram o calote. Perderam...
Eu levei um Valduero Crianza 2010, das bodegas homônimas. Esse é queridinho da confraria. Os vinhos Valduero são ótimos, desde o Crianza até os tops Gran Reserva e 12 Años. Todos achamos um dos melhores em termos de Crianza, juntamente com o Pesquera, Pago de Carraovejas e Sastre. É sempre certeza de agradar. É um Ribera del Duero 100% Tempranillo, com crianza em barricas francesas e americanas. O nariz é marcado por cereja preta, alcaçuz, tostado e especiarias (noz moscada e cravo). Com o tempo, foi surgindo um mentolado muito gostoso. Em boca, repetia o nariz, tinha um toque cítrico, mostrava ótima acidez e taninos finos. O final era longo e balsâmico. É um vinho que evolui muito bem na taça. Aliás, é uma característica dos Valduero. Uma delícia!
O Thiago levou um Quinta da Bacalhoa 2012. Esse é outro vinho que nunca pode faltar na adega de bebedores de bom gosto...rs. Cabernet Sauvignon Português de muita classe. Mostrava ótima fruta ao nariz, com notas de licor de cassis e amoras, em meio a pimenta do reino. Em boca é denso, com boa fruta e uma picância que dá imponência ao vinho. O final é bastante longo e com um toque apimentado. Os taninos ainda devem se resolver com adega, mas nada que incomode agora. A madeira aparece, mas é muito bem integrada. É um vinho que pode ser bebido agora, e está mais pronto que seu irmão de 2011, mas os pacientes serão muito bem recompensados. Outro belo Quinta da Bacalhoa!
E para finalizar, o vinho levado pelo JP: Villa Antinori 2012. É um Sangiovese cortado com Cabernet Sauvignon, Merlot e Syrah. Ao nariz mostra notas de cereja, tabaco e especiarias. Em boca mostra boa fruta e toques de chocolate amargo. A acidez é ótima e os taninos firmes. É mais seco que alguns de outras safras que bebi. Levemente austero agora, e pedindo tempo para dar uma amaciada. Pede comida! Bom vinho agora, mas deve ganhar com adega. Aliás, os que bebi da linha, eram mais antigos, e estavam muito redondos e complexos.
Isso aí!

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Dois Brunellões de uma safra memorável: Brunello di Montalcino Castello di Banfi 1997 e Brunello di Montalcino Gianni Brunelli 1997

Tempos atrás nosso amigo Akira resolveu abrir dois Brunellões de respeito para celebrar o aniversário do André. E não era qualquer coisa. Elegeu logo dois da memorável safra de 1997. Coisa rara... 
O primeiro deles era um Brunello di Montalcino Castello di Banfi 1997. Confesso que tenho lá minhas restrições aos Brunellos Banfi. O motivo é simples: Muitos que eu bebi parecem ser feitos para o paladar americano. E estava então curioso para beber este da safra de 1997. E não é que o danado me deixou muito feliz? Pois é... Eu esperava algo mais internacional e pintou um vinho no estilo tradicional, cheio de camadas e com aquelas notas de cereja seca, chá, tabaco e couro, em um fundo balsâmico muito legal. Em boca tinha aquela acidez marcante, taninos arredondados pelo tempo, mas lá, presentes, e um final muito longo e cítrico. Um belo Brunello. 
O outro era um Brunello di Montalcino Gianni Brunelli 1997. Bem, aqui tem Brunello até no nome...rs. Este era mais frutado e floral que o primeiro, e mais seco. Notas de cereja preta se mesclavam a alcaçuz e tabaco. Em boca, mostrava ótima acidez. toques terrosos e taninos mais comportados que aqueles do Banfi. Ótima persistência e excelente evolução na sua maioridade. Vinhão! Nada como um Brunellão devidamente amaciado pelo tempo...
Due grandi bottiglie!




domingo, 25 de outubro de 2015

Honório Rubio Lias Finas 2011: Fresco e mineral!

A família Rubio-Villar possui 15 hectares de vinhos no município de Cordovin, Rioja. Controla aínda outros 50 hectares de vinhedos na região. A bodega teve origem em 1930, e desde lá, tem sofrido ampliações, sendo a última em 2002. Três marcas de vinho são produzidas: Tremendus, Pasus e Honório Rubio. Segundo a vinícola, a linha Honório Rubio é de vinhos mais clássicos, finos e frescos. E é o que se vê nesse Honório Rubio Lias Finas 2011. É um vinho de produção pequena (apenas 2.600 garrafas), feito com 100% Viura e que passou 16 meses em contato com as lias (incluindo 6 meses em barricas de carvalho). Tem uma cor bonita, amarelo claro com tons esverdeados, e aromas de pêssego branco, abacaxi, cítricos, erva-doce e minerais. Em boca, tem boa complexidade, é seco, com ótima acidez e mineralidade. É bastante persistente. Perfeito para ostras, ou então, peixe com molho cítrico ou com ervas. Não brigou com o bacalhau que escolhemos, mas também, não fez aquele casamento perfeito. Achei ótima compra. Gostei dele agora, mas quero apreciar uma garrafa daqui a uns 2-3 anos, pois ele tem potencial para ser guardado e deve ficar ainda melhor. É um produtor a ser observado. Fiquei curioso para experimentar seus outros vinhos. Comprei na Wine.