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segunda-feira, 18 de março de 2019

Noite da Confraria: Rutini Apartado Gran Blend 2014, Quinta de Foz de Arouce 2011, Neyen Limited Edition Syrah 2006, Post Scriptum de Chryseia 2015 e La Tremenda 2014

Aos poucos, liberando o que está engavetado. E não é pouca coisa. Abaixo, foto de vinhos apreciados semanas atrás em reunião da confraria. Todos estavam ótimos! Mas alguns me chamaram mais a atenção. Apesar do Post Scriptum 2015 estar grande, precisa de tempo. O La Tremenda, precisa de um prato denso para se espelhar. no mais, 5 vinhões. 

Rutini Apartado Gran Blend 2014, levado pelo Caião. Acho que é um corte com proporções parecidas de Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Malbec e Syrah, e passagem por madeira nova e usada. Um belo vinho, floral e com notas de mirtilo, amoras, pimenta-do-reino e cacau. Em boca, complexo e persistente, com boa acidez e taninos firmes. Final longo e com notas de cacau e picantes. Todas as castas se mostram com ótimo equilíbrio. Um belo blend, que pede tempo em adega para ficar ainda melhor. 
Do lado dele um que já pintou aqui no blog, mas merece mais uma menção, pois melhorou muito em dois anos: Quinta de Foz de Arouce 2011! Vinho de grande safra e que parece melhorar a cada dia. Aromas florais, fruta viva, fresca, e especiarias, com aquele fundinho vegetal da Baga. É feito com esta casta, sinônimo de Bairrada, e Touriga Nacional. Foi unanimidade na noite, agradando a todos. Belo vinho, que lembro ter comprado em uma bela promoção da Decanter. Mais uma vez: Vasco!
O Cassião chegou meio ressabiado, com uma garrafa de Neyen Limited Edition Syrah 2006. Mas a desconfiança durou pouco, pois o vinho estava ótimo! Syrah muito bem feito, equilibrado, com ótimo corpo e sem aquele calor por vezes comum nos Syrah chilenos. Lembrava mais Rhone. Muito macio, com taninos já devidamente arredondados pelo tempo. Está em seu limite e não deve evoluir mais. Mas mostra que bons vinhos chilenos podem ser longevos.
O JP levou o Post Scriptum de Chryseia 2015. Vinho com pedigree! Segundo vinho do grande Chryseia, em grande ano. Blend de Touriga Nacional (53%) e Tinta Roriz. Notas florais, amoras, cereja, cacau, couro e tabaco. Em boca, boa acidez, mineralidade e taninos ainda um pouco nervosos. Bem francês... Precisa de tempo. Deve recompensar quem tiver paciência. 
E para finalizar, um vinho que o Tonzinho levou uma vez na casa do Rodrigo e eu não bebi, e que agora tive a chance: La Tremenda 2014. Monastrell do craque Enrique Mendoza, feito no sul da Espanha, mais precisamente, na bela região de Alicante. Vinho aromático, com notas de cereja preta e ameixas, em meio a um toque tostado e de chocolate amargo. Em boca, certo calor, fruta madura e taninos macios. Mas não tem exageros por vezes visíveis em vinhos feitos com a Monastrell, provavelmente, pela boa acidez que lhe aporta frescor. Bom vinho, que pede uma boa carne para acompanhar. Muito boa qualidade pelo preço. Vasco!











domingo, 17 de março de 2019

Mais um belo branco da terra de Vasco da Gama: Anselmo Mendes Curtimenta Alvarinho 2011!

Não se pode falar de Vinho Verde sem falar de Anselmo Mendes. Ele é um craque e a sua lista de vinhos verdes é realmente de tirar o chapéu. Eu provei o Curtimenta pela primeira vez há alguns anos, em uma degustação da importadora Decanter. O estande do Sr. Anselmo Mendes foi o primeiro que visitei, em busca de brancos de muita qualidade, para começar a noite. E entre os belos brancos do Sr. Anselmo, provei o 100% Alvarinho Curtimenta, que me deixou impressionado. De cara, o vinho mostrava que era vinho para durar muitos anos, e a fermentação com as cascas lhe aportava muita complexidade. O coloquei na lista daqueles que apreciaria com tranquilidade um dia. E este Anselmo Mendes Curtimenta Alvarinho 2011, de safra histórica e com 8 anos, foi a "vítima" nessa semana. O vinho passa 9 meses em madeira, com batonnage semanal. Sua cor é palha, bem bonita, e os aromas remetem a limão siciliano, maçã verde e especiarias. A fruta é um pouco tímida no começo, mas com o tempo, vai dando as caras, principalmente quando a temperatura do vinho foi ficando mais alta. Em boca, o danado é mineral e com acidez vibrante, que lhe aporta muito frescor. Notas de maçã e ervas frescas. Uma beleza de Alvarinho, como só o Sr. Anselmo Mendes sabe fazer. E sem o menor sinal de cansaço! Vinhão! 










terça-feira, 6 de agosto de 2013

Volta do Rodrigão e Aniversário do Vinhobão: Brunello de Montalcino Vasco Sassetti 2005, Lindaflor em dose dupla, Chateau Suduiraut 1er Cru de Sauternes 1988 e mais um vinho cozido do JP!

Nessa última semana nosso amigo Rodrigo retornou de viagem e resolvemos ir ao Chez Marcel celebrar, claro. Além disso, foi mês de aniversário do Vinhobão. Apesar dos confrades não terem se lembrado dos cumpleaños do blog, levaram vinho bão. Bem, nem todos...rs. O JP continua a saga dos vinhos espanhóis cozidos. O cara não desiste! rsrs. Levou a sério quando falei que quem leva Vega Sicilia pode fazer o que quiser no resto do ano. Mas a intenção foi boa. Era um belo Tondonia Reserva 1999, que tinha tudo para ser bom, se não tivesse sido comprado na mesma estufa, quero dizer, loja (rs) que ele comprou outras 17 garrafas...kkkk. É rir prá não chorar. Os Tondonias são longevos por natureza, e esse 1999 tinha tudo para estar uma beleza (mesmo que a safra de 1999 não tenha sido lá essas coisas em Rioja). Mas novamente, o JP deu azar. O coitado (o vinho...rs), estava cozido e exalando aromas cetônicos. Uma pena...
Mas mudando de assunto, nosso confrade Rodrigo levou um belo Brunello de Montalcino Vasco Sassetti 2005. Ai o negócio mudou de figura. Um bom Brunello sempre me agrada, e este, estava excelente. Apesar da safra ter ficado engavetada entre duas safras estupendas (2004 e 2006), gerou bons vinhos e com uma vantagem: bebíveis mais cedo. E isso, no caso de Brunellos, ajuda. Esse Vasco Sassetti já começa a agradar pelo nome...rs. Vasco Sassetti é irmão de Livio Sassetti, produtor dos grandes Pertimali. No entanto, dizem que seus vinhos são mais leves. Esse 2005 estava uma beleza. Ao nariz mostrava notas florais, terrosas e de frutas como cereja e tamarindo. Em boca, repetia o nariz, mostrava acidez vibrante e muita clareza. Apesar de ser novo para um Brunello, os taninos estavam sedosos e o vinho perfeitamente apreciável. Brunello mais ao estilo antigo, com muito frescor e toques terrosos. Delicioso!


Tonzinho e eu não combinamos, mas levamos uma vertical de dois degraus (rs), com um degrau quebrado no meio. Eu levei um Lindaflor 2006, já extensivamente comentado aqui no blog. O Tonzinho, levou um Lindaflor 2004, que pela primeira vez aparece por aqui. Foi bem legal apreciar os dois em paralelo, para sentir a diferença entre eles. Eu tenho que ser imparcial, independente de qual vinho levei. Devo dizer o seguinte: De todas as safras de Lindaflor que eu bebi, o 2006 foi o campeão, batendo até mesmo aquele da grande safra de 2002. Por que? É menos extraído, menos maduro, com melhor acidez e taninos mais acertados. Tudo muito equilibrado. Além disso, aponta para alguns anos adicionais de guarda. O 2004 vem de uma safra que perde em qualidade para a excelente 2006. O vinho se mostrava mais maduro, com menos acidez e taninos um pouco inexpressivos. A meu ver, atingiu o platô e não ganhará mais com guarda. Estava ruim? Claro que não! Só que tinha do lado um irmão mais vivo e mais equilibrado. 
E para finalizar a noite, o vinho de nosso amigo Cássio, que frequentou pela segunda vez a confraria e mandou bem nas duas. Dessa vez, teve a ótima idéia de levar um vinho de sobremesa, e não deixou por pouco: Chateau Suduiraut 1988! Pois é, o que falar de um Sauternes Premier Cru Classé, de um grande produtor e com 25 anos de idade? E não era garrafa pequena, não! Bebemos à vontade um Sauternes belíssimo, de cor dourada, com notas de pêssego, papaia, frutas secas, favo de mel e um fundinho de gengibre. Uma delícia! Excelente! Valeu, Cássio!
Isso aí, pessoal! Outra bela noite.

Estragado... Que pena!