Mostrando postagens com marcador Flaccianello 2009. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Flaccianello 2009. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Vinhada na cozinha do Tom: Matando as saudades com bons vinhos!

Nosso confrade Tom está por demais envolvido com a Pão To Go e tá sobrando pouco tempo prá gente...rs. Mas nesse final de semana fomos lá na cozinha matar as saudades e mandar frutos do mar com bons vinhos. A idéia era só brancos, mas como estava um dia frio prá dedéu, levamos também tintos. A lista foi grande e vou falar apenas de alguns.
O Joãozinho levou um bom Chablis L'Orangerie du Chateau 2013, de Jean Bouchard. A Maison fica ao lado da Albert Bichot, onde vinifica seus vinhos. Este Chablis é bem fresco, com boa mineralidade e toques de pêra e abacaxi. Bom para frutos do mar.
Joãozinho também levou um ótimo Montchenot 2003, argentino com alma francesa, e que surpreende pela sua longevidade. É um vinho feito com Cabernet Sauvignon, Merlot e Malbec. Diferentemente de seus conterrâneos, geralmente com bastante extração, muita fruta e álcool, este Montchenot mostra fruta na medida certa, muita clareza e frescor, com taninos redondos e final especiado. Um ótimo vinho e que tem um preço muito convidativo na Argentina. Vale a pena conhecer.
O Thiago levou um Cono Sur Reserva Especial Chardonnay 2013, que apresentava notas de abacaxi e um fundinho de mel, boa mineralidade e acidez. A Cono Sur faz bons vinhos, e este estava bem legal. 
O Paulinho sempre pega pesado, e levou um belo Pêra-Manca branco 2011. Vinho de bom corpo, da bela safra de 2011, mostrava intensidade e ótima fruta, com destaque para maçã e pêra, em meio a toques cítricos e um fundo de mel. Não é vinho para bebericar, e sim, acompanhar comida. Mais que frutos do mar, umas postas de bacalhau fariam bom par.
O mesmo Paulinho levou também um ótimo Roquette e Cazes 2011. O irmão menor do Xisto sempre faz bonito, mas as vezes, quando novo, costuma mostrar muita madeira. Mas este 2011 está uma beleza: Tudo na medida certa! Vinho intenso, boa fruta, boa acidez e taninos redondos para seus poucos anos de vida. O final é longo e prazeiroso. Mais um exemplar de sucesso da bela safra. Deve melhorar com alguns anos de adega.
Eu levei um branco já comentado aqui, o Quanta Terra Grande Reserva 2009. Vinho de peso, com cor amarelo escura e notas de damasco, amêndoas e mel. Assim como o Pêra-Manca, par perfeito para uma boa posta de bacalhau. Mas foi muito bem com os frutos do mar.
Eu levei também um Conde de Los Andes Gran Reserva 2005. O vinho é um Riojano clássico, da víncola Paternina, com madeira presente, boa acidez, cereja seca, toques cítricos e tabaco. Destaque para sua relação preço/qualidade. É muito barato pelo que oferece. Se achar no mercado, coloque na cesta que ficará feliz.
Little John e Il Capo JP!
Bem, e entre tantos vinhos, não dá para não mencionar um que já apareceu por aqui 2 vezes, mas que pode aparecer quantas vezes quiser, pois é dos grandes. Foi levado pela segunda vez pelo JP, que pegou pesadíssimo: Flaccianello dela Pieve 2009! Sangiovese na veia! Intenso, concentrado, com cereja preta e alcaçuz em meio a um elegante tostado (que se equilibra com tempo em taça). A acidez é excelente, os taninos redondos e o final é interminável. É vinho de primeira grandeza. Isso aí, JP!
Bem pessoal, teve mais, como mostrado na foto. Mas a postagem tá ficando grande demais...rs.
Valeu, Confrades!!! Comida excelente, belos vinhos e companhia de primeira!




quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Que trio sensacional: Pin Monferrato 2000, Flaccianello della Pieve 2009 e Dominique Laurent Chambolle Musigny 2007!

Mais um post que estava aqui engavetado... Trata-se de vinhos que bebemos ainda no ano passado, na celebração do aniversário do Carlão (feita em etapas...rs). E foi um trio de tirar o chapéu. 
O primeiro deles continua a saga dos vinhos italianos que o Akira encontrou em um lugar misterioso de São Paulo, e era um maravilhoso Pin Monferrato 2000, de La Spinetta. Safra excelente no Piemonte e produtor de primeira, que a cada dia fico mais fã. Não podia dar outra: Vinhaço! E como os 14 anos lhe fizeram bem... É um corte de Nebbiolo e Barbera, com maturação de 16-18 meses em barricas de carvalho francês. É um vinho de riqueza impressionante. Eu havia provado um mais novo em evento da Vinci, que se mostrou "briguento", "nervoso", pedindo adega. E este 2000 confirmou que é vinho para se beber com uma certa idade. Ao nariz mostrava notas de framboesa e algo lembrando tamarindo, em meio a especiarias. Em boca, uma belíssima acidez, que o deixava vibrante e com muita vivacidade. Impressionante para seus 14 anos. Os taninos já estavam devidamente arredondados e o final de novo lembrava tamarindo. Uma delícia! Perfeito com comida ou sozinho. Fiquei fã do vinho. Só como curiosidade: A Wine Spectator lhe deu míseros 87 pontos, apesar de elogiá-lo bastante... Estão loucos!!! Queria eu beber sempre um vinho de 87 pontos deste nível...rs.
O segundo vinho foi levado por este que vos escreve, e é um também de tirar o chapéu. Já apareceu aqui no blog em outras ocasiões. Este Flaccianello della Pieve 2009 já nos foi brindado pelo confrade JP tempos atrás (clique aqui), e é uma beleza de vinho. Não sei qual é melhor, se ele ou seu irmão de 2006, que ganhou 99 pontos da Wine Spectator. Eu fico em dúvidas... O 2006 é um pouco mais "tostado" que o 2009. Ambos precisam de um tempo descansando para ir mostrando suas qualidades. Este 2009 mostrava notas de cereja preta e cassis, em meio a um tostado elegante e alcaçuz. Em boca era amplo e sedoso, com um final longuíssimo e especiado. De mastigar... Uma delícia de vinho, que foi ganhando a cada minuto na taça. Riquíssimo. A Sangiovese em sua plenitude. Vinho com estilo moderno, mas muitíssimo atraente. Quando for beber um desses, me chame!
E para finalizar o trio de excelentes vinhos, um Borgonha de primeira linha ofertado pelo Carlão: Dominique Laurent Chambolle Musigny 2007! Na verdade, ele foi o primeiro vinho a ser apreciado. E que vinhão! O produtor é excelente e o vinho ficou à altura. Era um vinho floral e com notas de frutas silvestres, em meio àqueles toques de folhagem e terrosos. Em boca mostrava-se vibrante, mineral e com taninos finíssimos. O final era longo e delicioso. Ah, os borgonhas... Outro vinhaço, que completou o trio de primeiríssima apreciado. Não dá para eleger este ou aquele na noite. Como sempre digo, em briga de cachorro grande o melhor é ficar quieto e apreciar o momento. Trio sensacional!















terça-feira, 8 de abril de 2014

O Vinhobão voltou!!! E com tudo: Incógnito 2008, Flaccianello 2009, La Cumbre 2007, Brunello La Colombina 2007 e muito mais!

Caros leitores: Nessas últimas semanas descansei um pouco, pensei, pensei, e voltei. Muitos amigos pediram a volta, e recentemente, uma noite da confraria na casa de nosso amigo Paulo Flaquer, me fez tomar a decisão final. A noite foi decisiva. O Paulinho nos recebeu em sua casa com tanto carinho e fidalguia, que me impulsionou a retomar o blog. A comida estava ótima. Além dos petiscos e queijos oferecidos pelo Paulinho, o Caião e o Tom foram os responsáveis pelos (excelentes) assados.
Bem, e cada um levou um vinhão, claro. Começo por onde? Acho que pelo vinho do anfitrião. E não era um vinho, era "o vinho": Incógnito 2008, top da vinícola portuguesa Cortes de Cima. O nome do vinho vem daquela história já batida, do tempo em que a Syrah não era permitida no Alentejo. Em 1991, a vinícola foi a primeira a plantar a uva, e colocou o nome Incógnito no primeiro vinho engarrafado em 1998 para não revelar o nome da casta (embora todo mundo provavelmente soubesse). O vinho passa apenas 6 meses em barricas de carvalho francês, e a madeira não sobrepuja a fruta. Ao nariz mostra notas de amoras silvestres, cacau, charuto e alcaçuz. Em boca, mostra frescor, intensidade e taninos corretíssimos. Possui grande clareza e nada de excesso de extração. Um vinho excelente! Para ser apreciado em todas as safras. Aliás, ele só é produzido nas grandes. Valeu, Paulinho!
Em seguida, o vinho levado pelo JP, que também pegou pesado: Flaccianello 2009! Este não tem muito o que falar. Só lembrando que o 2006 foi o vinho que escolhi como o que mais me agradou no ano passado. Este 2009 não ficava atrás. Um grande Sangiovese, com aromas de cereja preta, cassis, tostado, alcaçuz e notas minerais. Em boca, era explosivo, intenso, carnudo, com taninos finos e final interminável. Um gole mais generoso e ele mostrava seu lado explosivo na boca. Um grande vinho da Fontodi. Não que precise, mas só para citar, ele foi (de novo) top 100 da WS, com 96 pontinhos. Mas não é isso que o faz um vinhaço. Grande vinho, JP!
O Caião também exagerou. Levou um La Cumbre 2007, Syrazão de primeiríssima da Errazuriz. Outro vinho de primeira grandeza. Fermentado com leveduras da própria uva e maturado por 18 meses em barricas novas de carvalho francês. Ao nariz mostra aromas de amoras, cereja preta, alcaçuz, chocolate amargo e um apimentadinho gostoso no fundo. Com o tempo, notas de tabaco foram surgindo, dando charme ao conjunto. Em boca, era denso, untuoso, repleto de sabores e com boa mineralidade. Um vinhaço! Sem dúvida um dos melhores Syrah chilenos que apreciei. Vinho de ponta! Isso aí, Caião!
E vamos em frente... Passo para o que eu levei, depois de decantar por 10 horas: Brunello di Montalcino La Colombina 2007. Este vinho ficou em primeiro lugar em um painel de Brunellos da revista Decanter, com 95 pontos. E estava muito bom! Sangiovese em seu esplendor. Notas de cereja preta, chá, alcaçuz, tabaco e couro. Em boca, incrivelmente sedoso para um Brunello de 2007, mas não deixando de mostrar excelente acidez e taninos... de Brunello! O tempo em decanter lhe fez muito bem, claro. Mas mesmo assim, surpreendeu. Esperava algo mais pegado. Quando abri, obviamente, tirei um pouquinho para experimentar. E estava nervoso. Mas o tempo de decantação mostrou o quanto é importante isso para um Brunello. Vinhão!
O Tonzinho levou um Campo Viejo Gran Reserva 2005, Rioja da jovem vinícola fundada em 2001. O vinho passa dois anos em barricas e 3 em garrafa antes de sair ao mercado. Tem aromas de cereja, alcaçuz e tabaco. Com o tempo, foram aparecendo aromas de couro, que foram cada vez mais se destacando e até mesmo sobrepujando os demais. É para beber pouco tempo depois de aberto. Em boca possuía corpo leve para médio e taninos levemente arenosos. Um vinho muito bom, mas que, como mencionei, não tem como amiga a aeração.
O Rodrigo, levou um replay, o sedoso Perdriel del Centenário 2007, corte de Malbec, Cabernet Sauvignon e Merlot, da Norton. Assim, não gastarei mais linhas com ele, e remeto à postagem antiga (acima). Vale citar sua sedosidade e boa evolução.
O Joãozinho levou um de uma linha que gosto muito, que é a Single Vineyard da Trapiche. No caso, era um Trapiche Viña Jorge Miralles 2008. Vinho com aromas de figo e ameixa, em meio a um tostadinho gostoso e toffee. Em boca, mostrava boa acidez e muita sedosidade, característica da linha. Um ótimo Malbec. Dos melhores e mais confiáveis da Argentina. Certeza de agradar.
E para finalizar, o Paulinho trouxe uma "baciada", quero dizer, um recipiente belíssimo, em forma de taça, repleto de pães de mel, maravilhosos, acompanhados de um Porto Ferreira LBV 2008, escuro, intenso, com notas de mirtilo e chocolate amargo. Delicioso! Que beleza! Foi difícil não repetir várias taças acompanhadas dos deliciosos pães de mel. Combinação perfeita.
Obrigado Paulinho! A noite foi memorável e responsável pela volta do Vinhobão!