quarta-feira, 27 de julho de 2011
Vega Sauco 2003 e Angheben Barbera 2010
Apreciamos ainda um vinho da vinícola brasileira Angheben, o Angheben Barbera 2010. Eu já conhecia o Touriga Nacional e tinha curiosidade para conhecer este Barbera, muito elogiado pelo Didú Russo. O vinho tem bons aromas de cassis e baunilha. Em boca é leve (até um pouquinho ralinho...), um pouco doce, mas com taninos bem ajustados. Ainda tem certa distância dos originais italianos, mas está no caminho. É um vinho simples, fresco, alegre, e como diria o Didú, próprio para acompanhar a macarronada de domingo. Agrada a gregos e troianos. Um custo benefício muito bom. Os vinhos Angheben são comercializados pela Vinci.
Vinhobão: Um ano de muita diversão!!!
Há um ano atrás eu comecei com esta diversão chamada "Vinhobão". A intenção era (e ainda é...) registrar os vinhos que apreciei, principalmente em companhia de grandes amigos. Mas eu não imaginava que a brincadeira fosse tomar as proporções que tomou. Até o momento, foram 175 postagens com cerca de 15.000 visualizações de visitantes de mais de 20 paises. Muitos e muitos vinhos apreciados, em sua maioria, muito bons e em companhia dos amigos da Confraria do Ciao. Além disso, comentários sobre degustações da Decanter, Vinci, Expovinis e algumas dicas sobre vinhos e promoções.
De tudo, o que acho mais legal no blog são as visitas e comentários dos amigos que conquistei, mesmo à distância. E não foram poucos! Estes, dividiram comigo seus conhecimentos e experiências no mundo do vinho, e aprendi bastante! Tenho certeza de que um dia terei a oportunidade de encontrá-los para apreciarmos juntos bons vinhos e darmos muitas risadas. Como já escrevi aqui, não sou profissional do tema. Sou apenas um apreciador! E gosto de dividir com os amigos minhas experiências. Continuarei a fazê-lo, pois é divertido e quase uma "terapia". Aos meus visitantes, um grande abraço e que continuem a visitar o "Vinhobão"! Amanhã teremos uma reunião especial na Confraria para comemorar o aniversário de um ano, e deve ser regada a grandes vinhos, que postarei aqui.
terça-feira, 26 de julho de 2011
Landó 2008, Cuvée Alexandre Syrah 2007, Chateau de Macard 2009 e Las Acequias 2007
quarta-feira, 20 de julho de 2011
Korem Isola Dei Nuraghi 2004 - Que delícia de vinho!
O rótulo tava baleado, mas o vinho... |
segunda-feira, 18 de julho de 2011
J.Alberto 2009 - Belo vinho da Patagônia
domingo, 17 de julho de 2011
Tormentas 2011! Adquira os vinhos de Marco Danielle en primeur, com belos descontos!
É uma excelente oportunidade para aqueles que já conhecem os vinhos Tormentas e também para aqueles que não os conhecem e querem apreciar vinhos de autor, elogiados por críticos nacionais e internacionais (como Steven Spurrier, da revista Decanter). São vinhos puros, feitos com carinho, sem ou com muito pouco SO2, e diferentes dos vinhos padronizados.
Há dois vinhos que somente serão vendidos en primeur: Um branco, feito com as uvas Arnoison (90%) e Serprino (10%), e um rosé de Pinot Noir. Segundo Marco Danielle, o branco não tem relação com o Branco 2009 Zero SO2, sendo mais gastronômico que este último. Estou curiosíssimo para conhecer, e quando o fizer comentarei com mais detalhes aqui no blog. Bem, e além deles tem o Cabernet Franc e o FVLVIA PINOT NOIR GARAGEM. Já comentei sobre o FVLVIA 2009 aqui no blog. Adorei o vinho, que para mim é o melhor Pinot Noir brasileiro, de longe. Aliás, o considero como sendo o melhor vinho brasileiro. Não espere nada igual aos Pinot Noir do novo mundo, e sim, um Borgonha! Segundo Marco Danielle, o seu Pinot Noir 2011 deverá ter um ganho em complexidade, acidez e estrutura. No entanto, ele deve manter os traços de personalidade e delicadeza do 2009. Uau! Não vejo a hora de apreciar este vinho.
É bom reservar logo suas garrafas. A quantidade produzida é pequena e você pode perder a chance de conhecer vinhos realmente particulares.
Para maiores informações sobre a venda en primeur e também sobre a filosofia dos vinhos de Marco Danielle, visite o site do Atelier Tormentas.
sexta-feira, 15 de julho de 2011
El Vinculo 2005, Promis 2007, DEI Sancta Catharina 2001, San Vicente 2004 e a volta triunfante do EPU!!!
quarta-feira, 13 de julho de 2011
Trinch! 2009, Encierra 2005 e Luigi Bosca Malbec Reserva 2009
Ontem o amigo JP (João Paulo) nos convidou para uns queijos em sua casa. Levei então um vinho que me foi indicado pelo amigo Eugênio, do Decantando a Vida. O vinho é um biodinâmico do Vale do Loire, mais especificamente de Bourgueil, que fica ao norte de Chinon. Como esta última, também produz excelentes Cabernet Franc, que segundo Hugh Johnson, cerca de 100 anos atrás, rivalizava com grandes Bordeaux. Os Cabernet Franc do Vale do Loire são distintos daqueles do resto do mundo (e tem bom preço pela qualidade). Têm muita vida e elegância. São vinhos que podem ser bebidos jovens mas que recompensam pessoas pacientes e que os mantêm na adega por uns anos. Bem, o vinho que levei é um Trinch! 2009, dos produtores Catherine e Pierre Breton. O vinho tinha notas de framboesa, pimenta branca, azeitona preta, tabaco e grafite. É um vinho mineral e com ótima acidez. Gastronômico por natureza. Nada de peso e sim, um vinho alegre e fácil de beber. Os taninos são sedosos e o final é médio. Foi um ótimo acompanhamento para o queijo de cabra (que é temperamental em questão de combinação). Depois de um tempo na taça liberou aromas que lembravam o Cabernet Franc do Marco Danielle. Valeu a indicação Eugênio! O vinho é importado pela Worldwine.
O segundo vinho, ofertado pelo João Paulo (que o ganhou do Paulão) foi um chileno, da familia Eyzaguirre, o Encierra 2005. O vinho é um corte de 60% Cabernet Sauvignon, 30% Syrah, 3% Carménère, 2% Petit Verdot e 5% Merlot que maturou 12 meses em barricas de carvalho francês. Todos juravam que tinha Malbec no corte, pois é do tipo mais doce e com notas evidentes de figo. Também possuia notas de baunilha e leve chocolate ao leite. Em boca é um vinho bem gostoso, redondo, sedoso. Eu achei um pouco doce e senti falta de certa pegada (que poderia ser dada pela Carmenére e Petit Verdot - que não aparecem muito no blend). Mas é um vinho muito gostoso de beber e fácil de agradar. É importado pela Ana Import.
Bem, e fechamos a noite com um Malbec que sempre agrada, de Luigi Bosca, o Malbec Reserva 2009. O vinho estava altamente floral, com notas fortes de violeta. A fruta era vivíssima, com amora e ameixa bem presentes e mescladas com notas especiadas. Em boca repetia o nariz e mostrava taninos já bem resolvidos, mesmo sendo novo. Um vinho do tipo maduro, bem gostoso e de boa relação custo-benefício.
Bem, eu gostei dos vinhos na ordem que os descrevi. O Trinch! é um vinho sincero, gastronômico e mais complexo - faz mais meu estilo; o Encierra é um bom vinho, gostoso de beber até sem comida, mas bem estilo internacional e o Luigi Bosca é um bom Malbec, sempre confiável e companhia certa para um churrasco.
Bem, vou correr por que hoje à noite tem especial da confraria e não posso atrasar. Logo postarei sobre os vinhos que apreciaremos.
sábado, 9 de julho de 2011
Ventisquero Grey Merlot 2007 - Bom vinho!
A linha Grey é uma linha especial da vinícola chilena Ventisquero. Fica acima dos bons Queulat. Os vinhos, feitos sob a batuta do enólogo Felipe Tosso, são maturados por 18 meses em barril de carvalho e descansam em garrafa por 8 meses antes de irem ao mercado. A partir de 2008 levam no rótulo a inscrição "single block", em referência a um conjunto de características que lhes dão características peculiares. O Ventisquero Grey Merlot 2007 é um vinho muito agradável, feitos com uvas de Apalta. Possui uma bonita cor granada escura e aromas muito ricos de ameixa, figo e cacau. Além disso, notas de especiarias, como pimenta-do-reino e canela. Aliás, se não tivesse estas notas especiadas e de cacau seria facilmente confundido com um bom Malbec. No entanto, em boca a diferença já é evidente, pela acidez e pelos taninos, que embora apareçam são bastante finos e sedosos. O vinho tem bom corpo e um final bem gostoso. Depois de um tempo no decanter fica muito redondo e fácil de beber. Aliás, a decantação por no mínimo 30 minutos é recomendada. Um vinho muito bom da Ventisquero! Em São Carlos os vinhos da Ventisquero podem ser encontrados na Mercearia 3M, do amigo Idinir.
sexta-feira, 8 de julho de 2011
LAN Reserva 05, Alma Negra Pinot Noir 08, Muga Reserva 04 e Aliara 07- noite boa na confraria!
Ontem os vinhos levados pelos confrades estavam muito bons. O João Paulo, nosso querido JP, levou embrulhado um LAN Reserva 2005. Bem, bati o naso e já mandei um Rioja. Embora com tempo de taça, no fundinho, ele induzisse até outra nacionalidade. O vinho parecia mais novo e tinha notas de cereja, casca de laranja, especiarias e herbáceas. Os taninos ainda aparecem e a madeira deixa sua marca no final de boca. É um vinho seco, fresco e gastronômico. Deve ganhar elegância com alguns anos de adega. Bem, os confrades, inclusive o JP, o deixaram na rabeira dos vinhos apreciados. Mas é um bom vinho.
O Paulão levou uma novidade de Ernesto Catena, o Alma Negra Pinot Noir 2008. O vinho é feito com uvas de um vinhedo de altitude (1.300 m), que segundo o produtor permite um perfeito amadurecimento desta cepa, que é temperamental. Apenas 50% do vinho é maturado por 14 meses em barricas de carvalho francês. O restante é mantido em cubas de aço. Isso mantém as características da cepa e dá frescor ao vinho. É um vinho maduro (até um pouco demais para o meu gosto), bastante aromático e com notas de goiaba e cereja maduras. Em boca é bem gostoso, redondo, com tudo no lugar. É Pinot Noir de novo mundo, não remetendo muito aos borgonhas. No entanto, depois de algum tempo em taça começa a expressar algumas características interessantes. Eu acredito que em alguns anos poderá mostrar novas facetas. Um bom vinho de Ernesto Catena.
O Caião levou o também riojano Muga Reserva 2004. Este vinho foi top 100 da Winespectator em 2008, com 91 pontos da revista. É um vinho de uma belíssima safra e que tem consistência. Ao nariz, notas de cereja madura e casca de laranja, além de um leve caramelo. Em boca está bem redondo, com bom corpo e taninos já domados. Foi um dos melhores da noite. É vinho que deve melhorar ainda nos próximos anos. O difícil é achar esta safra no mercado.
Eu levei um vinho que gosto muito, o Aliara 2007. Eu apreciei há alguns anos atrás o 2001, que estava uma maravilha. O Aliara é um vinho top da vinicola chilena Odjfell. Este 2007 é feito com as uvas Cabernet Sauvignon (10%), Carignan (35%), Malbec (26%) e Syrah (29%). Vejam que é um corte sem a Carmenére, atualmente onipresente nas mesclas chilenas. É um vinho muito complexo. Os aromas de frutas, como o cassis e figo, se mesclam a notas tostadas, de especiarias (noz-moscada e canela), café e chocolate com leite. Em boca é amplo, muito elegante e aveludado, com taninos muito finos. O final é muito gostoso. Um vinho agradabilíssimo! O JP achou muito bom, mas um pouco doce. Acho que realmente tem esta característica, talvez aportada pela Malbec, mas não penso que influencie na grande qualidade do vinho. Aliás, ele acompanhou o filé ao molho Pavarotti muito bem, e acredito que deve ser uma companhia muito boa para um carré de cordeiro assado ou um bom bife de chorizo. A propósito, é comercializado pela Worldwine.
quarta-feira, 6 de julho de 2011
E depois de um tinto de 1996, um branco do mesmo ano: Gravonia 1996
E depois de postar sobre um português tinto, de 1996, mantenho minha incursão pela península ibérica, mas agora tratando de um branco de 1996, do produtor espanhol R. Lopez de Heredia, aquele que produz os espectaculares Tondonia. Os vinhos de Lopez de Heredia são preciosidades que não podem faltar na adega daqueles que apreciam riojanos tradicionais. Eles fogem à internacionalização, tem personalidade e tradição. Seus tintos podem envelhecer por décadas, e em sua maturidade têm uma elegância invejável. Mas surpreendente também são seus brancos, com muito tempo de maturação em barrica e em garrafa antes de serem comercializados. Além disso, possuem uma capacidade incrível de envelhecimento. Lembro-me bem do Tondonia Gran Reserva 1987 que apreciei este ano no último Vini Vinci, uma maravilha!
Este Gravonia 1996 é feito com a uva Viura, e é maturado por 4 anos em barricas de carvalho. Sua cor é linda, um amarelo dourado sedutor. Ao nariz, aromas de frutas secas, casca de laranja, um pouco de mel e amêndoas. Em boca, uma delícia, com presença elegante da madeira, bom corpo e um final muito gostoso. Excelente para ser apreciado sozinho ou acompanhando uma bela posta de bacalhau, como o Conde de Valdemar fermentado em barricas. Mas atenção: O vinho não deve ser apreciado gelado como brancos leves e sim, por volta de 12-14 graus, temperatura na qual libera seus aromas e manifesta toda sua potencialidade. Quem está acostumado apenas com os vinhos brancos mais comuns, não pode deixar de experimentar os brancos de Lopez de Heredia, pois são vinhos únicos e muito ricos. São comercializados pela Vinci.
terça-feira, 5 de julho de 2011
Caves São João Porta dos Cavaleiros 1996
Eu gosto muito dos vinhos das Caves São João, sejam eles da Bairrada, ou do Dão (rimou!). São vinhos únicos, clássicos e sem modismos. Além disso, são altamente gastronômicos e com grande capacidade de envelhecimento.
Neste Porta dos Cavaleiros Reserva 1996 o charme começa pelo rótulo, de cortiça, e se estende à sua bela cor rubi e aromas que lembram um bom borgonha. Aliás, muitos dizem que o Dão é a borgonha portuguesa (talvez até por isso eles utilizem as garrafas borgonhesas). Para manter-me na mesma linha, utilizei taças para borgonha.
Esse vinho é feito com as castas Touriga Nacional, Aragonês, Alfrocheiro e Jaen (a Mencia espanhola). Apesar da idade, tinha aromas ainda vivos de frutas, com notas de framboesa e cereja seca, mescladas a notas terrosas. Em boca, os taninos são presentes, mas bem domados. A acidez típica dos vinhos do produtor aparece e está muito bem integrada, fazendo do vinho uma excelente companhia para bons pratos. Um leitãozinho à pururuca seria uma ótima pedida. Em boca o vinho é seco, leve e deixa impressões da madeira (sândalo) e final herbáceo. É vinho gastronômico que pode não agradar a todos, mas que tem seu público fiel (como eu). São vinhos a serem conhecidos, tanto os da Bairrada, quanto os do Dão; tanto os tintos, quanto os brancos, e também os espumantes. Aliás, experimente um dia o espumante Caves São João tinto, feito com baga, acompanhando feijoada. É pedida certa!
Os vinhos das Caves São João são importados pela Vinci. Seus preços, principalmente quando jovens, são muito bons. Assim, podem ser ótimas opções para comemorações futuras.
sábado, 2 de julho de 2011
Domus Aurea 1999, EPU de Almaviva 2001 e Cuvée Alexandre 2001
Antes que eu me esqueça, os vinhos da Casa Lapostolle são importados pela Mistral, o Domus Aurea pela Zahil e o EPU é vendido pela Wine.