Foto dos vinhões! (Tiradas na mesinha do Ciao Bello) |
Ontem degustamos vinhos do brasileiro Marco Danielle, feitos com esmero em seu Atelier Tormentas. Aliás, nota-se o capricho já nos rótulos, de muito bom gosto. Seus vinhos têm recebido elogios rasgados da crítica especializada, brasileira e estrangeira. Principalmente o Fulvia Pinot Noir 2009, que recentemente superou bons borgonhas em uma degustação às cegas. Seus vinhos são produzidos a partir de vinhedos de baixo rendimento, com colheita e seleção manual, da forma mais natural possível, sem filtração e com a mínima intervenção. Alguns são produzidos sem INS 220 (SO2). Tudo isso lhes aporta um caráter muito particular, garantindo sua autenticidade (sem contar que evita a dor de cabeça no dia seguinte...). Marco Danielle oferece vendas en primeur e também a promoção "Sobrevoando Tormentas", que possibilita a aquisição de 6 garrafas sortidas, a um preço especial, para que os apreciadores possam conhecer as nuances de seus produtos artesanais. A caixa contém uma garrafa do Tormentas Minimus Anima 2007 (Cabernet Sauvignon, Tannat, Merlot e Alicante Bouschet), uma do Tormentas Ius Soli Garagem 2008 (Cabernet Sauvignon, Merlot e Alicante), um Tormentas Fulvia Garagem 2008 (Cabernet Franc), duas garrafas do Tormentas Minimus Anima Garagem 2008 (Cabernet Franc, Cabernet-Sauvignon, Merlot e Alicante) e uma do badalado Tormentas Fulvia Pinot Noir Garagem 2009.
Nós começamos por este último, considerando que é o mais leve. E que maravilha! Decantamos o vinho por algum tempo para que ele manifestasse todo o seu explendor. Foi sucesso completo na confraria. Teve briga pelos mililitros finais. Um borgonha! Lembrou-me um bom Nuits-Saint-Georges. Nada parecido com a grande maioria dos Pinot Noir sul-americanos. Duvido que alguém o deguste às cegas e não diga que é um borgonha. Um nariz gostoso, com notas de morango silvestre e cereja fresca, além de notas de especiarias e terrosas típicas de um borgonha mais evoluido. Em boca, é de uma elegância fantástica. Devo concordar com vários comentários feitos sobre esse vinho e com o Ed Mota, amante da borgonha, que disse ser o Fulvia Pinot Noir Garagem 2009 o melhor vinho já feito no Brasil! Parabéns ao Marco Danielle.
Seguimos com o Ius Soli Garagem 2008, que tem um corte basicamente bordalês. No começo o vinho tem um ataque um pouco agressivo, mas com o tempo no decanter ele foi ficando bem mais redondo e mostrando boas qualidades. É vinho potente, com personalidade. Acredito que está novo, e que deve envelhecer muito bem. Depois dele apreciamos o Tormentas Minimus Anima 2007, que tem uma interessante adição de Tannat colhida tardiamente. Segundo o contra-rótulo, quase passificada. Isso dá muita complexidade ao vinho, com notas de frutas compotadas, como ameixa. Lembrava até um ripasso. Em boca é muito bom, com taninos redondos e final persistente. Ficou excelente acompanhando o jantar. Foi o vinho que mais agradou depois do Fulvia Pinot. Acredito que sua idade também contribuiu para o fato, o que comprova que os outros vinhos devem melhorar com tempo de adega. O Minimus Anima Garagem 2008 tem um corte diferente, com ausência da Tannat e inclusão da Cabernet Franc (majoritária). Todos acharam menos elegante que o Minimus Anima 2007. Mas vamos dar-lhe tempo. Finalmente, apreciamos o Tormentas Fulvia Garagem 2008 Cabernet Franc. É um vinho com bom nariz, com notas animais (aliás, como alguns dos anteriores), apimentado típico da casta, mas sem exagero e gostoso em boca, com taninos presentes mas bem integrados. Acompanhou muito bem o filet ao molho Pavarotti.
Bem, foi uma noite especial. Apreciamos vinhos que fogem a modismos e de muita personalidade. Sou da opinião de que alguns deles ainda estão novos, e devem crescer muito com os anos. O Mininus Anima 2007, que tem a Tannat no corte é muito bom, e agradou muito. Mas não posso deixar de destacar novamente a grande qualidade do Fulvia Pinot Noir 2009. Realmente, o Marco Danielle está de parabéns! Vou aguardar o 2011, que pelo jeito, vai continuar o sucesso do 2009.
Seguimos com o Ius Soli Garagem 2008, que tem um corte basicamente bordalês. No começo o vinho tem um ataque um pouco agressivo, mas com o tempo no decanter ele foi ficando bem mais redondo e mostrando boas qualidades. É vinho potente, com personalidade. Acredito que está novo, e que deve envelhecer muito bem. Depois dele apreciamos o Tormentas Minimus Anima 2007, que tem uma interessante adição de Tannat colhida tardiamente. Segundo o contra-rótulo, quase passificada. Isso dá muita complexidade ao vinho, com notas de frutas compotadas, como ameixa. Lembrava até um ripasso. Em boca é muito bom, com taninos redondos e final persistente. Ficou excelente acompanhando o jantar. Foi o vinho que mais agradou depois do Fulvia Pinot. Acredito que sua idade também contribuiu para o fato, o que comprova que os outros vinhos devem melhorar com tempo de adega. O Minimus Anima Garagem 2008 tem um corte diferente, com ausência da Tannat e inclusão da Cabernet Franc (majoritária). Todos acharam menos elegante que o Minimus Anima 2007. Mas vamos dar-lhe tempo. Finalmente, apreciamos o Tormentas Fulvia Garagem 2008 Cabernet Franc. É um vinho com bom nariz, com notas animais (aliás, como alguns dos anteriores), apimentado típico da casta, mas sem exagero e gostoso em boca, com taninos presentes mas bem integrados. Acompanhou muito bem o filet ao molho Pavarotti.
Bem, foi uma noite especial. Apreciamos vinhos que fogem a modismos e de muita personalidade. Sou da opinião de que alguns deles ainda estão novos, e devem crescer muito com os anos. O Mininus Anima 2007, que tem a Tannat no corte é muito bom, e agradou muito. Mas não posso deixar de destacar novamente a grande qualidade do Fulvia Pinot Noir 2009. Realmente, o Marco Danielle está de parabéns! Vou aguardar o 2011, que pelo jeito, vai continuar o sucesso do 2009.
Grande pinot Flavio!Bela noite!
ResponderExcluirAbs, JP
Concordo plenamente JP!
ResponderExcluirTemos que fazer outras dessas.
Grande abraço,
Flávio