Mostrando postagens com marcador Roquette e Cazes 2011. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Roquette e Cazes 2011. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 14 de março de 2018

Barolo Gianfranco Alessandria San Giovanni 2008, Chryseia 2007, Roquette e Cazes 2011, Quinta do Vallado Touriga Nacional 2011 e Chateau Paul Mas Clos de Mures 2013

Vinho bão nessa reunião da confraria, ocorrida há algum tempo. A primeira foto é do Barolo San Giovanni Gianfranco Alessandria 2008, levado pelo Joãozinho, que o trouxe de viagem por minha recomendação. O vinho, de um ótimo produtor, demorou a abrir e mostrou menos fruta que o usual. Ao nariz trazia aromas de tabaco, couro e notas de funghi secchi e minerais. A fruta era discreta, com notas de morango e framboesa. A acidez, como esperado para um Barolão, era boa, claro, e os taninos pegados. Eu senti falta de mais fruta e notas florais no danado. Mas gostei. Já a Wine Spectator, não gostou nem um pouco, tascando-lhe apenas 78 pontos!

Do lado direito do Barolo um Roquette e Cazes 2011 levado pelo JP. Este já havia pintado aqui no blog (clique aqui), mas na época estava novo. Agora já está mais aberto, com taninos redondos e bom equilibrio do conjunto. Notas de kirsch, framboesa, chocolate e especiarias. Um vinho sempre confiável e no caso, de safra excepcional. Para ser  bebido já. À direita dele, no centro da foto, o melhor da noite, fácil, levado por este que vos escreve: Chryseia 2007! Já devidamente arredondado pelo tempo, este gigante do Douro mostra uma bela evolução. Aromas de amoras e cerejas, em meio a chocolate amargo, tabaco, notas minerais e especiarias. Em boca, untuoso, intenso, mas com ótima acidez que lhe aportava frescor. Os taninos eram sedosos e o final longo e terroso. Uma beleza de vinho! Gosto do Chryseia com alguns anos nas costas.  Ao seu lado um outro vinho que gosto muito, de grande safra: Quinta do Vallado Touriga Nacional 2011. Este, levado pelo JP, só perdeu (por pouco) para o Chryseia. Vinho de ótimos aromas de cereja e cassis, em um fundo de azeitona preta, alcaçuz e cacau. Em boca, tem ótima presença, acidez correta, mineralidade e taninos finos. O final é longo e achocolatado. Mais um ótimo Vallado Touriga, que sempre agrada. Vinhão! E para finalizar, o vinho levado pelo Caio: Chateau Paul Mas Clos de Mures 2013. Vinho do Languedoc-Roussillon feito com Syrah majoritária e pitadas de Grenache e Mourvédre. É um vinho sem exageros, com boa fruta (framboesa e cereja) em meio a especiarias doces. É leve e desce fácil, sempre. Nota-se um leve amargor no retrogosto. Não é para ser bebido ao lado de vinhos pesados, concentrados, do novo mundo.




























segunda-feira, 6 de julho de 2015

Vinhada na cozinha do Tom: Matando as saudades com bons vinhos!

Nosso confrade Tom está por demais envolvido com a Pão To Go e tá sobrando pouco tempo prá gente...rs. Mas nesse final de semana fomos lá na cozinha matar as saudades e mandar frutos do mar com bons vinhos. A idéia era só brancos, mas como estava um dia frio prá dedéu, levamos também tintos. A lista foi grande e vou falar apenas de alguns.
O Joãozinho levou um bom Chablis L'Orangerie du Chateau 2013, de Jean Bouchard. A Maison fica ao lado da Albert Bichot, onde vinifica seus vinhos. Este Chablis é bem fresco, com boa mineralidade e toques de pêra e abacaxi. Bom para frutos do mar.
Joãozinho também levou um ótimo Montchenot 2003, argentino com alma francesa, e que surpreende pela sua longevidade. É um vinho feito com Cabernet Sauvignon, Merlot e Malbec. Diferentemente de seus conterrâneos, geralmente com bastante extração, muita fruta e álcool, este Montchenot mostra fruta na medida certa, muita clareza e frescor, com taninos redondos e final especiado. Um ótimo vinho e que tem um preço muito convidativo na Argentina. Vale a pena conhecer.
O Thiago levou um Cono Sur Reserva Especial Chardonnay 2013, que apresentava notas de abacaxi e um fundinho de mel, boa mineralidade e acidez. A Cono Sur faz bons vinhos, e este estava bem legal. 
O Paulinho sempre pega pesado, e levou um belo Pêra-Manca branco 2011. Vinho de bom corpo, da bela safra de 2011, mostrava intensidade e ótima fruta, com destaque para maçã e pêra, em meio a toques cítricos e um fundo de mel. Não é vinho para bebericar, e sim, acompanhar comida. Mais que frutos do mar, umas postas de bacalhau fariam bom par.
O mesmo Paulinho levou também um ótimo Roquette e Cazes 2011. O irmão menor do Xisto sempre faz bonito, mas as vezes, quando novo, costuma mostrar muita madeira. Mas este 2011 está uma beleza: Tudo na medida certa! Vinho intenso, boa fruta, boa acidez e taninos redondos para seus poucos anos de vida. O final é longo e prazeiroso. Mais um exemplar de sucesso da bela safra. Deve melhorar com alguns anos de adega.
Eu levei um branco já comentado aqui, o Quanta Terra Grande Reserva 2009. Vinho de peso, com cor amarelo escura e notas de damasco, amêndoas e mel. Assim como o Pêra-Manca, par perfeito para uma boa posta de bacalhau. Mas foi muito bem com os frutos do mar.
Eu levei também um Conde de Los Andes Gran Reserva 2005. O vinho é um Riojano clássico, da víncola Paternina, com madeira presente, boa acidez, cereja seca, toques cítricos e tabaco. Destaque para sua relação preço/qualidade. É muito barato pelo que oferece. Se achar no mercado, coloque na cesta que ficará feliz.
Little John e Il Capo JP!
Bem, e entre tantos vinhos, não dá para não mencionar um que já apareceu por aqui 2 vezes, mas que pode aparecer quantas vezes quiser, pois é dos grandes. Foi levado pela segunda vez pelo JP, que pegou pesadíssimo: Flaccianello dela Pieve 2009! Sangiovese na veia! Intenso, concentrado, com cereja preta e alcaçuz em meio a um elegante tostado (que se equilibra com tempo em taça). A acidez é excelente, os taninos redondos e o final é interminável. É vinho de primeira grandeza. Isso aí, JP!
Bem pessoal, teve mais, como mostrado na foto. Mas a postagem tá ficando grande demais...rs.
Valeu, Confrades!!! Comida excelente, belos vinhos e companhia de primeira!