
O outro branco foi um que levei, do tradicional produtor Mario Schiopetto, da região de Collio, Friuli. O vinho era um Schiopetto Pinot Bianco 2007. Este já é vinho mais austero que o anterior. É vinho sem madeira, com afinamento em tanques de inox, sobre as borras, por 8 meses. O vinho já tinha cor mais escura, dourada e aromas menos frugais. Notas de frutas cítricas, casca de limão siciliano e florais. Um fundinho de levedura também era notado. Em boca mostra ótima acidez e mineralidade. Um belo branco italiano feito com uma uva que é preterida por outras castas mais batidas, principalmente aqui no Brasil, mas que dá ótimos vinhos e com aptidões gastronômicas.
O Paolão levou um Spiga 2005, de O.Fournier. O vinho fica uns degraus acima do mais leve Urban Uco e logo abaixo do Alfa Spiga. O top do produtor é o grande O.Fournier, que só é produzido em safras excepcionais (como esta de 2005). Os vinhos de José Manuel Ortega são sempre muito bem feitos e este não foge à regra. O vinho, da grande safra de 2005, foi feito com 100% Tempranillo e passou 13 meses em barricas de carvalho francês e um ano em garrafa antes de ser comercializado. Ao nariz mostra notas de ameixa madura, café, baunilha e alcaçuz. Em boca é denso, cheio e muito sedoso. Tudo correto. É daqueles sem arestas e que agradam mesmo. Caractertíca de O.Fournier. Um ótimo vinho e que bateu de frente com o outro ibérico descrito a seguir.
Bem, e o JP não baixou a guarda: Levou um grande Crasto Reserva Vinhas Velhas 2005. Este já apareceu aqui no blog algumas vezes (clique aqui). É um vinhaço e que foi terceiro na lista dos Top 100 da Wine Spectator em 2008. Deu para acompanhar bem a evolução deste vinho ao longo desses anos. O Paolão achou que este estava um pouco na descendente. Eu achei que entrou no platô e que não vai evoluir mais. É clara a diferença em relação ao que bebemos no ano passado, que se mostrava mais firme e com notas minerais. Este levado pelo JP mostrava fruta bem madura, com destaque para a cereja preta em meio a chocolate e alcaçuz. As notas minerais já estavam ausentes. Os taninos muito redondos, maduros. Estava bom? Claro! Estava ótimo! Mas como eu disse, distinto dos que bebemos anteriormente e com a evolução um pouco adiantada em relação ao que esperávamos. Para mim, especificidade de garrafa. Bem, eu ainda tenho uma garrafa deste 2005 e dará para tirarmos a dúvida. Mas a tendência é que eu não o guarde por muito mais tempo na adega. Está na hora de pintar aquela vertical de 2005 a 2010...rs.
Isso aí!