Mostrando postagens com marcador Pintia 2007. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Pintia 2007. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 13 de abril de 2017

Obrigado, Confrades: Roda Reserva 2011, Mouchão 2011, Pintia 2007, Incógnito 2011, Barolo Enrico Serafino 2012, Imperial Gran Reserva 2007, Brunello di Montalcino Castelgiocondo 2008, Stonewell 2009 e Royal Tokaji 5 Puttonyos 2007!

Perto do meu aniversário, e os confrades resolveram me brindar com uma bela noite, regada a grandes vinhos e os assados do Tonzinho, que sempre deixam boas lembranças. E o negócio foi bom, aliás, excelente! 

A turma caprichou. Só vinhos de primeira. Vejam a seguir:
Levado pelo Thiago: Roda Reserva 2011. Acredito que junto com o de sobremesa, era o único vinho que podia ser bebido sem comida, de forma descompromissada. Os outros já cresciam muito na presença das carnes. Este Roda tinha notas de cereja madura, tabaco e animais. Muito redondo em boca, sedoso, toque cítrico, harmonioso. Bem aberto para um Rioja 2011, e bem gostoso!.
Levado por este que vos escreve: Peter Lehmann Stonewell 2009. Vinho top do produtor australiano. Shirazão de respeito, muito vivo, com 9 anos de idade (apesar de já mostrar bastante precipitado aderido na garrafa). Nariz frutado (amoras), mas sem exagero de extração, leve toque alcoólico no começo, que com o tempo, se equilibrou. Notas florais e minerais. Em boca, boa acidez e taninos firmes. Ficou redondo com o tempo. Prima pela clareza e frescor, mais que pela concentração. Precisa de decanter (~2 horas). Tem anos pela frente. Gostei!
Pintia 2007, levado pelo JP. Aqui o negócio pega. Qualidade incontestável, com o carimbo Vega Sicilia. Já "pintou" por aqui (clique). Notas de cereja preta e chocolate amargo. Muito parecido com o que bebemos tempos atrás. Pegado, nervoso, tânico. Um Pintia para muitos anos de adega. Vinhão! Um Toro!
Incógnito 2011, levado pelo Rodrigo. Já havíamos bebido um levado pelo Paulinho, o Rei dos Portugueses, mas ainda não publiquei. Aqui também o negócio pega. Vinho floral, notas de amoras, minerais e chocolate amargo. Primeira linha! Cresceu absurdamente com a picanha assada pelo Tonzinho. Um vinho para muitos anos de adega. Dos grandes!
Mouchão 2011, levado pelo Paulinho, Rei dos Portugueses. Um super vinho! Mr. Parker gostou dele, atribuindo 95 pontos. E com razão. O vinho é excelente! Ao nariz, notas florais, de frutas silvestres (morangos e amoras) e minerais. Em boca, muito frescor e mineralidade. Final longo e terroso. Uma delícia! Outro que tem anos e anos pela frente. Um Mouchão muito fresco e vivo. Muitos disseram se tratar do melhor da noite.
Brunello di Montalcino Castelgiocondo 2008, de Marchesi di Frescobaldi, ofertado pelo Tonzinho. Brunello maduro, com notas de cereja e ameixas, em fundo terroso. Em boca mostrava acidez vibrante e taninos firmes, que ainda anseiam por uns anos de adega. Ótimo Brunello, companhia perfeita para as carnes assadas pelo Tonzinho.
Barolo Enrico Serafino 2012, levado pelo Joãozinho. Um bebê! Ao ser aberto, completamente fechado, reticente em mostrar a que veio. Mas depois de umas horas, mostrou notas de pétalas de rosas, morangos e framboesas, em meio a notas minerais. Em boca, boa acidez e taninos presentes, como esperado. Precisa de tempo. Algumas horas de decanter já ajudam, mas anos de adega lhe fariam ainda melhor. Barolão! 

Imperial Gran Reserva 2007, outro vinho ofertado pelo Tonzinho. Aqui é certeza de agradar. O Caio já havia nos brindado com duas garrafas deste (Clique aqui e alí). E com 10 anos, o vinho ainda parece jovem. Notas de cerejas e ameixas, em meio a tostados, baunilha e notas cítricas. Em boca, ótima acidez, notas amadeiradas e taninos redondos. Ainda está crescendo. Um belo vinho, sempre. Delicioso!

E para finalizar, um delicioso Royal Tokaji 5 Puttonyos 2007, levado pelo Caião. Estava delicioso!!! Cor já escurecendo, tendendo ao âmbar, aromas de damasco, gengibre, mel e aquelas notas de Botrytis que a gente não sabe descrever. Em boca, um néctar! Como os 10 anos lhe fizeram bem! Muito sedoso, dulçor equilibrado por ótima acidez, toques de gengibre e mel. Excelente! Só faltou o meu Creme Brulee para acompanhar...rs. Falha minha!

Obrigado, confrades! Noite belíssima para celebrar mais um aniversário deste que vos escreve!


sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Il Bosco Syrah 2007, Pintia 2007, Q Clay Blend 2008 e Talinay Pinot Noir 2012!

Ontem, quinta-feira, fomos ao Barone apreciar um belo cordeiro com uns vinhões, claro. O primeiro deles foi levado pelo confrade Paulinho, o Rei dos Portugueses, que dessa vez levou um super italiano: Il Bosco Syrah 2007! O vinho é da Tenimenti Luigi D'Alessandro, e para quem pensa que não tem Syrah bom na Itália, precisa experimentar este. O 2004 já pintou por aqui, e eu o elegi entre os melhores do ano em que bebi. Na Wine Spectator, que tascou 95 pontos nesse Il Bosco 2007, não é incomum o chamarem de Côte-Rôtie ou Hermitage italiano. E não é prá menos. É um vinhaço! Notas de amoras, madeira bem casada, alcaçuz, chocolate e com um tempo, um mentolado delicioso. Em boca é intenso, com excelente acidez e belos taninos, aparentes e que dão uma estrutura incrível para o vinho. Teria anos e anos pela frente. Mas este, gentilmente ofertado pelo confrade Paulinho, que o comprou por minha indicação na Itália, já foi...rs. Mas a lembrança dele ainda está aqui na boca. Isso é Syrah! Sou fã incondicional! Grazie, Paul! Foi eleito o melhor da noite, batendo o próximo, que também é um vinhão.
O outro vinhão que citei também já pintou por aqui, e foi levado por este que vos escreve: Pintia 2007! Bem, é um produto da Vega Sicilia na região de Toro, e obviamente, tem pedigree. E qualidade, claro... Levei embrulhado e o Paulinho matou ser espanhol, assim como o Caio. Interessantemente, este exemplar está bem diferente do que bebemos em 2011, que se mostrava mais achocolatado e balsâmico. Este agora tinha as notas de cereja preta e amora, em meio a alcaçuz, chocolate amargo e balsâmicas. Mas essas últimas eram mais sutis que no que bebemos anteriormente. Sua cor também era diferente, sendo esse bebido ontem de uma rubi mais claro, bem límpida e bonita. Na boca a diferença também foi patente. Surpreendentemente, esse de ontem estava mais pegado, mais nervoso, com bela acidez e taninos salientes, indicando que o vinho teria muitos anos ainda. Um grande vinho, de bela estrutura e par perfeito para o carneiro (assim como o Il Bosco). No entanto, foi quase unanimidade que o Il Bosco o superou. Eu concordo!
Os outros dois vinhos eram chilenos. O Q Clay Blend 2008 é da vinícola Bisquertt, e foi levado pelo Caião. É um corte de 75% Syrah e 25% Cabernet Sauvignon. Aqui a fruta madura manda, em meio a chocolate e um fundinho apimentado. Mas em boca todos achamos doce, e com baixa acidez. Vinho com baixa acidez não pede outra taça. Ele deve ter seus fãs, mas não agradou a turma.
O outro é o Talinay Pinot Noir 2012, da Tabali. Este vinho eu tinha curiosidade para conhecer, pois sempre leio elogios a ele. É um Pinot Noir típico chileno, com fruta madura (cereja e framboesa) em meio a um toque terroso e leve tostado. Em boca  é delicado, tem uma entrada doce, mas com um final levemente cítrico que quebra o dulçor. Gostei dele, mas não acho que tem tanto assim para a badalação, principalmente pelo preço. Mais barato que ele, e para mim mais empolgantes, considero o Arboleda, Sofia e Falernia.
Isso aí! 

domingo, 15 de maio de 2011

Pintia 2007 versus Val de Flores 2005 - Briga boa!

O amigo Margarido nos brindou com um Pintia 2007. O vinho é produzido pelas Bodegas Vega Sicilia, na região espanhola de Toro. Esta região tem se primado por belos vinhos e safras muito regulares, na maioria, notas 10. Bem, e se tratando de um exemplar da familia Vega Sicilia, temos que esperar coisa boa. E é o que aconteceu com este vinho. Apesar de novo, principalmente para um vinho de Toro, ele já mostrava todas as suas qualidades. Potencia pura! Como diz o crítico Steven Spurrier, e citado no site da Mistral, o vinho é um "punho de aço em luvas de seda". Boa definição para um vinho que reune a potência da região com a elegância típica dos Vega Sicilia. O vinho, de cor bem escura, passa 14 meses de barricas 70% francesas e 30% americanas.  O nariz é excelente. A fruta (amora, cereja preta) se mescla às notas de chocolate, café, resinosas e balsâmicas. É cheio de camadas e com ótima mineralidade. Em boca é amplo, denso, potente e com final duradouro. É um vinho muscular, com taninos potentes mas bem domados e que devem ficar sedosos com mais tempo na garrafa. Vinho para longa guarda, e que deve recompensar a paciência. Um vinhaço Margarido! A propósito, o vinho é comercializado pela Mistral.
Sua briga na noite foi com um argentino que levei, o Val de Flores 2005. Já comentei sobre este vinho aqui no blog (clique aqui). É outro vinhão! O Margarido disse ter ficado indeciso entre ele e o Pintia. Eu já gostei mais do espanhol. Bem, mas aqui a briga é boa. O negócio é apreciar os dois, respeitando as características de cada um. O Val de Flores também é um excelente vinho, malbec de primeira, com boa fruta (cereja, mirtilo, ameixa) e notas de chocolate e café bem integradas e muito agradáveis. Um vinho sedoso, amplo, de encher a boca. Também está novo e deve envelhecer muito bem. Tanto ele, como o Pintia, acompanharam maravilhosamente a picanha feita pelo confrade Caio, que mostrou-se um craque! A briga com o Tom pelo troféu de assador do ano vai ser acirrada, para o nosso bem. O Val de Flores pode ser encontrado na Wine.