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sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Belo quarteto: Tulip Syrah 2015, Betz Clos de Betz 2010, Chateau Dauzac Grand Cru Classé 2009 e Travaglini Gattinara 2013

Noite boa na confraria. Vinhos de estilos distintos, com exceção do californiano e bordalês, que dividiam certas características. O Chateau Dauzac 2009 fez bonito. o Gran Cru Classé mostrou elegância e muita presença. Nariz meio fechado no começo, mas com o tempo foi se abrindo, mostrando notas de cassis, tostado, café, tabaco e grafite. Em boca, sedoso, bom corpo e taninos já resolvidos. Final longo e com notas de café e tostadas. Ótimo vinho, levado pelo Cássio. 64% CS e 36% Merlot.



Do lado esquerdo da foto um vinho Israelense levado pelo Thiagão, que arrisca boas surpresas: Tulip Syrah Reserve 2015. Um Syrah que, apesar de passar bom tempo em madeira, mostra ótima fruta e frescor. Framboesa evidente e especiarias, com fundo mentolado. Gostei bastante do vinho, que fica entre Syrah australiano e rodaniano. 
Do lado direito do vinho Israelense, um Californiano de primeira, levado por mim. Fui presenteado com este vinho 3 anos atrás, pelo Thiagão. Fiquei de levar só quando ele fosse na confraria. É um Betz Clos de Betz 2010, feito com 58% Merlot, 35% Cabernet Sauvignon e 7% Petit Verdot. Um vinho muito interessante, com notas de cereja preta, ervas, chocolate, tabaco e menta. Em boca, repete o nariz e mostra ótima complexidade. Taninos redondos e final com notas de alcaçuz. Nada de vinho doce, carregado. Às cegas, lembra fácil um bordeaux. Mas tem o toque americano. Belo vinho, muito elogiado pela crítica.  Teria muitos anos ainda pela frente.
E para finalizar, o Travaglini Gattinara 2013, levado pelo JP. Nebbiolo bem feito, com aromas de pétalas de rosas, morango, especiarias e minerais. Em boca boa acidez e taninos presentes. Final longo e mineral. Atrativo e gastronômico. Gosto muito!








domingo, 8 de junho de 2014

Chateau Ste Michelle Cabernet Sauvignon Indian Wells 2010: New World!

Rapidinho: O Thiago nos ofertou este Chateau Ste Michelle Cabernet Sauvignon Indian Wells 2010 tempos atrás em reunião da confraria. É um americano de Washington Estate, de bom preço e que oferece boa qualidade. Este de Indian Wells tem como característica ser de clima mais quente e de características típicas de novo mundo. No entanto, esta safra em particular foi mais fria e o vinho ficou menos "jammy". Ele é feito majoritariamente com Cabernet Sauvignon, com pitadas de Syrah, Malbec e Cabernet Franc.  A maturação é feita em barricas americanas e francesas por 15 meses. É um vinho de cor escura e aromas de frutas maduras, como mirtilos e cassis, em meio a baunilha. Em boca é bem frutado, mas equilibrado. É um novo-mundista típico, com destaque para a fruta madura. Mas não é enjoativo. Na mesma faixa eu prefiro ele a chilenos ricos em pimentão. Aliás, os vinhos do Chateau Ste Michelle costumam agradar. Eu gosto dos Merlot e dos Riesling da vinícola, principalmente do Eroica. Bem, o portfólio dos caras é grande...

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Archipel 2007: Californiano à bordalesa!

Este Archipel 2007 foi levado pelo Tonzinho em uma reunião da Confraria de algumas semanas atrás. É um californiano com corte bordalês típico (70% Cabernet Sauvignon, 15% Merlot, 12% Cabernet Franc, e 3% Petit Verdot). Matura em barricas francesas e americanas. Não tem o estilão mais moderno americano, muitas vezes com muita extração e carregado na madeira. É mais estilo bordalês. Inclusive, achei que precisa de mais tempo para se ajustar. Ao nariz mostra notas de cassis e ameixa, em meio a leve mentolado, pimenta do reino e alcaçuz. Em boca é intenso e mostra taninos ainda por se resolver. O final de boca é levemente herbáceo e mentolado. Como aqueles de quem "imita" o corte, precisa de tempo. Acho que daqui a uns anos estará bem mais acertado.

domingo, 4 de maio de 2014

Trefethen Estate Cabernet Sauvignon 2005: Um vinhão! Mas 97 pontos?

Na ocasião da última promoção da Vinci, o meu amigo Vitor, que deixa saudades com a retirada do ar do Louco por Vinhos, me enviou uma mensagem recomendando que eu comprasse uma garrafa deste californiano Trefethen Estate Cabernet Sauvignon 2005. Bem, as dicas do Vitor são sempre bem-vindas e não tive dúvidas: Mandei ver em algumas garrafinhas! Havia apenas garrafas de 375 ml, o que acho legal, para beber sozinho em algumas ocasiões, ou dividir com a digníssima, que bebe pouco. Tempos atrás levei à uma reunião da confraria para experimentar com meus amigos. Aliás, levei embrulhado e o JP já matou ser um Cabernezão de primeira. O vinho é feito com 91% Cabernet Sauvignon, 3% Merlot, 4% Malbec e 2% Petit Verdot, e matura 17 meses em barricas de carvalho francês e americano. Tem aromas muito marcantes de cassis e amoras, em meio a tabaco, alcaçuz, tostados e mentolado. Em boca é intenso, mineral, untuoso. É potente, mas ao mesmo tempo, muito elegante. A acidez é perfeita e os taninos redondos. O final é longo e levemente licoroso. Precisa de decanter para acalmar o seu furor. Depois de um tempo respirando o danado se revela. Um vinhão! Bela compra. O Vitor também bebeu e me passou suas impressões, que coincidiram com as minhas. Concordamos ainda que é um ótimo vinho, mas que os 97 pontos dados pela Wine Enthusiastic é um pouco exagerado. A revista lhe atribui adjetivos rasgados, como "monumental", "ultra-rico", "dramática estrutura", "fabulosamente maduro", "tremendo" etc. Bem, é um vinhão, mas acho que o cidadão exagerou um pouco na hora da canetada. De qualquer forma, tenho outras garrafas aqui que beberei prazeirosamente daqui a uns tempos, e tenho certeza de que ficarei feliz... Ainda mais sabendo que paguei o mesmo preço cobrado por ele nos EUA. Assim ele fica ainda melhor. Valeu a dica, Vitor!




quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Pode falar o que quiser, mas americano sabe fazer vinho: Brewer-Clifton Sta. Rita Hills Chardonnay 2010

Ontem fui levar uns vinhos que comprei, por encomenda, para o Paolão. Chegando lá, o Paolão trucou e propôs abrir um californiano prá gente beber. Eu aceitei e ele abriu um Brewer-Clifton Sta. Rita Hills Chardonnay 2010. A vinícola Brewer-Clifton é adepta da agricultura orgânica e é comandada pelo ex-surfista Steve Clifton e pelo ex-professor francês (e ex-ciclista profissional) Greg Brewer. A vinícola produz varietais com Chardonnay e Pinot Noir,  além de espumantes. Ela fica localizada bem ao sul da principal região vinícola da Califórnia, e ao norte de Santa Barbara. O vinho é feito com uvas de 3 vinhedos diferentes e tem aromas cítricos, de maçã verde e de nectarina, em meio a notas minerais. Em boca é fresco, mineral, e com um fundinho apimentado muito interessante. Um Chardonnay nadinha enjoativo, com um final bem longo. Evaporou logo... Um ótimo branco americano, que mostra o quanto eles sabem fazer vinho. E como diz o título da postagem, nós podemos falar o que quisermos, mas não podemos dizer que os caras não sabem fazer vinhos. Podemos criticar às vezes alguns vinhos pesados, carregados de baunilha, álcool acima da média, muita fruta madura etc. Mas nem sempre é assim. Os caras dominam a técnica e sabem como fazer o negócio. E eu, que já critiquei algumas vezes os vinhos americanos, tenho que me render a eles de vez em quando...rs. Valeu, Paolão! 

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

O fim da Confraria do Ciao! Bons vinhos e muita saudade...

Na quinta-feira, 25 de julho, tivemos a última reunião da Confraria do Ciao no seu local de origem, ou seja, o Restaurante Ciao Bello. Isso porque o Fernandinho decidiu que funcionará apenas para os almoços. Uma pena. Frequento o Ciao há 18 anos, desde meu retorno de São Paulo, e a Confraria do Ciao existe há 6 anos, com reuniões toda santa quinta-feira. E rolou muito vinho bão nas reuniões... Bem, continuaremos a nos reunir em outros locais, mas não será a mesma coisa. A nossa mesa, barulhenta, que espantava outras tantas (rs), fará muita falta. Sem contar o tratamento super carinhoso da Lúcia, Cris e Cia. Ficarão saudades... 
Mas deixando a tristeza de lado, vamos aos vinhos que bebemos na última reunião. 
Eu levei um Barbaresco Bordini 2008, de Elvio Cogno. Já havia bebido este vinho em um jantar com o próprio (clique aqui), mas agora, já passado um tempinho na adega e devidamente servido, com decantação por algumas horas, o vinho se mostrou ainda melhor. É um vinho com aromas florais, de frutas como cereja e framboesa e funghi secchi. Em boca mostra acidez vibrante, mineralidade e taninos presentes, como deve ser em um Barbaresco. Pedia comida, mas era perfeitamente apreciável solo. Uma delícia. 94 pontinhos bem dados da WS.
O Paolão bateu de frente: Levou um Priorato que era um soco com luvas de veludo. Era um Clos Galena 2007, do Domini de la Cartoixa. O vinho é orgânico e elaborado com as castas Garnacha negra (40%), Cabernet Sauvignon (20%), Cariñena (20%) e Syrah (20%). Passa 12 meses em barricas de carvalho francês (90%) e americano (10%). É um vinho de cor escura, densa, e com aromas de frutas maduras em meio a notas balsâmicas, de chocolate amargo e minerais. Em boca é amplo, potente, com ótima acidez e taninos firmes. Outra beleza! Priorato é Priorato! A WS lhe outorgou 92 pontinhos (só para conhecimento, não para tomar como regra).
O Caião levou um alentejano da Fundação Eugênio de Almeida, o Foral de Évora 2008. É um vinho feito com Alicante Bouschet, Aragonez e Trincadeira, e que passa 12 meses em barricas de carvalho francês. Os aromas de frutas vermelhas se mesclam a notas de especiarias, como o alcaçuz e canela. É um vinho fácil de beber e muito sedoso em boca. Tem um toque doce, que não incomoda, e a madeira é muito bem integrada. É bem agradável. Obviamente, não briga com os anteriores, mas cumpre bem sua proposta e não faz feio, não! Fica um pouquinho atrás de um Cartuxa Colheita.
O JP levou um Cabernet Sauvignon californiano de pedigree, elaborado pelo craque Paul Hobbs. Era um Crossbarn Cabernet Sauvignon 2009. O vinho é feito com uvas de vinhedos selecionados e de baixo rendimento. Passa 18 meses em barricas de carvalho francês e americano (23% novas). Ao nariz mostra notas de cassis e amoras em meio a chocolate e grafite. Em boca, repete o nariz e é bastante sedoso. Um vinho muito bem feito. Para o meu gosto, um pouco doce, ao gosto dos americanos. Mas é um vinho de categoria. O preço aqui no Brasil é que não ajuda.
Bem, pessoal. Foi isso! A última noite no Ciao Bello foi muito divertida, com muitas risadas, e vinho bão! Teremos muitas saudades.

terça-feira, 2 de julho de 2013

Pride Merlot 2006: Merlot americano de categoria!

Esse vinho foi ofertado pelo amigo Carlão, que gosta de Merlots Americanos. Esse Pride Merlot 2006 é feito com uvas de Sonoma e Napa (58 e 42%, respectivamente). Na verdade, tem 89% de Merlot e o restante de Cabernet Sauvignon. É um vinho pragmático. No próprio site da vinícola Pride Mountain dizem que seu objetivo é fazer vinhos que expressem fruta madura, mantendo o balanço e complexidade e que, apesar de poderem evoluir bem em adega por 10-15 anos, devem estar prontos para serem bebidos jovens. Este Pride Merlot 2006 mostrava ao nariz notas de framboesa, cassis, chocolate, café e alcaçuz (bem destacado). Notas de tabaco também estão presentes. Em boca é denso, concentrado e especiado. Os taninos são doces e sedosos e o final bem longo. Um ótimo Merlot, com muita presença em boca. Dá para entender bem a filosofia da vinícola, de fazer um vinho muito denso e agradável. Só não deu para testar se estava approachable quando jovem, pois já estava com seus 7 aninhos. Mas tudo leva a crer que sim. É um Merlot top. Infelizmente, não o encontrei à venda no Brasil.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Ladera Napa Valley 2004: Cabernet Sauvignon muito bom!

Alguns vinhos americanos que têm a Cabernet como atriz principal já frequentaram o Vinhobão, mas não são muitos (veja exemplos aquialí e acolá.). Esse Ladera 2004, Cabernet Sauvignon do Napa Valley, me foi ofertado pelos amigos Akira e Carlão, em visita à minha casa tempos atrás. A vinícola data de 1886 e produz vinhos que têm como estrela a Cabernet Sauvignon, mas também um Malbec e um Sauvignon Blanc que dizem ser muito bons. Esse Cabernet Sauvignon  que os amigos me levaram foi feito com uvas do vinhedo Lone Canyon, no Napa Valley. Segundo informações, todos os tintos da vinícola passam cerca de 24 meses em barricas francesas, que ficam no subsolo da vinícola, que é toda feita com pedras e foi renovada na última década. Todo o processo de produção é feito por gravidade. Esse Cabernet 2004 é muito vivo, concentrado e com ótima pegada.  É um vinho muito estruturado e que mostra notas de cassis, ameixa fresca e ervas finas. Em boca é amplo, mineral, com ótima acidez e taninos muito corretos. Um vinho muito bom e que mostrou muita elegância. Mas se for apreciá-lo, deixe um tempinho no decanter para aerar e mostrar suas virtudes.

Ps. Há um outro Ladera, irmão menor desse, que é um pouco mais simples e que também é Cabernet Sauvignon, mas com uma pitadinha de Petit Verdot. Às vezes as pessoas confundem os dois. 

quinta-feira, 29 de março de 2012

Aurélio Montes "invadiu" a Califórnia: Napa Angel Cabernet Sauvignon 2006!

Aurélio Montes é sem dúvida um dos responsáveis pelo crescimento dos vinhos chilenos. Já em suas linhas básicas pode-se notar a qualidade de seus vinhos. Mas nas linhas superiores é que a coisa pega: Montes Alpha M, Montes Folly e Purple Angel são de tirar o chapéu. E o "Anjo" resolveu bater as asas além da Cordilheira dos Andes. Seu projeto mais recente é audacioso: Produzir vinhos na Califórnia! E desde que fiquei sabendo de sua nova investida, em um Encontro Mistral, fiquei curiosíssimo para experimentar algum dos seus vinhos produzidos na terra do Tio Sam. E a oportunidade surgiu pelas mãos do amigo Paulão neste último final de semana, quando ele e sua esposa Regina nos deram o prazer da visita. E eu que dizia "O Paulão não tá fraco, não...", mudei para "O Paulão tá é muito forte!". Levou para o almoço um belo Napa Angel Cabernet Sauvignon 2006. Que beleza! Vinho intenso e ao mesmo tempo com grande finesse, típica de Aurélio Montes. Notas de figo seco, cereja e chocolate ao leite, com um fundo de ervas, cedro e leve defumado. Nada daqueles exageros doces de alguns Cabs americanos, nem o excesso de baunilha. E o vinho também mostrava mineralidade. Em boca, macio, elegante, com taninos corretos e sedosos. Vinho muito prazeroso. O danado evaporou logo.
Interessante é que ele não tem agradado muito os americanos. A Wine Spectator, por exemplo, parece que não se entusiasmou muito com ele. E o kiko? Acho que é por que ele foge um pouco do padrão americano. Por outro lado, o provaram em 2008, e eu acho que é vinho que exige um pouco mais de adega (e decanter, antes de beber). Agora, está ótimo! E tem potencial para evoluir muito bem em adega. Eu torço para que o Montes dê seu show na Califórnia. E também para que o Paulão continue forte! Gracias amigo! A propósito, todos os vinhos de Aurélio Montes são importados pela Mistral.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Caymus Cabernet Sauvignon 2007: Eu esperava mais dele!

Bem, os amigos podem achar que cometo um pecado já no título desta postagem, mas confesso que queria escrever um título bem diferente. Mesmo por que, tem já alguns anos que eu queria apreciar um Caymus tinto com calma, sem pressa. O último deste produtor que apreciei assim foi um branco, o Conundrum 1997, que estava uma beleza. 
A vinícola Caymus, propriedade da família Wagner, é muito prestigiada, não apenas nos EUA, mas internacionalmente. Seus vinhos são sempre merecedores de prêmios. Seu top de linha, o Caymus Cabernet Sauvignon Special Selection, faturou por duas vezes o título de vinho do ano da Wine Spectator. Desta forma, era normal que JP, Fernandinho, Tom e este que vos escreve, tivéssemos grande expectativa quando apreciamos o digníssimo da foto, o Caymus Cabernet Sauvignon 2007, que levei nesta última quinta-feira. O vinho é correto, liso, sem arestas e deve agradar um número imenso de enófilos. Mas tem um pecado que vejo em muitos vinhos americanos: Um fundinho doce que diminui o desejo pela próxima taça. Ele tem um nariz charmoso, com notas de ameixa mescladas com tabaco doce, tostado e alcaçuz. Em boca, tudo (ou quase tudo...) correto: Sedoso, com taninos doces, redondos, e muito boa presença. Mas estava lá o docinho no fundo que incomodou não só a mim, mas a todos da mesa. Como eu queria que tivesse sido diferente, mas não gostamos e sobrou vinho, o que é de matar, principalmente porque é um vinho de preço alto. Mas não teve jeito e tenho que ser sincero em minha opinião. Eu espero um dia apreciar outras garrafas, sem medo algum de mudar meu parecer, o que farei sem nenhum problema (se ele me convencer). Os vinhos Caymus são importados pela Mistral