Estou atrasado com mais essa postagem... Mas vamos lá... Mais uma noite de belos vinhos na Confraria do Ciao. A noite estava meio esvaziada, mas os que foram levaram ótimas garrafas.
O Tonzinho, disse que levaria um Quinta da Bacalhoa 2010, que eu queria experimentar. No entanto, após falar ao telefone com o JP, resolveu passar em sua casa e mudou de idéia, levando um grande Barolo Gaja Gromis 2000. Matou a pau! Dianteira certeira! Bem, sou suspeito, mas não teve jeito: Barolão no peito!
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O Rei da Noite!!! Sem apelação! |
O produtor, não precisa palavras, Angelo Gaja é quem produz alguns dos melhores, e mais caros, Barolos no mundo. Aliás, é considerado o melhor produtor da Itália. Mas nesse aspecto, tenho minhas ressalvas. Esse Barolo Gromis é de um ano que rendeu grandes Barolos e estava soberbo. Era uma mistura de Barolo tortoniano com helveciano, aliando o equilíbro típico de Gaja com a potência. Maturou 12 meses em barricas francesas e mais 12 em grandes cascos de carvalho francês. Vinho encorpado, tânico (como deve ser), notas de fruta maduras, pétalas de rosas, funghi, alcaçuz e tabaco. O final era longo e muito prazeiroso. Uma beleza! Valeu Tonzinho!
O confrade Rodrigo nos brindou com um vinho que gosto muito, mas que ainda não havia provado dessa safra, o Erasmo 2007. O 2006 já apareceu algumas vezes aqui no blog (clique aqui). Esse 2007, como os anteriores, é um típico corte bordalês (Cabernet Sauvignon 70%, Merlot 20% e Cabernet Franc 10%). Também foi destaque no Descorchados 2012, com 95 pontos. Ao nariz, notas de groselha, cassis e especiadas de cravo e alcaçuz. Em boca, repete o nariz e mostra-se mais seco que o 2006, com um leve fundo herbáceo. Eu gostei dele, mas confesso que preferi o do ano anterior. Quero colocá-lo frente a frente com o 2006 para conferir. Os 95 pontos do Descorchados talvez sejam um pouco exagerado, mas é um vinho correto como sempre e para mim, difícil de ser batido em sua faixa de preço (estava a 72 pilas para sócios do Club Wine). Agradou a todos. Acredito que deve melhorar bastante com um tempo de adega.
E para finalizar, um vinho levado pelo JP e que é sempre sucesso na mídia falada, escrita e cochichada, o Luca Malbec 2007. Inclusive, foi top 100 da WS em 2008, com 93 pontos. O vinho de Laura Catena é muito bem feito. Sem arestas. Malbec típico, com notas de figo, mirtilo, alcaçuz, anis e café. Em boca, destaque para a sua sedosidade e taninos finíssimos. Mesmo eu já tendo dito que estou enjoado de Malbec puro, não dá para deixar de elogiar a qualidade desse, que é impecável.
Isso aí, pessoal! Mas uma bela noite na Confraria do Ciao!