Nesse último 8 de junho tivemos mais uma degustação...Dessa vez, foi da importadora Vinho Sul, em parceria com a Mercearia 3M, do amigo Idinir. O local escolhido foi a Casa de Festas Dina Baldoria em São Carlos, lugar muito bonito e com ótima infra-estrutura.
E o negócio pegou. O Idinir está se aprimorando a cada dia. Música ao vivo e até massagem no evento! E a comida estava ótima: Mesas de frios, frutas e massas quentinhas. Uma beleza! Sem contar os ótimos queijos de búfala da Brava, apresentados pelo amigo Eduardo. Deliciosos! Bem, e os vinhos estavam muito bons.
O rei da noite foi o CV Curriculum Vitae 2008, duriense de Cristiano Van Zeller. O vinho é feito com Touriga Nacional, Tinta Roriz e Tinta Barroca e matura 21 meses em carvalho francês. Possui aromas de amoras e framboesa, em meio a notas florais, cacau, café e especiarias. Em boca é mineral, denso, untuoso e muito elegante. Os taninos são corretíssimos e o final muito longo. Um vinhaço! Bem, mas tinha certa obrigação de ser, pois além do produtor ser um craque, era o vinho mais caro da noite.
No quesito custo benefício, meu destaque vai para 3 deles: Dois sulafricanos (Tormentoso Syrah-Mourvédre 2010 e Tormentoso Pinotage 2010) e o Clos Centenaire 2009 (Casas Donoso, Chile). O Tormentoso Syrah-Mourvédre tem boa fruta, é leve, fresco, fácil de beber. O Tormentoso Pinotage é mais rico, com aromas cítricos interessantes e especiarias. Ambos valem a pena serem conhecidos. O Clos Centenaire 2009 "dedura" nos aromas a presença da Cabernet Franc e da Malbec. Os aromas de pimenta preta e ameixa entregam. Em boca é de boa intensidade e mostra acidez e taninos corretos. Um vinho que oferece bastante pelo preço. Deve ir bem com uma comida mais condimentada (e é bom abrir com um pouco de antecedência). E já que estamos falando da Casa Donoso, não posso deixar de citar o D de Donoso 2007. Provei esse vinho tempos atrás no Encontro de Vinhos de Ribeirão Preto e gostei muito (aliás, foi o meu vencedor nos Top 5). Esse agora, estava melhor ainda: Vinho potente, com frutas, especiarias e chocolate. Para beber agora ou guardar na adega.. O amigo Luiz Fernando gostou muito do danado. O Casa Donoso 1810, ali do lado, feito com Cabernet Sauvignon e Carmenére, também é bom.
Ainda nos Chilenos, passamos para os vinhos da Perez Cruz. O Perez Cruz Cot 2011 é um Malbec diferente, com uma rusticidade que lhe faz diferenciado. É um vinho com ótima acidez, com frutas mescladas a especiarias, e nem um pouco enjoativo. O duro é dizer que é Malbec. Tem um apimentado típico de vinhos chilenos. Está novo, mas já pronto para beber. O Chaski 2009 é um bom Petit Verdot (com pitadinhas de Carmenére e Malbec). Vinho austero, potente, tânico e com grande potencial de envelhecimento. Se for beber, decante por 1-2 horas. É vinho que pede comida (e adega). O Perez Cruz Liguai 2009 está similar ao 2007 que apreciei tempos atrás (clique aqui). O vinho é feito com Syrah, Cabernet Sauvignon e Carmenére, e também é potente, denso, muito rico. Tem boa acidez, mineralidade e taninos presentes, mas muito acertados. É outro que precisa respirar em decanter ou para os pacientes, guardado em adega por mais um tempo. Bom vinho!
Mas o melhor da linha estava por vir: Quelen 2008! Um vinhão! É feito com Petit Verdot, Carmenére e Malbec, sendo a primeira um pouquinho a mais que as outras duas, que estão em quantidades similares. Passa 14 meses em barricas de carvalho francês. É um vinho com aromas muito equilibrados, sem exagero de nada. Lembra um bordeaux de tenra idade. Notas de amoras e cassis se mesclam a chocolate amargo, grafite e pimenta-do-reino leve. Em boca repetia o nariz e mostrava mineralidade, muita elegância e taninos sedosos. É um vinho novo ainda, e com grande potencial de envelhecimento. Deve evoluir maravilhosamente nos próximos anos. Destaque para sua elegância e mineralidade. Um belo vinho! [Nota pós-postagem: Os seus sucessores de 2009 e 2010 já apresentaram características diferentes. Senti aromas muito presentes de goiaba, o que me incomodou um boca (embora em boca a goiaba não seja tão presente)].
Bem, dos argentinos gostei do Temático Blend 2007, feito com Malbec (70%), Syrah (20%) e Petit Verdot (10%) e maturado por 12 meses em barricas de carvalho francês (90%) e americano (10%). É um vinho polido, elegante, bem sedoso. A Petit Verdot " dá um contraponto àquele doce geralmente enjoativo da Malbec. O Agostino Familia Blend 2008, feito com Malbec (40%), Petit Verdot (30%), Syrah (15%) e Cabernet Sauvignon (15%) também é legal. Mostra que os blends argentinos estão ganhando espaço. E a Petit Verdot, dando o ar da graça também no lado de cá dos Andes.
Dos espanhóis, gostei do Piélago 2008, de Jimenez Landi (embora o preço seja um pouco salgado). É um Garnacha da D.O. Méntrida, que fica em Castilla-la-Mancha, bem no centro da Espanha. É um vinho distinto, que exige compreensão. Tem boa fruta e umas notas herbáceas e terrosas que podem causar estranheza no início. Além disso, possui um lado mineral interessante. Acho que tem que ser bebido de outra forma, após um bom descanso em decanter e com comida. Degustado na hora, pode ser subestimado.
Bem pessoal, é isso aí! Parabéns ao Idinir e equipe, tanto da 3M (Leozinho e companhia) quanto da Vinho Sul (Elson e Gustavo).
E o negócio pegou. O Idinir está se aprimorando a cada dia. Música ao vivo e até massagem no evento! E a comida estava ótima: Mesas de frios, frutas e massas quentinhas. Uma beleza! Sem contar os ótimos queijos de búfala da Brava, apresentados pelo amigo Eduardo. Deliciosos! Bem, e os vinhos estavam muito bons.
O rei da noite foi o CV Curriculum Vitae 2008, duriense de Cristiano Van Zeller. O vinho é feito com Touriga Nacional, Tinta Roriz e Tinta Barroca e matura 21 meses em carvalho francês. Possui aromas de amoras e framboesa, em meio a notas florais, cacau, café e especiarias. Em boca é mineral, denso, untuoso e muito elegante. Os taninos são corretíssimos e o final muito longo. Um vinhaço! Bem, mas tinha certa obrigação de ser, pois além do produtor ser um craque, era o vinho mais caro da noite.
No quesito custo benefício, meu destaque vai para 3 deles: Dois sulafricanos (Tormentoso Syrah-Mourvédre 2010 e Tormentoso Pinotage 2010) e o Clos Centenaire 2009 (Casas Donoso, Chile). O Tormentoso Syrah-Mourvédre tem boa fruta, é leve, fresco, fácil de beber. O Tormentoso Pinotage é mais rico, com aromas cítricos interessantes e especiarias. Ambos valem a pena serem conhecidos. O Clos Centenaire 2009 "dedura" nos aromas a presença da Cabernet Franc e da Malbec. Os aromas de pimenta preta e ameixa entregam. Em boca é de boa intensidade e mostra acidez e taninos corretos. Um vinho que oferece bastante pelo preço. Deve ir bem com uma comida mais condimentada (e é bom abrir com um pouco de antecedência). E já que estamos falando da Casa Donoso, não posso deixar de citar o D de Donoso 2007. Provei esse vinho tempos atrás no Encontro de Vinhos de Ribeirão Preto e gostei muito (aliás, foi o meu vencedor nos Top 5). Esse agora, estava melhor ainda: Vinho potente, com frutas, especiarias e chocolate. Para beber agora ou guardar na adega.. O amigo Luiz Fernando gostou muito do danado. O Casa Donoso 1810, ali do lado, feito com Cabernet Sauvignon e Carmenére, também é bom.
Ainda nos Chilenos, passamos para os vinhos da Perez Cruz. O Perez Cruz Cot 2011 é um Malbec diferente, com uma rusticidade que lhe faz diferenciado. É um vinho com ótima acidez, com frutas mescladas a especiarias, e nem um pouco enjoativo. O duro é dizer que é Malbec. Tem um apimentado típico de vinhos chilenos. Está novo, mas já pronto para beber. O Chaski 2009 é um bom Petit Verdot (com pitadinhas de Carmenére e Malbec). Vinho austero, potente, tânico e com grande potencial de envelhecimento. Se for beber, decante por 1-2 horas. É vinho que pede comida (e adega). O Perez Cruz Liguai 2009 está similar ao 2007 que apreciei tempos atrás (clique aqui). O vinho é feito com Syrah, Cabernet Sauvignon e Carmenére, e também é potente, denso, muito rico. Tem boa acidez, mineralidade e taninos presentes, mas muito acertados. É outro que precisa respirar em decanter ou para os pacientes, guardado em adega por mais um tempo. Bom vinho!
Mas o melhor da linha estava por vir: Quelen 2008! Um vinhão! É feito com Petit Verdot, Carmenére e Malbec, sendo a primeira um pouquinho a mais que as outras duas, que estão em quantidades similares. Passa 14 meses em barricas de carvalho francês. É um vinho com aromas muito equilibrados, sem exagero de nada. Lembra um bordeaux de tenra idade. Notas de amoras e cassis se mesclam a chocolate amargo, grafite e pimenta-do-reino leve. Em boca repetia o nariz e mostrava mineralidade, muita elegância e taninos sedosos. É um vinho novo ainda, e com grande potencial de envelhecimento. Deve evoluir maravilhosamente nos próximos anos. Destaque para sua elegância e mineralidade. Um belo vinho! [Nota pós-postagem: Os seus sucessores de 2009 e 2010 já apresentaram características diferentes. Senti aromas muito presentes de goiaba, o que me incomodou um boca (embora em boca a goiaba não seja tão presente)].
Bem, dos argentinos gostei do Temático Blend 2007, feito com Malbec (70%), Syrah (20%) e Petit Verdot (10%) e maturado por 12 meses em barricas de carvalho francês (90%) e americano (10%). É um vinho polido, elegante, bem sedoso. A Petit Verdot " dá um contraponto àquele doce geralmente enjoativo da Malbec. O Agostino Familia Blend 2008, feito com Malbec (40%), Petit Verdot (30%), Syrah (15%) e Cabernet Sauvignon (15%) também é legal. Mostra que os blends argentinos estão ganhando espaço. E a Petit Verdot, dando o ar da graça também no lado de cá dos Andes.
Dos espanhóis, gostei do Piélago 2008, de Jimenez Landi (embora o preço seja um pouco salgado). É um Garnacha da D.O. Méntrida, que fica em Castilla-la-Mancha, bem no centro da Espanha. É um vinho distinto, que exige compreensão. Tem boa fruta e umas notas herbáceas e terrosas que podem causar estranheza no início. Além disso, possui um lado mineral interessante. Acho que tem que ser bebido de outra forma, após um bom descanso em decanter e com comida. Degustado na hora, pode ser subestimado.
Bem pessoal, é isso aí! Parabéns ao Idinir e equipe, tanto da 3M (Leozinho e companhia) quanto da Vinho Sul (Elson e Gustavo).
![]() |
Sessão de massagem na degustação - Inovação do Idinir |