segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Barolo Giovanni Manzone Bricat 2012, Domini Plus JMF 2008, Pulenta XI Cabernet Franc 2012, Cartuxa Reserva 2012, Brunello Poggiotondo 2011, Masi Campofiorin Oro 2010, Barolo Fantino Conterno Sori Ginestra 2011 e um Tokaji 6 Puttonyos para arrematar!

Dias atrás fomos convidados por nosso amigo Rodrigo para assistir o jogo da seleção em sua casa. Como sempre, ele nos recebe com muita classe e boa comida! E a noite foi recheada de bons vinhos, que descrevo rapidamente a seguir:
Barolo Giovanni Manzone Bricat 2012, levado pelo JP. Segunda garrafa que bebemos deste vinho. Para mim, foi o melhor da noite. Pode parecer estranho falar assim de um Barolo de apenas 5 anos, mas este estava uma beleza mesmo na juventude. Fruta fresca, morangos, notas florais, minerais e leve tabaco. Em boca, os taninos são jovens e presentes, mas nada que incomode. Vinho mineral e com longo final. Uma delícia! Obviamente, decantação é recomendada. Imagino que em alguns anos estará uma beleza! Guardarei minhas garrafas, que paguei um preço muito bom para um vinho desta qualidade.
Domini Plus 2008, levado por este que vos escreve. Duriense de José Maria da Fonseca. Com quase 10 anos mostra ainda muita força. Já com algum precipitado, mas ainda intenso ao nariz e boca. Fruta madura, tabaco e alcaçuz. Um pouco mais pesado do que eu estou buscando nos durienses ultimamente. Mas muito bem feito, como é de se esperar do produtor.
Pulenta XI Cabernet Franc 2012, levado pelo Little John. Torci o nariz ao ver, pois os últimos exemplares que bebi deste Pulenta XI, principalmente de 2011, estavam muito carregados na pimenta. Mas este não! Lembrou alguns antigos, mais equilibrados. Ótima fruta, sem exagero de pimenta e pimentão, tanto ao nariz, quanto em boca. Para mim, muito melhor que o 2011. Deste eu gostei.
Cartuxa Reserva 2012, levado pelo Paulinho. Este não tem erro. É bom sempre. Mas eu diria que perde para seus antecessores, principalmente o de 2011. Mas estava muito bom, mostrando boa fruta e especiarias. Senti uma pontinha de álcool a mais, mas acho que é questão de deixar ele respirar um pouco.
Brunello di Montalcino Poggiotondo 2011, ofertado pelo anfitrião Rodrigo. Brunello de cor clara, brilhante, e aromas de cereja, cítricos, tabaco e florais. Em boca, boa acidez e mineralidade. Os taninos ainda são jovens e devem se arredondar com algum tempinho de adega. Não é dos grandes, mas gostei.
Masi Campofiorin Oro 2010, levado pelo Paolão. Fruta madura, enotas especiadas. Não fez muito minha cabeça, apesar de bem feito.
Barolo Fantino Conterno Sori Ginestra 2011, levado pelo Thiago. Bebi só um fundinho de taça deste e não posso falar muito. E estava no final da noite. Só posso dizer que é bom, claro, mas queria ter podido bebe-lo com tranquilidade, curtindo.
E para finalizar a noite com muita classe, o nosso amigo Rodrigo abriu um Tokaji Chateau Megyer 6 Puttonyos 2008, acompanhando Tiramissu. Falar o que? O vinho, de cor dourada brilhante, estava um mel, delicioso, com notas de damasco, doce de laranja, florais, favo de mel e cardamomo. A acidez equilibrava o dulçor e o vinho descia como um néctar.  Uma delícia! Fechar a noite com um Tokaji é o que há!
Valeu, Rodrigo!

Ps. Não falei de dois vinhos: O levado pelo Caião, Quinta da Bacalhoa 2014, que comentei recentemente aqui no blog, e que estava uma beleza, e o espanhol de Alicante (La Tremenda, de Enrique Mendoza), levado pelo Tonzinho, que não bebi.

Tokaji Chateau Megyer 6 Puttonyos 2008: Um néctar!




domingo, 22 de outubro de 2017

Vinosia Neromora Aglianico 2014: Bem sedoso!

Em visita à vizinha Ribeirão Preto, resolvi passar na nova sede da World Wine para dar aquela sapeada nos vinhos. Fiquei feliz ao ver que eles estão importando os vinhos italianos da vinícola da Campania Vinosia (de Luciano Ercolino, ex-Feudi de San Gregorio). Tempos atrás, quando os vinhos eram ainda importados pela Cellar, bebi um Marziacanale que me agradou muito.  Este Vinosia Neromora Aglianico 2014 é mais simples (e mais barato) que o Marziacanale, mas tem muita qualidade. É um 100% Aglianico que matura por 8 meses em barricas francesas. Tem aromas de fruta madura, com destaque para cassis e framboesa, em meio a notas de baunilha e café. Em boca mostra boa acidez e taninos aveludados. O final de boca apresenta toques de baunilha e alcaçuz. Vinho muito macio e agradável, Talvez o único porém (para mim) é a baunilha, que a meu ver poderia ser um pouquinho menos pronunciada. Acredito que o fato do vinho ser jovem contribua para isso, e que o tempo poderá diminuir a presença dela. De qualquer maneira, é um vinho muito bem feito e agradável. Um Aglianico de bom preço, que pode ser apreciado mais jovem e que representa uma boa introdução à casta. Bom para comida! 


segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Georges Duboeuf Moulin-à-Vent 2013: O frescor de sempre!

Georges Duboeuf Moulin-à-Vent 2013: Um dos 10 Cru de Beaujolais, feito por produtor tradicional. Vinho com aromas de framboesas, jabuticaba (será que só eu sinto?), cítricos e ervas secas. Em boca, toques minerais e o frescor de sempre, em um vinho de corpo leve, assim como os seus taninos. Vinho com gosto de vinho, gastronômico e que dificilmente desagrada. Aliás, pelo contrário, a mim, sempre agrada. 

domingo, 15 de outubro de 2017

Comemorar o que no Dia dos Professores?


Hoje eu ia abrir um vinho para celebrar o Dia dos Professores. Talvez, mais em homenagem aos meus mestres, que a mim. Mas fico aqui pensando com meus botões: -Há mesmo motivos para se comemorar?

Comemorar o que?

  • O salário inadequado*?
  • A falta de reconhecimento por parte do governo e grande parte da sociedade?
  • A falta de condições de trabalho?
  • Cadeados nas portas de salas de aulas proibindo docentes de entrar e trabalhar?
  • O desrespeito por parte de pais e alunos?
  • A violência nas salas de aula e fora delas?
  • O desinteresse dos alunos?
  • O uso insistente dos malditos celulares durante a aula?
  • A falta de interesse pela leitura?
  • A falta de estudo?
  • O fato dos alunos não adquirirem um livro sequer, por acharem que tudo agora é dever do estado?
  • O fato dos alunos não usarem livros para estudar, por acharem que tudo se encontra no Google?
  • O fato dos pais, em vez de corrigirem seus filhos em casos de indisciplina, irem à escola brigar com o Professor?


Temos mesmo o que comemorar?

Nosso país caminha para ser um país sem Professores. A cada ano o interesse pela carreira diminui. Ninguém mais quer entrar nesta fria. E alguém consegue imaginar um país sem Professores? Bem, considerando muitas das questões acima, deve ter um monte de gente que consegue. Embora Jean-Paul Sartre tenha dito que estamos "condenados a ser livres", eu diria que estamos mesmo é condenados a ser, eternamente, terceiro mundo!

*E olha que eu, como Professor Universitário, ainda posso me considerar um privilegiado neste aspecto, quando comparado com os colegas do ensino básico e fundamental.