quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Duorum Vinha do Castelo Melhor Vintage 2008: Um jovenzinho de 9 anos!

Duorum Vinha do Castelo Melhor Vintage 2008: Obra do grande João Portugal Ramos em parceria com José Maria Soares Franco e João Perry Vidal. Vinho feito com uvas de videiras de mais de 100 anos, com predominância de Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz e Sousão. Vinho de cor escura, intransponível, e aromas ricos de frutas em compota (amoras e ameixas), chocolate amargo, tabaco, ervas e flores. Em boca é intenso, mineral, acidez equilibrando o dulçor, levemente picante e com taninos firmes. O final é muito longo e com notas de chocolate amargo e especiarias. Um super vintage, rico e ainda jovem. Vale esperar mais um pouco. Mas se não resistir, deixe decantando para ele se abrir. Perfeito com chocolate amargo. A palavra aqui é intensidade, sem ser enjoativo. Foram 94 pontos bem atribuídos pela Wine Spectator.

terça-feira, 19 de setembro de 2017

Terredora Fiano di Avellino 2011: Leve e floral

Terredora Fiano di Avellino Terre di Dora 2011: Vinho de cor clara, aromas florais, pera e cítricos, com fundo amendoado. Em boca, boa acidez, leve e cremoso, com toques de cera de abelha. Um bom vinho da Campagna, que ganhou 95 pontinhos da Decanter e figurou entre os seus melhores 50 vinhos do ano de 2013. Bom para acompanhar peixe.




segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Quinta da Bacalhôa 2014: Ainda melhor que o 2013!

Quinta da Bacalhôa 2014: Cabernet Sauvignon com aquela pitadinha marota de Merlot. Este 2014 está uma beleza! Para mim, melhor que o anterior, de 2013, que bebi algumas vezes mas ainda não postei. O 2014 está  com aromas de frutas maduras, alcaçuz e um mentolado elegante ao fundo. Não há exagero da pimenta-do-reino, que achei um pouco saliente em alguns exemplares anteriores. Em boca, fruta madura bem integrada à madeira, toque licoroso, boa acidez e taninos redondos. A madeira aparece, mas não incomoda. É vinho que deve ganhar com o tempo, mas que já pode ser apreciado. Mais um ótimo Bacalhôa!

domingo, 17 de setembro de 2017

Vinho bão não é só vinho: Também é queijo bão!

Quem gosta de vinho costuma também gostar de outras coisas boas, como bons cafés, azeites, queijos etc. Eu gosto de tudo isso. E como bom mineiro, vizinho da Serra da Canastra, gosto muitos dos queijos de lá. 
Canastra Mariane - Feito na Fazenda Cravo e Prata, em Medeiros, Minas Gerais. Fica em direção oposta a São Roque de Minas, ao norte. Comprei em na Casa do Queijo, em Paraguaçu, entre Lavras e Poços de Caldas.
Tinha um mês de maturação e deixei mais dois meses. Maturação perfeita, com formação de mofo branco sobre a peça. Bela cor e textura. Sal no ponto certo. Ótimo queijo! Matura muito bem.
Canastra Fazenda Jacob: Produtores Dhaniella e Vivaldo. Queijo premiado, de São Roque de Minas, que adquiri em Serra Negra, SP, em viagem recente. Bom preço e com maturação de 6 meses. Casca muito saborosa, com camada de mofo. Textura cremosa, massa muito fina. Para acompanhar um bom vinho do Porto. Muito bom! Se encontrar, compre.

Canastra Estância Capim Canastra: De São Roque de Minas, produtor Guilherme. Queijo premiado recentemente em concurso na França (Medalha de prata entre 600 queijos). Vejam abaixo o danado aberto.

Casca oleosa, cor branca interna bem bonita, ótima textura, sal correto e sabor incrível! Um dos melhores canastra que comi. Delicioso! Foi unanimidade em uma prova que fizemos entre os confrades. Excelente! 

Canastra do Reginaldo: Fazenda Campo Belo, Medeiros, MG. Uma grata surpresa! Não conhecia o danado, que surpreende pela casca bonita e interior cremoso. Meus confrades pensaram se tratar de um exemplar francês, pela textura cremosa e sabor marcante. Uma delícia de queijo, que prova que podemos fazer ótimos queijos em nossa querida Minas Gerais. Excelente! Vou comprar mais!

Canastra do Zé Mário: São Roque de Minas. Este é famoso. O produtor já apareceu várias vezes em reportagens na TV. Um dos responsáveis pela visibilidade dos Canastra. E o queijo faz bonito. Casca amarela, bonita, oleosa, e interior bem branco, com ótima textura e muito saboroso. Justifica a fama. Ótimo Canastra! 

Conclusão: Todos ótimos!
Obs. Esses últimos 3 queijos eu comprei em Passos, na Venda do Mineiro, que tem grande variedade. Se passar por lá, visite. Facebook.




Peter Lehmann Riesling Eden Vallley 2008: "Querosene" demais pro meu gosto!

Peter Lehmann Riesling Eden Valley 2008: Australiano de grande produtor, com aromas minerais muito evidentes, aquele toque de "petróleo" muito forte para o meu gosto, suplantando a fruta, marcada por abacaxi e cítricos. Em boca, acidez vibrante e mineralidade. Eu gosto de vinhos feitos com a Riesling, mas não quando são marcados demais pelo toque de "petróleo". Aliás, para mim, não gosto de vinhos com exageros, sejam lá quais forem. Mas eles têm seu público.


terça-feira, 12 de setembro de 2017

Noitada com: Sassoalloro Oro 2006, Duckhorn Cabernet Sauvignon Napa Valley 2014, Tokaji Oremus 6 Puttonyos 2000 e outros vinhões

Noite na casa do Cássio, regada a muito vinho, comida e companhias da melhor qualidade. O Paul, Rei dos Portugueses, está diversificando. Levou um Sassoalloro Oro 2006, de Jcopo Biondi Santi. Já bebemos o Sassoalloro 2006 normal, da mesma (ótima) safra. Inclusive, em uma das oportunidades, ele foi levado pelo próprio Paul. Mas este Oro se mostrou bem melhor que o outro. Parece que a diferença em relação ao outro é apenas mais tempo de repouso nas caves do Castello de Montepò. E pelo visto, isso fez bem. O vinho tem aromas de cereja e especiarias doces, e em boca mostrou grande maciez e taninos finos. Muito elegante! Eu esperava até um pouco mais de pegada, mas pelo jeito, a proposta dele é outra. Evaporou logo nas taças, mostrando que foi o que mais agradou. 
Outro que me agradou foi o levado pelo Thiago. Ele estava um pouco dele, pensando que se trataria de um vinho extraidão, repleto de baunilha e madeira. Mas não! O Duckhorn Cabernet Sauvignon Napa Valley 2014 tinha muitas qualidades. Aromas de cassis e apimentados (sem exageros) se mesclavam a notas de cedro e alcaçuz. Em boca, a juventude era evidente, mas com o tempo em taça ganhava equilíbrio. Boa acidez e taninos firmes, aguardando alguns anos para ficarem mais redondos. Final longo e picante. Muito bom vinho, que iria ganhar com alguns anos de adega. 
O Tonzinho levou o chileno Siegel Unique Selection 2013. O vinho é feito com Cabernet Sauvignon, Carménère e Syrah. Tem aromas que, obviamente, entregam sua nacionalidade e composição. As notas de cassis e cereja se mesclam a notas apimentadas e de chocolate amargo. Em boca é picante, com taninos presentes e final especiado. Precisava ter sido decantado para que se acalmasse um pouco. Para mim, tem complexidade e qualidades que indicam bom potencial de guarda. Agora, ainda está muito jovem. Se for beber, duas horas de decanter no mínimo. Ah, e não é para se beber solo... Precisa de uma boa carne. 
Os outros vinhos da noite, quase todos já pintaram por aqui e estão na foto a seguir:
Greywacke Pinot Noir 2011 (levado por mim e que já pintou aqui no blog); Um branco que não bebi; Sassoalloro Oro 2006, Tokaji Oremus 6 Puttonyos 2000, Beronia Gran Reserva 2008 (ofertado pelo Cássio, e que também já pintou aqui no blog), Siegel, Altos las Hormigas Paraje Altamira 2011 (levado pelo Caião e por diversas vezes aqui no blog) e Duckhorn CS 2014
Mas é claro que eu não poderia deixar de mencionar aquele que fechou a noite com total maestria, ofertado pelo Cássio: Tokaji Oremus 6 Puttonyos 2000! Já bebemos um desse anos atrás e ele deixou lembranças belíssimas! Um grande vinho com o carimbo da Vega Sicilia. Bela cor dourada, aromas de frutas secas, doce de casca de laranja, mel e gengibre. Em boca, untuoso, com a acidez equilibrando o dulçor. Final interminável! Uma beleza de vinho!!!






domingo, 3 de setembro de 2017

3 vinhões: Muga Prado Enea 2009, Brunello di Montalcino Castiglion del Bosco 2012 e Foradori Granato 2004

Noite com IBOPE baixo... Só 3 dispostos a beber bons vinhos: JP, Tonzinho e eu. Mas quem não foi, perdeu. O Tonzinho levou um Muga Prado Enea 2009, que já pintou por aqui e dispensa mais comentários. Muito bom vinho! Mas eu vou deixar a garrafa que tenho para beber daqui a uns anos, pois acho que deve melhorar muito. Agora, apesar do vinho ser grande, eu ainda prefiro o 2004...rs. Talvez por que o tenha bebido mais "velhinho"...
Eu levei um Foradori Granato 2004, vinho top de gama da Elisabetta Foradori, craque de Trentino-Alto Adige. Gosto demais dos vinhos dela, que produz sem muita intervenção, não adiciona sulfitos, usa só leveduras da própria uva, etc. Tempos atrás bebemos um Sgarzon e um Morei feito por ela. Belos vinhos! Este Granato é um 100% Teroldego de um vinhedos antigos que ocupam não mais que 4 hectares. A fermentação é feita em grandes tinas abertas, e a maturação por 18 meses em barricas. A rolha deste 2004 já estava baleada, mas uns 20% do topo estavam intactos. O vinho tinha uns aromas um pouco estranhos logo ao ser aberto, e precisou de um bom tempo para mostrar tudo que tinha. E tinha muito! Aromas de amoras, ervas, alcaçuz e minerais. Em boca era seco, com toques picantes e minerais. Apesar da idade, os taninos estavam presentes e clamavam por uma carne gordurosa (que não veio). Ótimo vinho! Nada de modernidade, novo mundo, internacionalização etc. Um comentário: Obviamente, ficou feliz de beber um vinho oriundo de uvas não tratadas com químicos etc etc. Ou seja, o chamado vinho "natural" (entre aspas por que o termo é controverso). No entanto, não é isso que garante sua qualidade. Tem gente que acha que vinho tem que ser "natural", mesmo que seja ruim (e tem muito vinho ruim feito de forma "natural"). No caso, este Granato é "natural" e excelente, pois é obra de uma grande enóloga. 
E para fechar, o JP levou um belíssimo Brunello di Montalcino Castiglion del Bosco 2012. Acho que foi o primeiro Brunello 2012 que mandamos ver. Dizem que a safra vai brigar pau a pau com a 2010. Espero que sim. E como eu bebi o 2010 do mesmo produtor, posso tirar uma conclusão: Para mim, o 2012 está melhor! No começo, até pensei que o JP estava fazendo um sacrilégio ao abrir um Brunello tão novinho. E já no nariz ele confirmava um pouco isso. Em boca, no começo, muito nervo e taninos poderosos. Mas como o tempo aberto lhe fez bem! Foi se abrindo em notas de cereja seca, flores, ervas, tabaco, couro e alcaçuz. Tudo isso, em um fundo terroso muito agradável. Os aromas de ervas deram o show mais para o final da noite. Em boca, acidez vibrante e taninos firmes, que pedem alguns anos para se arredondarem, mas que devem enfrentar uma picanha gordurosa com maestria! A mineralidade do vinho também surpreendeu. Um  belíssimo Brunello, que deve evoluir maravilhosamente na adega. Se for beber agora, tem que abrir com boas horas de antecedência, tomar uma tacinha e deixar o bichão respirar. Aí você verá o quanto ele evoluí. Nessa noite, só lamentei não termos apreciado uns bifes de Chorizo, bife Ancho ou uma boa picanha. Os vinhos eram para essas carnes.
Isso aí!