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domingo, 19 de junho de 2011

Don Maximiano 2005 e Quinta do Vallado Reserva 2007 - boa briga!

Ontem o amigo Carlos André nos convidou para apreciar um Don Maximiano 2005 em sua casa.  Eu estava louco para apreciar este vinho, visto que apenas havia degustado o 2007 no último Vini Vinci. Mas apreciar devagar, em maior quantidade, e com carré e picanha de cordeiro, é outra coisa. Por outro lado, imaginei que o vinho da bela safra de 2005 devesse estar mais pronto que o de 2007.
Não para competir, mas para manter a qualidade, abrimos paralelamente um Quinta do Vallado Reserva 2007, já comentado aqui no blog (clique).  Mas querendo ou não, a briga foi belíssima, e quem ganhou fomos nós! O Don Maximiano é excelente, e justifica plenamente as vitórias que teve sobre grandes bordeaux em degustações às cegas. O vinho é feito com Cabernet Sauvignon (majoritária), Cabernet Franc, Petit Verdot e Syrah, e descansa 20 meses em barricas novas de carvalho frânces. É um vinho aristocrático, fino, elegante ao extremo. Tudo nele é correto! Aromas envolventes, sem exageros, com boa fruta (figo, cassis, groselha) e notas de café (pudim de) e leve baunilha. Em boca repete o nariz e é amplo, cremoso, aveludado, com taninos corretíssimos e um belíssimo final. Uma maravilha de vinho! Duvido que alguém não goste. Valeu Carlão! A única ressalva que eu tenho, e que de maneira alguma desabona o vinho, é que ele não muda muito com o tempo de taça. Confesso que aprecio os vinhos "camaleões" na taça (sem perder a qualidade, claro).
O Quinta do Vallado Reserva 2007 está mais aberto quando comparado com as últimas garrafas que apreciei. Está ganhando vida! A fruta está aparecendo mais, em notas gostosas de mirtilo e amora, que somam-se às notas de kirsch, especiarias (pimenta muito discreta e noz-moscada) e de bala toffee. É um vinho que possui mineralidade e que, ao contrário do Don Maximiano, se transforma com o tempo e vai ganhando novas nuances. Vinho cheio de camadas. Em boca estava excelente, amplo, com taninos sedosos. Possui mais acidez que o Don Maximiano. Acredito que os anos lhe farão muito bem, e estou curioso para apreciá-lo daqui a uns 2-3 anos.
Só para fomentar a discussão, não entendo por que a Wine Spectator, em suas avaliações, é pouco generosa com o Don Maximiano em comparação com outros chilenos super-premium. Este 2005 obteve 91 pontos (eu acho que ele merecia mais - ou os outros menos!). Por outro lado, o Vallado Reserva sempre abocanha grandes notas, tendo o 2007 faturado 96 pontos e o posto de 22nd na lista dos top 100 de 2010. Bem, de qualquer forma, são dois grandes vinhos, bem diferentes em estrutura, e que dão muito prazer. Pedidas certas! Só acho que os vinhos premium chilenos tem aumentado muito de preço nos últimos tempos, e isso os deixará em desvantagem competitiva com os europeus, principalmente os ibéricos.
A propósito, os vinhos da Errazuriz, produtora do Don Maximiano, são importados pela Vinci, e os vinhos da Quinta do Vallado são importados pela Cantu.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Confraria de 26 de agosto - Vallado Reserva 2007 e outros bons!

Nosso amigo Tom, recém-papai, foi recebido com um brinde de Veuve Clicquot oferecido por nosso amigo Fernandinho. Uma beleza! E o Tom levou o Vallado Reserva 2007, como prometido. O vinho estava excelente e acabou logo. É um vinho elegante ao extremo, com notas de bala toffee e baunilha, mas como lembrado pelos amigos Paulo e João Paulo, parecia ainda um pouco fechado. Na minha opinião, falta-lhe ainda um pouco de fruta, tipica dos portugueses. O Vallado normal mostra mais frutas. Bem, vamos esperar um pouco mais... O vinho é novo e tem muitos anos pela frente. 
O vinho levado pelo Paolao estava excelente. Um Casa Marin Pinot Noir Litoral Vineyards 2004. O vinho, top da vinícola e do time dos maduros, apresenta notas de cereja e tostado. O álcool, no alto de seus 14,5%, é um pouco evidente, e se fosse um pouquinho mais baixo o vinho seria ainda melhor. Mas é um belo vinho. 
O João Paulo levou um Valduero Crianza 2005, que estava ótimo e agradou a todos, principalmente ao Fernandinho. É um vinho muito elegante de Ribeira Del Duero, no qual a madeira aparece mas está bem integrada com a fruta. Mas como lembrado pelo João Paulo, um pouco mais na adega e ele deve melhorar. Valduero sempre agrada.
Eu levei um Barolo Franco Cesari 2004, que não é dos times de ponta, mas que não fez feio. Bem, a safra 2004 foi ótima no Piemonte. É daqueles Barolos mais leves, menos poderosos, mas que fez seu papel, e mostrava, após algumas horas de decanter os perfumes da Nebbiolo. Bem agradável.
Ah, estava me esquecendo, o cardápio estava excelente! De entrada mini-quiches de alho poró, prato principal Fettuccine com um molho "secreto" de queijos e rosbife com molho Pavarotti. O molho Pavarotti é uma especialidade da Cantina Ciao Bello e é a base de caldo de carne, queijo Roquefort e cebola. Uma maravilha! De sobremesa Profiteroles! Tava bão o negócio!