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domingo, 26 de janeiro de 2020

Quinta da Leda 2011, Domaine Blain-Gagnard Chassagne Montrachet Morgeot Premier Cru 2013 e Domaine des Remizieres Crozes-Hermitage 2017

Nos reunimos semanas atrás para beber uns vinhos na casa do casal Neusa e Wilson e a noite foi muito boa. Começarei a narração pelo Quinta da Leda 2011 que eu levei. Bem, esse vinho tem o carimbo da Casa Ferreirinha e é de uma safra sensacional. Então, não poderíamos esperar menos que um grande vinho. E era mesmo. Tinha pela frente um Borgonha de primeira, mas não se intimidou. Aliás, segundo o Carlão, o Leda se destacou. Nariz floral e com muita fruta silvestre, amoras, framboesa, cedro, baunilha e caixa de charutos. Em boca, intenso, frutado, com ótima acidez e muita sedosidade. Taninos finos e em camadas. O final, longo e especiado. Madeira muito bem integrada. Um grande vinho, de grande safra, que foi ganhando com o tempo em taça. Aguentaria ainda bons anos em adega, mas já pode ser consumido, sem problemas. Mas a noite teve ainda dois belos vinhos frances, abaixo na foto.

O da esquerda, do norte do Rhone: Domaine des Remizieres Crozes-Hermitage 2017. Vinho bem novo, com aromas florais bem presentes, amoras, mirtilo e notas apimentadas e minerais. Em boca, acidez vibrante, taninos ainda jovens e final mineral. Ficou evidente a sua juventude. Tá nervoso! Teria que ser consumido pelo menos daqui a uns 2 anos, ou então, ter ficado umas 2 horas em decanter (melhor a primeira opção). Se for beber agora, manda ver com uma boa carne gordurosa para dar trabalho aos seus taninos. O fato aqui é que este vinho pode ser encontrado em uma rede de supermercados, a um bom preço considerando a procedência. Gostei.
E para finalizar o trio, um Domaine Blain-Gagnard Chassagne Montrachet Morgeot Premier Cru 2013. Muito mais conhecida pelos brancos que pelos tintos, esses últimos também são produzidos nessa denominação borgonhesa. E esse tinto, em particular, é muito interessante. Bem, dizem que a palavra interessante pode ser usada como consolo, mas não é, absolutamente, o caso. É muito interessante por suas características. A fruta fresca, sem estar muito madura, é envolta por muitas notas de ervas frescas e minerais, que dão muita peculiaridade ao vinho. Em boca, repete o nariz e mostra ótimo frescor e mineralidade. O final é longo, com notas de ervas e minerais. Vinho para acompanhar comida e que gostei demais! Precisa decanter para ser bebido agora. Uma prova da diversidade dos vinhos feitos na região utilizando apenas a Pinot Noir. Belo vinho!