Dois amigos da Universidade e esse que vos escreve resolvemos realizar um encontro acadêmico e é claro, regado a bons vinhos. Sendo a meu convite, resolvi entrar com as botellas.
Bem, a dupla era formada por dois chilenos badalados: Um Don Maximiano 2008 e o Don Melchor 2008. Esses vinhos fazem uma guerra particular entre os grandes vinhos chilenos. Ambos colecionam elogios da crítica especializada. O Don Maximiano, vinho top da chilena Errazuriz, surpreendeu o mundo ao vencer, em degustações às cegas, vinhos renomados de Bordeaux. O Don Melchor, que surgiu com um ótimo preço, logo em suas primeiras safras ganhou elogios rasgados da crítica e com isso, aumento de preço. Os dois situam-se na mesma faixa e têm em comum serem feitos majoritariamente com a Cabernet Sauvignon. Nesse nosso jantar, apreciamos um exemplar de Don Maximiano 2008 e um Don Melchor do mesmo ano, harmonizando com pratos elaborados pelo Chef Bart, do Chez Marcel.
O Don Maximiano 2008 é feito com 84% Cabernet Sauvignon, 8% Carménère, 5% Syrah e 3% Petit Verdot, do Aconcágua. A colheita e seleção das melhores uvas são feitas manualmente. A fermentação é feita em pequenos tanques de inox e a maturação em barricas novas de carvalho francês por 20 meses. É um vinho aromático, com notas de cassis, cereja preta, tabaco, canela e alcaçuz. Um fundo tostado também se fazia presente, sem exagero. Em boca, repetia o nariz e mostrava grande equilíbrio. Tudo no lugar: fruta, álcool, acidez e a madeira. Os taninos são corretíssimos e muito sedosos. Um vinho muito gostoso. Gostei mais que outros de safras anteriores que bebi. Elegância prá dar e vender (principalmente para vender...rs).
Junto com o Don Max, apreciamos um Don Melchor 2008. Esse com boas diferenças em relação ao anterior. O vinho é feito com 97% Cabernet Sauvignon com 3% de Cabernet Franc e passa 15 meses em barricas de carvalho francês. É um vinho com mais pegada, nervoso, com notas de cassis, tabaco, café, tostado e chocolate. Um fundo balsâmico também estava presente e a madeira aparece, mais do que eu desejaria. Talvez (espero) melhore com o tempo. Os taninos são mais presentes que no Don Max, assim como a acidez. É um bom vinho, com maior potencial de envelhecimento que seu colega da Errazuriz. Mas a madeira me incomodou.
Uma curiosidade: A Wine Spectator deu apenas 89 pontos para o Don Maximiano e 94 pontos para o Don Melchor. Uma diferença que nem eu, nem meus dois amigos concordamos. A nosso ver, o Don Max era mais rico e elegante enquanto o Don Melchor estava um pouco áspero (talvez evolua com tempo de adega). Esse Don Max 2008, talvez por não ter tanta potência, não agradou muito a WS. E eu acho isso bom. Ambos, são vinhos internacionais, feitos para agradar. Eles me agradam? Claro! Não sou bobo nem nada... Mas já me entusiasmaram mais. Atualmente, meus olhos já não brilham tanto ao mirá-los. E além disso, os dois são caros no Brasil. Pelo preço de cada um eu faço a festa com belos portugas, espanhóis, italianos e franceses, que me deixariam mais feliz. E não precisa procurar muito, hein!
Mas o fato é que a comida estava boa, a companhia dos amigos maravilhosa e os vinhos, enriqueceram muito o momento.
Até a próxima!
Junto com o Don Max, apreciamos um Don Melchor 2008. Esse com boas diferenças em relação ao anterior. O vinho é feito com 97% Cabernet Sauvignon com 3% de Cabernet Franc e passa 15 meses em barricas de carvalho francês. É um vinho com mais pegada, nervoso, com notas de cassis, tabaco, café, tostado e chocolate. Um fundo balsâmico também estava presente e a madeira aparece, mais do que eu desejaria. Talvez (espero) melhore com o tempo. Os taninos são mais presentes que no Don Max, assim como a acidez. É um bom vinho, com maior potencial de envelhecimento que seu colega da Errazuriz. Mas a madeira me incomodou.
Uma curiosidade: A Wine Spectator deu apenas 89 pontos para o Don Maximiano e 94 pontos para o Don Melchor. Uma diferença que nem eu, nem meus dois amigos concordamos. A nosso ver, o Don Max era mais rico e elegante enquanto o Don Melchor estava um pouco áspero (talvez evolua com tempo de adega). Esse Don Max 2008, talvez por não ter tanta potência, não agradou muito a WS. E eu acho isso bom. Ambos, são vinhos internacionais, feitos para agradar. Eles me agradam? Claro! Não sou bobo nem nada... Mas já me entusiasmaram mais. Atualmente, meus olhos já não brilham tanto ao mirá-los. E além disso, os dois são caros no Brasil. Pelo preço de cada um eu faço a festa com belos portugas, espanhóis, italianos e franceses, que me deixariam mais feliz. E não precisa procurar muito, hein!
Mas o fato é que a comida estava boa, a companhia dos amigos maravilhosa e os vinhos, enriqueceram muito o momento.
Até a próxima!