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quarta-feira, 5 de junho de 2013

Carmelo Rodero Crianza 2008: Muito bom!

E depois de apreciar o Carmelo Rodero Reserva 2007 e o top TSM, chegou a vez do Carmelo Rodero Crianza 2008. Os vinhos desse produtor me agradam bastante, principalmente pela boa acidez e a riqueza em especiarias. Esse Crianza nós compramos no último Bota-Fora da World Wine e apreciamos na casa do amigo Carlão. O vinho é feito com 95% Tempranillo e 5% Cabernet Sauvignon, matura 15 meses em barricas francesas e americanas e descansa 12 meses na garrafa antes de ser comercializado. Apresenta uma cor rubi muito bonita, brilhante, que se destacava frente a outro espanhol que apreciamos em paralelo. Ao nariz, mostrava notas vivas de frutas como ameixa, framboesa e cereja, em meio a notas de café com leite e alcaçuz doce. Com o tempo, foram surgindo notas florais e de especiarias como a canela e noz moscada. Em boca mostrava grande frescor, aportado por uma ótima acidez (destaque nos vinhos desse produtor), um tostado leve e taninos presentes, mas muito sedosos. É um vinho intenso e com final longo e especiado. Essas características me lembram os Pago de Carraovejas. Foi uma pena não termos uma boa carne para acompanhar. Uma leitoa à pururuca lhe faria ótima companhia... Nota: Ao abrir ele já mostra qualidades, mas elas se acentuam com o tempo. Decante para obter melhores resultados.
Vi que os vinhos do produtor estão em promoção na World Wine, e esse Crianza, que normalmente custa 157 pilas, está a ótimos 76,60*. O preço cheio é meio salgado, mas na promoção, é uma barganha e vale cada centavo! Impossível achar algo com essa qualidade por esse preço.

Ps. Na mesma noite eu levei um Ghemme 2003, da Dessilani, já comentado aqui no blog algumas vezes (clique aqui). Pensei que ele já estivesse indo... Nada! Uma beleza: Cereja preta madura, notas terrosas e tabaco em um vinho intenso e de grande persistência. Como envelhece bem o danado!

* Ih, acabei de ver que já subiu para 89,90... Juro que não tenho culpa...rs

domingo, 4 de dezembro de 2011

Familia Deicas Prelúdio lote 81 2005, Ghemme 2003, Vallado 2008 e Quinta da Bacalhoa 2008 - Belos vinhos na casa de JP!

Sexta-feira à tarde, ao final de um dia bastante agitado e cansativo, fomos à casa do JP para uma happy, very happy hour. Chegando lá, já estavam bebendo um Vallado 2008, levado pelo amigo Rodrigo. Este já apreciado algumas vezes pelos confrades (veja aqui). É vinho com boa fruta, notas de violeta da Touriga Nacional e madeira presente. Tem que respirar um pouco para ficar melhor. E tomado daqui a algum tempo, ficará melhor ainda.
Eu levei um vinho que gostei bastante. Comprei no Free Shop de Puerto Iguazu, Argentina, e estava querendo experimentar faz tempo. Era o Prelúdio lote 81 2005, Uruguaio da Família Deicas. É vinho feito com uvas selecionadas e também selecionado em barricas. As barricas, geralmente umas 600, são mantidas em cavas subterrâneas e a cada 6 meses são selecionadas aquelas para continuar o processo. Ao final de 24-30 meses sobram cerca de 200, de onde são retirados os caldos para elaboração do blend. Este Lote 81 foi feito com 38% Tannat, 22% Cabernet Sauvignon, 10% Cabernet Franc, 15% Merlot, 8% Petit Verdot e 7% Marselan. Um belo corte! O tempo total em barricas foi de 26 meses, e foi engarrafado sem filtragem. É um vinho muito complexo ao nariz, com notas de figo seco, ameixa em compota, chocolate, caramelo, baunilha e anis. Em boca, é encorpado mas muito elegante e sedoso, sem nada sobrando. É bom citar que tem apenas 12,5% de álcool. Um vinhão, que geralmente é servido nas embaixadas Uruguaias para mostrar a qualidade atual dos vinhos feitos naquele país. O JP considerou o melhor da noite, assim como o Rodrigo. O Caião, que deu uma "desprezada básica" nele ao ver o belo preço que paguei no Free Shop da Argentina, não sabe o que perdeu.
E ele só foi perdoado porque levou novamente um Ghemme 2003, da Cantina Dessilani, já comentado aqui no blog, por duas oportunidades, e que é uma beleza.
O João, irmão do Rodrigo, levou um Quinta da Bacalhoa 2008. Bem, este vinho é sempre bom, mas acho que ele precisa descansar bem mais, pois está fechado e a madeira ainda aparece bastante. O vinho tem notas mentoladas, de chocolate e frutas escuras. No entanto, a madeira as sobrepuja, o que deve ser resolvido com anos de garrafa. Em boca, é vinho potente, de presença, mas os taninos ainda pegam. Vamos dar-lhe tempo!
Bem, e foi isso! Mas uma happy hour na casa do amigo JP, com belas companhias e belos vinhos!

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Two Hands Bella's Garden 2009, Brunello Casanova di Neri 2006, Ghemme 2003 e Achaval Ferrer Malbec 2010 - Tudo isso mais os assados do Tom! Que maravilha!

Que turminha, hein?
E nesse último domingo chuvoso, com temperatura amena, o Tom nos brindou com mais um daqueles seus superassados na sua super-cozinha. Aliás, como o cara domina bem a arte de assar uma boa carne! Lembra-me muito aquelas que eu apreciava no Bassi, em São Paulo. Não só por que o Tom utiliza as carnes do Bassi, mas por que ele as trata com muito carinho. E suas carnes merecem grandes vinhos. Eu cheguei atrasado e já haviam mandado um novíssimo Achaval Ferrer Malbec 2010, que obviamente não comentarei. Mas em se tratando de um Achaval, devia estar bom...
No entanto, cheguei em tempo de pegar o segundo vinho, levado pelo Caião, que já apreciamos na confraria. Era um Ghemme 2003, italiano da Cantina Dessilani. Claro que o vinho estava muito parecido com aquele que apreciamos semanas atrás, mas desta vez pudemos apreciá-lo mais calmamente, e isso nos permitiu observar como ele evolui bem na taça. Uma beleza! Gostei mais que da primeira vez. Vinho muito complexo, com notas de framboesa, amora e chá. Com o tempo foi se modificando, apresentando notas de cereja, terrosas e de tabaco. Muito bom mesmo!
E sabendo que o Tonzinho estava reservando um daqueles "poderosos" para o final, levei um que eu previa ser ótima companhia para as carnes: Um Brunello de Montalcino Casanova di Neri 2006. Pois é, novinho, novinho, mas já delicioso. O nariz estava riquíssimo, com notas deliciosas de cereja, ameixa e chá. Em boca, amplo, profundo, e obviamente, com taninos presentes e que levarão bons anos para se arredondarem, mas que estavam perfeitos para as carnes. Um vinhaço da grande safra de 2006 na Itália. Bem, Brunello é Brunello... E este produtor é de primeiríssima! A outra garrafa que tenho ficará calmamente guardada na adega, para se mostrar daqui a alguns anos.
E o Tom então resolveu sacar da adega um belíssimo australiano da vinícola Two Hands. Essa vinícola, fundada em 1999,  é colecionadora de prêmios e é figura constante nos top 100 da WS. O vinho ofertado pelo amigo Tom foi o Two Hands Bella's Garden 2009. O nome do vinho é uma homenagem à filha de um dos sócios da vinícola. É um dos vinhos tops da vinícola, elaborado com uvas de vinhedos selecionados de Barrosa Valley. O vinho estagia 18 meses em barricas francesas ~20% novas. É um vinho poderoso, denso, suntuoso! Sua cor, quase intransponível, já denuncia sua concentração. Ao nariz, uma explosão de frutas maduras e em compota, com destaque para groselha, ameixa e amora. A fruta era mesclada a notas de canela, azeitona preta, chocolate e chá preto. Em boca, potencia pura, mas com muita elegância. Daqueles vinhos de mastigar, mas com mineralidade e acidez que compensavam a fruta bastante presente. O final era longuíssimo! Obviamente, o vinho era ainda uma crianza e os taninos estavam presentes, mas nada que comprometesse sua excelente qualidade. Fico imaginando como estará este vinho daqui a alguns anos. Que beleza, hein Tonzinho!!!! Aliás, o Tom nos ofereceu este ano 3 grandes Shiraz: Tanagra, Pangea e este Two Hands. Uau! Terei que retribuir... Talvez com um Il Bosco, ou um St. Henri... Who knows? 

domingo, 25 de setembro de 2011

Chateauneuf Domaine du Pegau 2006, Ghemme 2003 e Zin Mondavi 2005

O Domaine du Pegau é um dos principais produtores do sul do Rhone. Seus Chateauneuf du Pape são sempre muito bem avaliados. Este que levei, o Chateauneuf Selection Laurence Féraud 2006, é o Chateauneuf mais simples do produtor. Ele é produzido com uvas negociadas e um pouco daquelas do Domaine du Pegau. Não confundir com o grande Cuvée Laurence, degraus acima, e que é artigo de colecionador (por sorte tenho umas garrafas do 2005...). Mas este mais simples já é muito bom. Nariz complexo, com notas de groselha, couro, café e cacau. Em boca, repete o nariz, possui bela acidez e taninos sedosos. Um vinho gastronômico e muito rico. Gostei bastante!
O João Paulo levou um italiano de primeira, o Ghemme 2003, da Cantina Dessilani. Já apreciamos o Gattinara e o Barbaresco desse produtor, ambos muito bons. Mas para mim, o Ghemme é o melhor deles. Um nariz muito gostoso, com a presença floral da Nebbiolo e notas minerais que parecem ser característica de todos os vinhos do produtor. A propósito, o vinho tem 90% Nebbiolo, 5% Vespolina e 5% de uvas raras.  A fruta é presente, sem exagero, com notas de framboesa e amora. Em boca tem corpo médio, bela acidez e taninos sedosos. Um vinho excelente e que agradou a todos.
Bem, e finalizando, nosso amigo Tom, que este ano tem matado a pau nos ofertando grandes vinhos, botou a mão no troféu Palo Alto. Levou embrulhado um Robert Mondavi Private Selection Zinfandel 2005, que para mim estava estragado. Senti notas fortes de plástico, aquelas que nossa amiga Brett, quando está "malvada", costuma aportar. Só lembrando que as pessoas têm diferentes percepções para a Brett (e que esta pode aportar características que agradam e outras que desagradam). Além disso, eu não consegui identicar nada de bom no vinho, muito menos que lembrasse a Zin (da qual, confesso não ser lá um grande apreciador). Bem, Tonzinho, você tem saldo positivo, afinal, tem levado grandes vinhos. Mas não pode abusar senão o pessoal manda ver no troféu! rsrs.