Sexta-feira à tarde, ao final de um dia bastante agitado e cansativo, fomos à casa do JP para uma happy, very happy hour. Chegando lá, já estavam bebendo um Vallado 2008, levado pelo amigo Rodrigo. Este já apreciado algumas vezes pelos confrades (veja aqui). É vinho com boa fruta, notas de violeta da Touriga Nacional e madeira presente. Tem que respirar um pouco para ficar melhor. E tomado daqui a algum tempo, ficará melhor ainda.
Eu levei um vinho que gostei bastante. Comprei no Free Shop de Puerto Iguazu, Argentina, e estava querendo experimentar faz tempo. Era o Prelúdio lote 81 2005, Uruguaio da Família Deicas. É vinho feito com uvas selecionadas e também selecionado em barricas. As barricas, geralmente umas 600, são mantidas em cavas subterrâneas e a cada 6 meses são selecionadas aquelas para continuar o processo. Ao final de 24-30 meses sobram cerca de 200, de onde são retirados os caldos para elaboração do blend. Este Lote 81 foi feito com 38% Tannat, 22% Cabernet Sauvignon, 10% Cabernet Franc, 15% Merlot, 8% Petit Verdot e 7% Marselan. Um belo corte! O tempo total em barricas foi de 26 meses, e foi engarrafado sem filtragem. É um vinho muito complexo ao nariz, com notas de figo seco, ameixa em compota, chocolate, caramelo, baunilha e anis. Em boca, é encorpado mas muito elegante e sedoso, sem nada sobrando. É bom citar que tem apenas 12,5% de álcool. Um vinhão, que geralmente é servido nas embaixadas Uruguaias para mostrar a qualidade atual dos vinhos feitos naquele país. O JP considerou o melhor da noite, assim como o Rodrigo. O Caião, que deu uma "desprezada básica" nele ao ver o belo preço que paguei no Free Shop da Argentina, não sabe o que perdeu.
E ele só foi perdoado porque levou novamente um Ghemme 2003, da Cantina Dessilani, já comentado aqui no blog, por duas oportunidades, e que é uma beleza.
O João, irmão do Rodrigo, levou um Quinta da Bacalhoa 2008. Bem, este vinho é sempre bom, mas acho que ele precisa descansar bem mais, pois está fechado e a madeira ainda aparece bastante. O vinho tem notas mentoladas, de chocolate e frutas escuras. No entanto, a madeira as sobrepuja, o que deve ser resolvido com anos de garrafa. Em boca, é vinho potente, de presença, mas os taninos ainda pegam. Vamos dar-lhe tempo!
Bem, e foi isso! Mas uma happy hour na casa do amigo JP, com belas companhias e belos vinhos!
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