Mostrando postagens com marcador Viu Manent. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Viu Manent. Mostrar todas as postagens

domingo, 5 de abril de 2015

El Incidente 2008: Carménère distinto da Viu Manent!

Acho que os meus leitores devem notar que não sou fã ardoroso de vinhos que têm a Carménère como majoritária. Aquele herbáceo exagerado da maioria deles me incomoda. Mas há alguns que conseguem um bom equilíbrio. É o caso deste El Incidente Carménère 2008, da Viu Manent. O nome recorda uma viagem que José Miguel Viu Bottini, da terceira geração da família, fez com um grupo de amigos para sobrevoar seus vinhedos em Colchagua. A viagem terminou quando o balão caiu inesperadamente em um mercado ao ar livre na cidade de Santa Cruz, sob os olhares surpresos do povo local. Felizmente, todos saíram bem do acidente. O rótulo e contra-rótulo estampam o fato. O vinho foi lançado em 2007 e contém, além da Carmenére, pitadas de Malbec e Petit Verdot. A maturação deste 2008 foi feita em barricas novas de carvalho francês (97%) e americano (3%), por 23 meses. Ao nariz mostra notas de fruta madura em compota (cereja preta e amoras), em meio a chocolate, tabaco e um tostado na medida. Ah,  e é claro, pimenta do reino (sem exageros). Em boca, repete o nariz, mostra ótima intensidade e taninos muito sedosos. O final é longo e com notas de café com leite e chocolate. É um vinho bem complexo e com grande potencial de guarda. Sem dúvida, é um Carménère distinto, feito para ser grande, e a ser conhecido. Gostei dele. Lembrou-me o Microterroir da Casa Silva, pela intensidade e elegância.



terça-feira, 27 de maio de 2014

Viu Manent ViBO Punta del Viento 2011: Um GSM Chileno

A vinícola Viu Manent é conhecida por produzir ótimos Malbecs no Chile. Seu Viu 1 é um vinho de muita classe. A linha ViBO, cujo nome vem de Viu Bottini, proprietário da vinícola, começou com um Malbec feito com uvas argentinas e tem agora novos lançamentos. Um deles é este ViBO Punta del Viento 2011. Fugindo do trivial, o vinho é feito com aquele corte típico do sul do Rhône e também adotado bastante na Austrália, que leva Grenache, Syrah e Mourvèdre, ou seja, o GSM. No caso deste ViBO, ele leva 68% de Grenache, 21% de Mourvèdre e 11% de Syrah. A fermentação é feita por leveduras nativas e a maturação por 13 meses em barricas de carvalho francês de segundo e terceiro usos. É um vinho com aromas florais e de frutas silvestres. Em boca, caracteriza-se pela ótima acidez que lhe aporta muito frescor. O uso das barricas de segundo e terceiro usos fizeram com que a madeira não deixasse marcas. O vinho tem bastante clareza e é perfeito para comida. Às cegas, dificil acertar que se trata de um exemplar chileno. O JP, que não é fã da Grenache, não apreciou muito. Mas eu, que gosto de vinhos mais frescos, sem madeira sobrando, gostei muito. Acredito que em 1-2 anos ele deve ficar ainda melhor. Gostei mais dele que de seu irmão Malbec (clique aqui). A propósito, o Patrício Tápia também, pois outorgou-lhe belos 94 pontos no Descorchados 2014.

sábado, 17 de dezembro de 2011

VOLTEI! E COM TUDO! VIU 1 2006, CARTUXA RESERVA 2007 E CATENA ALTA MALBEC 2007

Caros amigos, voltei! Depois de mais de uma semana sem postar em decorrência de meu exame para Professor Titular aqui na Universidade. Aliás, já sou um deles! Mas nesta quinta já comecei as comemorações, que prometem. Podem esperar grandes vinhos bebidos nestes próximos dias, mesmo por que, a reunião de final de ano da nossa confraria é na semana que vem, e só vai ter "Vinhobão"!
Bem, mas nesta quinta o Fernandinho nos recebeu com uma bela comida e um cava Freixenet Cordon Negro, que eu gosto muito. E depois dele, fomos para um tinto top, que levei, e que foi presente de aniversário de minha esposa. Era um Viu 1 2006, vinho ícone da chilena Viu Manent, em tributo à memória de Don Miguel Viu Manent, que o concebeu. O vinho é feito com Malbec (94%) de vinhas de mais de 70 anos de idade, e uma pitadinha de Cabernet Sauvignon (6%). O blend maturou 20 meses em barricas novas de carvalho francês (98%) e americano (2%). Ao nariz, notas de figo, ameixa e leve cassis, em meio a notas de café e chocolate ao leite. Em boca, repetia o nariz e mostrava uma sedosidade incrível. E nada daquele de exageros. Tudo na medida certa. Um vinho grandioso e que teria muitos anos pela frente se não decidíssimos abate-lo, com muito prazer! É uma resposta chilena aos grandes Malbecs argentinos, e para bater de frente com os grandes. Aliás, a Viu Manent está produzindo um grande Malbec no Vale do Uco, que eu quero experimentar um dia.
O amigo Paulão levou um outro Malbec, mas argentino: O Catena Alta Malbec 2007. Bem, os Catena Alta dispensam comentários e este já bebemos e foi comentado aqui no blog (clique aqui). Ele é completamente diferente do Viu 1, pois é muito mais floral. Como eu citei em minha primeira postagem sobre ele, é uma explosão de frutas (amoras, principalmente), misturadas com violetas. Vinho obviamente excelente agora, mas que em alguns anos, ganhará em elegância e complexidade. 
O amigo Rodrigo levou um outro vinhão: Cartuxa Reserva 2007. Vinho feito pela Fundação Eugênio de Almeida, que fica acima do conhecido Cartuxa Colheita, que já é muito bom. Mas o Reserva é outra categoria de vinho.  O corte leva uvas que eu gosto muito: Alfrocheiro, Aragonez, Alicante Bouschet e Trincadeira. Maturou 15 meses em barricas francesas. Ao nariz, notas florais, de cereja, groselha e baunilha. Em boca, muita maciez, com taninos sedosos, redondos. O vinho tem bom ótimo corpo e acidez. Uma beleza! Elegância pura, diretamente proporcional ao amigo Rodrigo, e certeza de agradar bons paladares!
Bem, começou a comemoração da Titularidade, e em grande estilo. Vamos ver o que vem por aí...