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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Ciao: Luigi Bosca Finca los Nobles Cabernet-Bouchet 1995, Casal de Loivos 2008, Chacai 2009, Focus Merlot 2006 e Barbaresco Batasiolo 2008

O título da postagem leva a palavra "Ciao" porque indica vinhos bebidos nas reuniões de quintas-feiras da nossa Confraria do Ciao. E nessa última quinta-feira apreciamos mais uma vez belos vinhos. 
O primeiro deles, levado pelo amigo Paolão, e que consideramos o vinho mais classudo da noite, foi o Luigi Bosca Finca Los Nobles Cabernet-Bouchet 1995. É a segunda vez que o Paolão leva uma garrafa dessas para apreciarmos, o que fizemos com muito prazer, claro. Não gastarei muito com sua descrição, que pode ser vista aqui. Só esclarecendo: As uvas são de videiras de mais de noventa anos, de altitude, cultivadas juntas (Field Blend) e a Bouchet não é a nossa conhecida Alicante Bouschet. É um vinhaço em sua maioridade! Dezoito anos e inteiraço! Valeu Paolão! Comentário final: Raridade.
O Caião levou um que eu estava querendo conhecer, de seu "primo" Cristiano Van Zeller, o Casa de Casal de Loivos 2008. O vinho é feito com um blend de mais de 20 castas, mas com predominância de Tinta Roriz e Touriga Franca. Aqui, destaque para o lado especiado, picante e ótima acidez. O vinho não mostra dulçor e a fruta é mesclada a notas de especiarias, minerais, azeitona preta e chocolate meio-amargo. Os taninos são presentes, do jeito que eu gosto, e indicam um vinho com longa vida pela frente. Um ótimo vinho, que causou certa estranheza a alguns confrades, talvez por ter um estilo próprio e diferente de muitos durienses. Eu gostei bastante. Comentário final: Acho caro o seu preço normal. No preço promocional cobrado tempos atrás, foi uma bagatela.
Seguindo na foto, eu levei um Chacai 2009, chileno produzido por William Févre. O vinho é feito majoritariamente com Cabernet Sauvignon, mas com uma pitada (10%) de Cabernet Franc. Esse vinho foi muito elogiado no Descorchados 2012, que lhe tascou 93 pontos. Recentemente, também ficou bem na fita em uma degustação às cegas frente a grandes Cabernets chilenos e americanos (clique aqui). Chegou às minhas mãos por gentileza do amigo Vitor. Bem, mais um vinho diferente. Ao nariz, logo ao ser aberto, mostrava-se floral e com notas de cassis e especiadas. Não tem exagero de eucalipto ou menta. Com o tempo, as notas de especiarias foram ganhando destaque total, principalmente em boca. O JP até suspeitou ter uma pitada de Carménère. A mim, lembrava um Neyen de Apalta ou os vinhos da Quebrada de Macul. Notas de curry, apimentadas e sálvia brilhavam em meio a um fundo terroso. Acidez correta e taninos redondos. Eu gostei muito do vinho. Foge ao padrão tradicional e pode decepcionar quem espera um chilenão típico. Perfeitamente apreciável agora, mas vou guardar minha outra garrafa uns tempos para ver sua evolução. Comentário final: Vale o preço cobrado e no preço que consegui, foi pechincha total!
O JP levou um ótimo Zuc di Volpe Focus Merlot 2006. O vinho é produzido pela vinícola Volpe Pasini, localizada em Friuli, norte da Itália. Acho que o JP o adquiriu no último bota-fora da World Wine. Fazendo um trocadilho, é um um vinho bem focado, com notas de framboesa, alcaçuz, café e leve mentolado. Em boca mostra muito equilibrio e taninos bem sedosos. Lembrava muito Merlot de Bordeaux. Muito bom! Comentário final: Assim como o Loivos, seu preço é salgado.
E para finalizar, o Tonzinho chegou com um Barbaresco Batasiolo 2008. O vinho mostrava-se muito tânico. Tinha obviamente as notas florais típicas, de frutas vermelhas e um fundinho especiado. Mas os taninos pegavam. Aqui, dois problemas: A idade e a abertura e apreciação logo em seguida. Não dá para fazer isso com Barbaresco e Barolo. Comentário final: Eu achei um pouco ralinho. 
Isso aí, pessoal!