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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Il Bosco Syrah 2007, Pintia 2007, Q Clay Blend 2008 e Talinay Pinot Noir 2012!

Ontem, quinta-feira, fomos ao Barone apreciar um belo cordeiro com uns vinhões, claro. O primeiro deles foi levado pelo confrade Paulinho, o Rei dos Portugueses, que dessa vez levou um super italiano: Il Bosco Syrah 2007! O vinho é da Tenimenti Luigi D'Alessandro, e para quem pensa que não tem Syrah bom na Itália, precisa experimentar este. O 2004 já pintou por aqui, e eu o elegi entre os melhores do ano em que bebi. Na Wine Spectator, que tascou 95 pontos nesse Il Bosco 2007, não é incomum o chamarem de Côte-Rôtie ou Hermitage italiano. E não é prá menos. É um vinhaço! Notas de amoras, madeira bem casada, alcaçuz, chocolate e com um tempo, um mentolado delicioso. Em boca é intenso, com excelente acidez e belos taninos, aparentes e que dão uma estrutura incrível para o vinho. Teria anos e anos pela frente. Mas este, gentilmente ofertado pelo confrade Paulinho, que o comprou por minha indicação na Itália, já foi...rs. Mas a lembrança dele ainda está aqui na boca. Isso é Syrah! Sou fã incondicional! Grazie, Paul! Foi eleito o melhor da noite, batendo o próximo, que também é um vinhão.
O outro vinhão que citei também já pintou por aqui, e foi levado por este que vos escreve: Pintia 2007! Bem, é um produto da Vega Sicilia na região de Toro, e obviamente, tem pedigree. E qualidade, claro... Levei embrulhado e o Paulinho matou ser espanhol, assim como o Caio. Interessantemente, este exemplar está bem diferente do que bebemos em 2011, que se mostrava mais achocolatado e balsâmico. Este agora tinha as notas de cereja preta e amora, em meio a alcaçuz, chocolate amargo e balsâmicas. Mas essas últimas eram mais sutis que no que bebemos anteriormente. Sua cor também era diferente, sendo esse bebido ontem de uma rubi mais claro, bem límpida e bonita. Na boca a diferença também foi patente. Surpreendentemente, esse de ontem estava mais pegado, mais nervoso, com bela acidez e taninos salientes, indicando que o vinho teria muitos anos ainda. Um grande vinho, de bela estrutura e par perfeito para o carneiro (assim como o Il Bosco). No entanto, foi quase unanimidade que o Il Bosco o superou. Eu concordo!
Os outros dois vinhos eram chilenos. O Q Clay Blend 2008 é da vinícola Bisquertt, e foi levado pelo Caião. É um corte de 75% Syrah e 25% Cabernet Sauvignon. Aqui a fruta madura manda, em meio a chocolate e um fundinho apimentado. Mas em boca todos achamos doce, e com baixa acidez. Vinho com baixa acidez não pede outra taça. Ele deve ter seus fãs, mas não agradou a turma.
O outro é o Talinay Pinot Noir 2012, da Tabali. Este vinho eu tinha curiosidade para conhecer, pois sempre leio elogios a ele. É um Pinot Noir típico chileno, com fruta madura (cereja e framboesa) em meio a um toque terroso e leve tostado. Em boca  é delicado, tem uma entrada doce, mas com um final levemente cítrico que quebra o dulçor. Gostei dele, mas não acho que tem tanto assim para a badalação, principalmente pelo preço. Mais barato que ele, e para mim mais empolgantes, considero o Arboleda, Sofia e Falernia.
Isso aí! 

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Meu vinhão do dia dos pais: IL Bosco Syrah 2004 - Belíssimo exemplar Italiano!

Minha digníssima sempre me presenteia com vinhos. E raramente erra. Ontem, no dia dos pais, abri um que ela havia me dado como presente do dia dos pais anos atrás. Era um IL Bosco Syrah 2004, da Tenimenti Luigi D'Alessandro, Cortona, Itália. Já postei aqui sobre um vinho grandioso dessa vinícola, o Migliara 2006 (clique aqui), que fica hierarquicamente acima do IL Bosco. Mas esse IL Bosco não fica nem um pouquinho atrás, e é considerado por muitos, o melhor Syrah italiano. Jancis Robinson o considera um dos melhores Syrahs de clima quente do mundo. A Wine Spectator é só elogios ao vinho. Para o 1997 pergunta: "Why buy Guigal anymore"? Para o 2007 cita: "Says Côte-Rotie in Italian". Para o 2003 menciona "like a great Hermitage" e para esse 2004: "Delicious". E aí vai... E o interessante é que ele não vai ao encontro de Syrahs amados pela revista, como os australianos. E pelo menos para esse 2004, tenho que concordar com as avaliações da revista. Mas vamos ao vinho. Ele é feito com uvas de vinhedos selecionados da vinícola, com rendimento de apenas 800 g de uva por planta. Parte do vinho matura em barricas e parte em "botti", por 18-20 meses. É um vinho aromático, mas sem exageros. Aliás, finesse é seu ponto forte. Nada de tostadão, excesso de extração e fruta madurona. O vinho tem notas de amoras silvestres, florais, alcaçuz, pimenta-do-reino, carne e chocolate. Tudo na medida certa. Em boca é mineral, mostra uma acidez belíssima e taninos muito sedosos. O final é muito longo. É um vinho com uma clareza incrível. Uma maravilha! É caro? Sim. Mas oferece muito. E como citou recentemente meu amigo Vitor, do Louco por Vinhos, tem gente pagando mais de 300tão por chilenos pelo rótulo, e que não oferecem tanto. Mas se você gosta mesmo é do Syrazão novo mundo, cheio de fruta madura, muita extração, tostado e tudo no superlativo, não é o seu vinho. Aqui o negócio é clareza, mineralidade e frescor. Vinho mais que recomendado. E apesar de eu ter adorado o seu irmão Migliara, eu pago menos um pouco, fico com o IL Bosco e guardo o troco para pagar uma bela carne para acompanhá-lo. A propósito, os vinhos da Tenimenti Luigi D'Alessandro são importados pela Mistral.

Ps. Minha digníssima também gostou muito do vinho. Ao beber soltou a frase: "Noooossa, esse é bom!".