Dias atrás o Paolão ligou convidando para beber umas taças na casa dele. Disse que era um "velhinho", e que estava até com medo de já ter ido... Fui correndo, claro. O JP também. Chegando lá, era um Chateau Trotanoy 1994. O Chateau fica a um kilometro a oeste do grande Chateau Pétrus. Aliás, dizem que o vinho é vinificado da mesma forma que o grande Pétrus, com exceção para suas barricas usadas a cada ano, que são 1/3 a 1/2 novas. E enquanto o Pétrus é motivo de sonho para muitos apreciadores, o Trotanoy cabe no bolso. Os produtores dizem primar mais pelo frescor que pelo peso, o que acho ótimo. O vinho, como a maioria dos grandes bordeaux, é longevo e pede pelo menos uma década para mostrar suas qualidades. Este, tinha 20 aninhos.
O Paolão me deu o prazer de abrí-lo e a rolha estava perfeita. Ao verter na taça, mostrava nervo e pediu decanter. Vejam a foto do danado descendo o funil... Que cor! E os aromas foram se revelando aos poucos. Notas de framboeza e cassis se mesclavam a notas de tabaco, herbáceas e de especiarias. Em boca tinha corpo médio, muito frescor para um vinho de 20 anos, clareza, taninos firmes e final longo. Muita elegância, claro... Duvido que alguém dissesse se tratar de um vinho de 20 anos. Aguentaria ainda muitos outros. Pode me chamar quantas vezes quiser para beber vinhos iguais a este, Paolão!!!
E não contente, o Paolão abriu um Pago de Carraovejas Crianza 2007. Aliás, é o segundo destes que ele nos oferece. Por isso, nem vou comentar muito. É só você dar um clique aqui para ler sobre ele. Mas tenho que dizer que gosto muito do danado, que se destaca pelo lado especiado. Um Ribera del Duero diferenciado e a ser conhecido.
Bem, e como o JP tinha levado um EQ Matetic Syrah 2010, e a gente não gosta de fazer desfeita (rs), resolvemos abrí-lo para beber pelo menos uma taça cada. Tá bom... matamos o vinho. Estava muito bom o danado! O vinho é um chileno produzido com uvas cultivadas de forma orgânica e segundo os preceitos da biodinâmica. A maturação é feita por 13 meses em barricas de carvalho. É um Syrah de primeira! Ao nariz mostra notas de amoras, cassis, de especiarias e minerais. Em boca, repete o nariz e mostra ótima acidez, mineralidade e um final especiado muito gostoso. Destaque para seu frescor, mineralidade e lado especiado. É um vinho muito rico, sem exageros e para mim, destaque entre seus colegas chilenos na mesma faixa. Ótimo vinho! Por isso, não teve jeito de ficar apenas com uma taça...rs.
Valeu amigos!