Meu amigo Carlos André me brindou com dois belos vinhos na última segunda-feira. O primeiro foi um que tinha curiosidade em conhecer, o Amélia Chardonnay 2008, da Concha y Toro. O vinho é feito na região de Casablanca, e traz consigo a mineralidade típica do local. É um vinho maduro, com um nariz muito gostoso, com notas florais (flores de citros), pêra, maçã verde, um pouco de abacaxi e notas herbáceas. Em boca mostra sua mineralidade e uma acidez muito boa para acompanhar comida. Vinho muito bom e que confirmou minha espectativa, mas confesso que o Marques de Casa Concha Chardonnay me impressiona igualmente.
Passamos então para um Tarapacá Gran Reserva Etiqueta Negra 2005. Eu gosto muito dos vinhos da Tarapacá, que a meu ver, expressam muito bem a alma dos vinhos chilenos (infelizmente muitos deles perderam a identidade...). O Etiqueta Negra, apesar de ser muito menos badalado que outros vinhos na mesma faixa, é muito bom. Tempos atrás apreciei um 2007, que estava excelente. Mas gostei mais deste 2005. Acredito que o tempo lhe aportou muita elegância, o que talvez o 2007 adquira daqui a uns 2 anos. Vale a pena esperar. Por outro lado, mesmo que a safra de 2007 tenha sido considerada excelente, ela fica, a meu ver, ainda um pouco atrás da de 2005. Bem, o vinho estava excelente e como bebemos devagar, enquanto o Carlos me mostrava as raridades que tem em sua adega, pudemos apreciar sua evolução na taça. O vinho, majoritariamente de cabernet sauvignon, mas nesta safra com uma pitadinha de cabernet franc, mostra notas mentoladas típicas (mas sem exagero), de cassis, amora madura, chocolate meio-amargo, ameixa, alcaçuz e leve baunilha. Em boca é amplo, intenso e com o tempo na taça foi ficando mais e mais redondo. Ou seja, é bom deixar respirando para ver seu crescimento. Estava uma delícia! Valeu Carlão!
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