Nesse final de 2015 nem a tenra idade deste Chateau d'Ampuis Côte-Rôtie 2010, de E.Guigal, foi respeitada: Saca-rolhas no danado! O Château d'Ampuis é um antigo forte construído entre os séculos 12 e 16. Ele é cercado por videiras e margeado pelo Rio Rhône. Segundo o site da vinícola, durante o século 20 a bela construção foi objeto de negligência e caiu em um estado de abandono. No entanto, após ser adquirido pela família Guigal em 1995, o Château d'Ampuis foi registrado como um monumento histórico nacional. Desde então, ele foi submetido a um grande programa de renovação, a fim de restaurá-lo à sua antiga glória. O processo levou quase 11 anos, com o trabalho de mais de 100 pessoas. O Côte-Rôtie produzido a partir de seus vinhedos leva então o seu nome. O vinho é feito com 97% Syrah e 3% Viognier, fermentadas juntas, e matura por 38 meses em carvalho novo. Ao ser aberto o vinho já mostra a que veio, e ao se colocar a preciosidade na taça, o negócio pega! Os aromas saltam e invadem o ambiente. Uma riqueza incrível. Destaque para o licor de cassis, ameixas, bolo de frutas, toques carnosos, alcaçuz, café e baunilha. É um camaleão que muda a medida que o tempo passa. Em boca, repete o nariz e mostra-se concentrado, mineral e especiado. A acidez é uma beleza e o vinho, apesar de intenso, possui um frescor incrível. O final é interminável. Uau! Que vinho! Uma maravilha, que bebi em 3 dias e que deixou saudades na última taça. Apesar de novo, este exemplar da grande safra de 2010 já mostra uma riqueza imensa. E tem umas décadas de vida pela frente. Vocês podem notar que usei adjetivos portentosos para este vinho. São mais que merecidos. Só por curiosidade, Mr. Parker lhe atribuiu 99 pontinhos e a Wine Spectator, 97! Pontuação justa? Eu achei o vinho memorável. Entra para a lista dos difíceis de esquecer e a serem repetidos.
Flavio,
ResponderExcluirUm 2007 foi o melhor tinto que já bebi.
E olha que foi apenas uma tacinha.
Abraço!
PS: voltaste com tudo!
Grande Alexandre!
ExcluirComo vai, meu amigo?
Rapaz, imagino que o 2007 devia também estar uma beleza, não? Eu fiquei impressionado com este vinho. Realmente, inesquecível! Como você disse, voltei com tudo, né? rs...
Abraços,
Flavio