Dias atrás estávamos em apenas quatro confrades e foram 4 botellas: dois brancos e dois tintos. Começo pelo brancão que levei, um E. Guigal Condrieu 2006. Bem, aqui tratamos de um produtor de primeiríssima e as chances de insucesso são baixas. No entanto, tratava-se de um Viognier de 10 anos. Para quem não sabe, os Condrieu não são lá muito fãs de adega. Sugere-se que sejam bebidos com no máximo 7 anos, de preferência, mais jovens. Mas para nossa surpresa, o brancão estava uma beleza! Até pela cor deu para ver que não sentiu muito o peso do tempo. Eu esperava um vinho de cor amarela mais escura, douradona. Mas estava mais claro, brilhante. E o vinho? Ao nariz, notas florais, melão príncipe e um fundo mineral. Em boca, repetia o nariz e mostrava bom frescor para um Condrieu de 10 anos. Como não gostar? Uma delícia!
O outro branco foi levado pelo JP: Tabalí Reserva Especial Sauvignon Blanc 2012. Não sei, mas o vinho apresentava umas bolhinhas suspeitas. Ao nariz mostrava notas de grama cortada, cítricas e maracujá. Em boca era fresco, bastante cítrico e mineral. Eu estranhei um pouco o excesso de cítrico. Não entra na minha cesta.
O terceiro vinho foi levado pelo nosso amigo Paul, rei dos portugas:. E era um grande: Chryseia 2004! No entanto, aos ser aberto ele deu um sustinho na gente. Tinha um aroma um pouco alcoólico, meio forte. No entanto, depois de um tempinho o danado mostrou toda a classe que se esperaria de um Chryseia com mais de 10 anos de idade. Aromas de frutas maduras em meio a alcaçuz e tabaco. Em boca, redondo, sedoso e com final muito longo. Cresceu com a comida. Muito distinto de irmãos mais jovens. Eu diria que já atingiu o seu ápice, pelo menos o que estava nessa garrafa. Não ganharia com o tempo. Foi bebido na hora certa! Beleza de vinho, claro!
O último vinho na foto foi levado pelo Tiago, que recém chegado de Washington, está nos brindando com algumas garrafas de lá. Era um The Shift 2013, da Mark Ryan Winery, de Columbia. Não sei se o nome é The Shift ou Board Track Racer, sei lá... A vinícola produz vinhos com várias castas francesas, desde as mais comuns, como Cabernet Sauvignon e Merlot, até Mourvedre, Grenache e Viognier. Esse The Shift é feito com 95% Syrah e o restante de Grenache. É um vinho no estilo americano, concentrado, extraído. Os aromas são de amoras bem maduras, chocolate, baunilha, alcaçuz e um fundinho apimentado. Em boca tem uma entrada doce que não agradou muito. É denso, concentrado. Agora, não agradou. Mas quem sabe o tempo lhe fizesse bem? Não sei...
Isso aí!
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