sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Paul Sauer 2005 - Um "bordeaux" sul-africano de primeiríssima!


Foto dos vinhedos de Kanonkop, retirada de seu site

A vinícola sul-africana Kanonkop é uma propriedade familiar que já está em sua quarta geração de proprietários. A vinícola foi adquirida inicialmente por JW Sauer, membro do governo sul-africano, e passada em 1968  para seu filho, Paul Sauer (também ministro do governo). No entanto, os primeiros vinhos foram engarrafados em 1973, pela herdeira de Paul Sauer, Mary Sauer. Os vinhedos da propriedade se localizam nas encontas da colina Somnsberg, distrito de Stellenbosch (Coastal Region - Provincia de Western Cape). A vinícola produz vários vinhos, dentre eles um Pinotage excelente (inclusive um denominado Black Label, que ainda não vi no Brasil), Cabernet Sauvignon, Rosé, Kadette (corte que é ótimo custo-benefício) e o grande Paul Sauer, que é um corte bordalês típico. Há alguns anos atrás, acho que no segundo Encontro Mistral, visitei o estande da vinícola e conversei bastante com seu simpático representante. Depois de muito conversar e apreciar seus vinhos, ele disse que me mostraria a capacidade de guarda do Paul Sauer. Sacou então uma garrafa Jeroboam (3 litros) do ano de 1995 e me serviu o néctar! Que maravilha! Parecia ainda jovem, com longa vida pela frente. Foi uma experiência ímpar. Depois daquela vez, a visita ao estande da Kanonkop é obrigatória. A propósito, o Paul Sauer já foi eleito pela revista Decanter como melhor corte bordalês sul-africano e também venceu um painel de 85 vinhos estilo bordalês. Além daquele de 1995, tive a oportunidade de experimentar o 2000 (grande), 2002 (que comprei em um bota-fora Mistral) e o 2004. Todos excelentes! Bem, mas vamos ao Paul Sauer 2005 que levei para apreciar com os amigos nesta última semana.


O vinho deste ano foi feito com 70% Cabernet Sauvignon, 15% Merlot e 15% Cabernet Franc, ou seja, corte bordalês típico. As proporções variam de ano para ano, mas sempre a Cabernet Sauvignon é majoritária. O vinho matura 24 meses em barricas francesas (de Nevers). Sua cor é muito bonita, granada, brilhante. Ao nariz, notas vivas de cassis harmonizadas com tabaco e alcaçuz, além de leve tostado. Em boca é amplo, maduro, com taninos muito sedosos e um final muito longo. Vinho delicioso! Finíssimo! Recomendo mesmo!  Esse é um daqueles vinhos que tornam a vida dos top chilenos bem difícil...


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