terça-feira, 25 de junho de 2013

Vallontano Reserva Cabernet Sauvignon 2005: Outro vinho com gosto de...

Vinho!!! 
Após apreciar, e gostar, do Vallontano Reserva Merlot 2007, parti para esse Vallontano Reserva Cabernet Sauvignon 2005. Vinho de uma bela safra no Brasil feito pelas mãos do simpático e entusiasmado Luis Henrique Zanini. O vinho é de tiragem pequena, menos de 6.000 garrafas foram produzidas. A fermentação foi feita em tanques de inox e a maturação em barricas de carvalho francês por 12 meses. O visual denuncia sua idade, com uma cor rubi escuro e bordas alaranjadas, com um nítido halo de evolução. Ao nariz, logo ao início, o álcool aparece um pouco, mas logo tudo se equilibra. As notas de cassis se mesclam a notas de alcaçuz, tabaco e animais. Em boca é fresco, com ótima acidez e taninos redondos. É um vinho com gosto de vinho. Não é geleião e muito menos pimentão ou menta saindo pelo ladrão. É vinho com gosto de vinho! Por cinquentinha, preço pago na Mistral, duvido que você encontre algo com a mesma qualidade. E acompanha uma lasanha que é uma beleza. A propósito, no site da vinícola e da Mistral é indicada a decantação. Faz bem sim. Com o tempo ele vai ficando ainda melhor.

12 comentários:

  1. Cara Flavio, muito bom vê-lo comentar sobre vinhos nacionais. Quando valem a pena, devemos dizer.

    Outra coisa, já provastes as safras 2007 e 2008 do Esporão "Private Selection" tinto? Caso o tenha, qual deles é o melhor? Estão à venda, numa loja aqui de Recife, por algo em torno de R$ 150,00, um bom preço se considerarmos que, em Portugal (site da Garrafeira Nacional), o valor está em algo superior a 35 euros.

    Abs.

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    1. Caro Roberto (é você? rs),
      Sem dúvida é importante valorizar o vinho nacional quando ele é merecedor. Eu tenho selecionado os que tomo, principalmente considerando a mágoa que fiquei em relação ao pedido de salvaguardas. A Vallontano, além de não aderir ao movimento, faz vinhos muito bons. Por outro lado, mesmo de vinícolas que, a meu ver, participaram do famigerado movimento, se bebo um bom vinho, reconheço.
      Quanto ao Private, eu não bebi o 2007, só o 2008. E quando bebi este último, me pareceu fechado. Mas provavelmente agora estará mais aberto. O 2007 vem de uma grande safra, que gerou vinho com ótima fruta. Acho que com qualquer um deles você ficará feli. E o preço está bom mesmo.
      Abraços,
      Flavio

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    2. Flavio, sou eu mesmo, mais uma vez esqueci de me identificar. Realmente, essa questão da salvaguarda foi muito complicado. Típica tentativa de indústria nacional de ganhar mais sem melhorar seu produto. Se tivesse passado, o vinho nacional não iria melhorar e iria ficar mais caro, já que os preços dos importados iriam para a estratosfera.

      Na minha parca experiência, acho o preço do vinho nacional muito salgado. Há boas pedidas, claro. Quando, todavia, você parte para vinhos topos da gama, como o Storia, o Don Laurindo Gran Reserva, o Lote 43 (sem falar, obviamente, do Sesmarias, que tem preço de portgueses excepcionais, gran reservas riojanos, bons supertoscanos e excelentes brunellos e barolos) e outros, o preço fica muito alto, sendo difícil competir com alguns importados, em especial os portugueses. Pelo preço de um Storia, você, praticamente, compra um Quinta do Crasto Reserva, um Cartuxa Reserva, um Muga Seleção Especial, um Brunello da Fatoria dei Barbi etc.

      Valeu pela luz sobre o Esporão PS. Acho que vou comprar o 2007 e, se no próximo mês, o preços se mantiverem, compor o 2008. rsrsrs

      Abs.,

      Roberto.

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    3. Oi Roberto,
      Concordo plenamente com seus comentários sobre os preços dos vinhos nacionais. Mesmo considerando que os vinhos importados cheguem aqui com preços absurdos, devido aos impostos e muitas vezes gulodice de algumas importadoras, eles têm nítida vantagem sobre os nacionais em qualidade (com poucas exceções - O Vallontano é uma delas). Eu nunca tomei o Storia nem o Sesmarias, e provavelmente, só beberei se ganhar de presente. Colocando os portugueses na comparação as coisas ficam ainda mais dificeis para eles.
      Abraços,
      Flavio
      ps. Acho que você faz uma boa escolha pelo Private 2007...rs.

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  2. Se for de Miolo vá de Quinta do Seival Castas Portuguesas, se for de Salton vá de Volpi Merlot (20-30 reais), se for de Casa Valduga vá de Arinarnoa e essas indicações não são por preço não, são os vinhos que considero melhores desses apoiadores de Salvaguardas.

    Agora se quiser vinho nacional top vá de Estrelas do Brasil, Era dos Ventos, Elephant Rouge, Tormentas, Arte da Vinha, Quinta da Figueira, Kranz brut rosé...

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    1. Isso aí, Eugênio! Mas o Castas Portuguesas já foi melhor, quando tinha a Alfrocheiro. Agora perdeu um pouco. Mas é o melhor deles e o preço não assusta. Quanto aos outros (não salvaguardistas), concordo plenamente. Ainda não bebi o Elephant...rs. Preciso fazê-lo.
      abs

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    2. O problema é que alguns vinhos do Rio Grande do Sul, principalmente os do médio ao topo da gama, chegam aqui no NE muito caros. Por exemplo, o Casta Portuguesas não sai por menos de R$ 65,00. Em contrapartida, muito pela influência da comunidade portuguesa e pelo fato de o maior importador de vinhos do Estado de PE (Licinio Dias) ter fortes ligações com os portugueses (a ponto de dizerem ser ele sócio de Luís Duarte na Rapariga da Quinta), os bons, ótimos e excelentes vinhos lusitanos chegarem por preços que, não obstante a tudo que eleva o preço, se podem dizer atrativos. Por exemplo, compra-se, sem maiores dificuldades, o Esporão Reserva por R$ 65,00, idem o Crasto Superior. O Passadouro (não o Passa, que, como me mostrou Flavio, é num degrau abaixo) está sendo comercializado num importador daqui (DLP) por muito bons R$ 60,00. Compra-se, além disso, por exemplo, Adega de Borba Reserva por R$ 60,00; Cartuxa Colheira por R$ 85,00. Nos mais caros, compra-se Esporão PS por R$ 150,00, Quinta do Crasto Reserva Vinhas Velhas pelo mesmo preço, Duas Quintas Reserva por R$ 120,00, Quinta da Dona por R$ 110,00 etc.

      Enfim, nesse quesito, ponto para os portugueses e censura aos gaúchos.

      Abs.,

      Roberto.

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    3. Grande Roberto!
      Realmente não tem como você não optar pelos portugueses. Eu já comprei o Castas Portuguesas aqui por 38 Reais (o 2005, que para mim foi o melhor). Mas como compará-lo a um Passadouro? Não tem como. Ou a um Esporão Reserva? Vocês têm preços muito bons para os vinhos que menciona. O Duas Quintas Reserva é um dos meus preferidos! E o preço que você cita é muito bom. Aqui é mais caro. E qual vinho brasileiro lhe faz frente? Dificil, hein?
      Grande abraço,
      Flavio

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    4. Sim, Flavio, o Duas Quintas Reserva custa aqui R$ 128,00 (para ser bem preciso). E não é uma promoção. A safra é a 2006, talvez não seja das melhores. Não vi à venda, em local algum aqui, a safra 2008.

      Tenho muito pouco experiência com vinhos nacionais. Mas, se levarmos em conta o preço, o Storia, que não sai por menos de R$ 130,00, deve perder, ao menos para o meu gosto, pois, por ser um merlot, não é das meus favoritos.

      Abs.,

      Roberto.

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    5. Oi Roberto,
      O Duas Quintas Reserva tem qualidade muito constante. O 2006 deve ser muito bom. Eu até gosto de Merlot, mas se tivesse na frente uma garrafa do Storia e uma do Duas Quintas Reserva, eu não teria dúvida...rs. E se fosse no escuro, pegaria a garrafa mais leve...rs.
      Abraços,
      Flavio

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  3. Flávio, esse ainda tem em Porto Alegre. Pena que perdi o Merlot...
    É impressão minha, ou os bons vinhos nacionais de 2005 têm muita coisa em comum? Tenho visto muitos traços parecidos, mesmo quando são feitos com uvas diferentes.
    Abs.

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    1. Oi Vitor,
      Ótima observação a sua! Rapaz, às cegas eu teria dificuldades em separar os dois. Pelo menos na lembrança olfativa. Seria interessante colocar lado a lado para analisar com maior precisão. Mas sem dúvida tem traços parecidos.
      Abraços,
      Flavio

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