terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Gloria Reynolds 2005 e Cheval des Andes 2007: Dois vinhões!

Vai mais uma postagem atrasada... 
JP, Paolão e este que vos escreve, em noite no Barone, apreciamos duas ótimas garrafas. A primeira delas, levada por este que vos escreve, era de um alentejano de primeira linha, o Gloria Reynolds 2005. O vinho leva o nome da mãe do atual proprietário da vinicola, Julian Reynolds (sexta geração dos Reynolds).  Ele é o top da vinícola, e é feito com uvas dos vinhedos Figueira de Cima, que circundam a vinícola. É um corte de Alicante Bouschet e Trincadeira, que foram fermentadas em grandes cubas de carvalho francês Seguin Moreau, sendo o vinho posteriormente maturado por 24 meses em barricas de carvalho da mesma procedência. O vinho descansa ainda por um ano e meio em garrafa antes de ser comercializado. É um vinho de bela cor e aromas muito refinados, com notas de amoras, balsâmicas, chocolate amargo e alcaçuz. Em boca, repete o nariz e apresenta uma acidez acima da média para um alentejano, que lhe aporta um ótimo frescor (destaque no vinho). O final é muito longo. Uma beleza de vinho! Costuma ser (bem) caro, mas comprei a um preço muito bom pela sua qualidade. Muito recomendado!
Além dele, apreciamos um vinhão levado pelo JP, e já comentado aqui no blog, o Cheval des Andes 2007. Assim, nem preciso comentar muito sobre ele, que é para mim um dos melhores vinhos argentinos (e sulamericanos). Agora este 2007 começa a mostrar suas qualidades. Muita classe. É vinho para boa guarda. Ainda espero a hora de beber um com no mínimo 10 anos. 

6 comentários:

  1. Caríssimo Flávio, só vinhão, sou fã do cheval acredito que dentre esses chamados tops sulamericanos com tiragem bastante comercial, seja o melhor pra mim é claro. Agora esse portugua fiquei curioso. Uma dica que acredito por sua perspicácia já tenha atentado pra ela é que na Via Vini, algo que considero espetacular, inda mais pelo preço que se paga, chateaux pesquie, um conte du ventoux que é responsável por eu concordar com Parker em alguma coisa. É sem dúvida o melhor custo benefício do mundo, no natal passado ainda bebi uma última garrafa da safra 2003 (com rótulo antigo) e estava soberbo, abaixo mando o link e peço desculpas por lhe indicar algo, sendo eu apenas um aprendiz perante o vosso conhecimento.
    http://www.viavini.com.br/chateau-pesquie-cotes-du-ventoux-les-terrasses.html

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Caríssimo Hélio,
      O Cheval é realmente um vinho de peso. O duro é o preço que chega aqui no Brasil. Bem, mas isso vale para qualquer vinho, infelizmente...rs.
      O Gloria Reynolds é um vinhão. Alentejano de muita categoria e a ser conhecido.
      Valeu pela dica do Pesquie. Na época que o Parker falou bem dele, fiquei curioso. Mas ainda não o bebi. Com sua dica, irei atrás. Aliás, suas dicas são sempre muito bem-vindas! Espero outras!
      Grande abraço,
      Flavio

      Excluir
  2. Espero que goste, eh um vinho que gosto bastante e por esse preço fica difícil vc pagar por argentinos e chilenos sem pensar um pouquinho no custo benefício, o finca los maza reserva da argentina tb é outro custo benefício interessante. Grande abraço e obrigado por tudo...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi Helio,
      Você disse bem: Nesse preço, um bom Rhone dificilmente será batido por Argentinos e Chilenos. Vou buscar também o Los Maza. Valeu!
      Abraços,
      Flavio

      Excluir
  3. Flavio, ótimo vê-lo falar sobre o Gloria Reynolds. Também o degustei recentemente, e percebi ser um grande vinho. A madeira pegava um pouco no início, mas foi se suavizando ao longo do tempo. Tenha ainda uma garrafa guardada.

    Os Reynolds são, pelo que consta, os introdutores da AB no Alentejo. Só isso lhes coloca numa posição especial. Em termos de AB, todavia, acho o Mouchão imbatível (ainda não tive oportunidade de provar o Julio Bastos).

    Um dado interessante é que a safra 2004 custa muito mais do que a 2005. Será que a qualidade retrata bem o preço? Não creio, pois a safra 2005 foi muito boa no Alentejo, em especial para a AB, haja vista ter sido lançado o Mouchão Tonel n. 3-4.

    Abs.,

    Roberto.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi Roberto,
      Realmente é um grande vinho. E não se preocupe com o negócio do preço em relação ao 2004. O vinho custa 40-45 Euros em Portugal. Portanto, o preço na Wine está muito bom. Concordo com você em relação ao Mouchão, que acho bom o normal ou o Tonel 3-4. O Julio Bastos é um vinhaço! Ainda não tive o prazer de beber uma garrafa como se deve, mas o provei duas vezes em degustações da Decanter, e fiquei impressionado.
      Abraços,
      Flavio

      Excluir