quarta-feira, 24 de julho de 2019

Noite de belos vinhos na confraria, com direito a um double de Pesquera Reserva 2012

Estávamos todos com sede e adiantamos a reunião da confraria para quarta-feira. A ideia era levar vinho bão, claro. Dois confrades estão em viagem, mas outros 6 marcaram presença. E a noite ainda foi marcada por um double de Pesquera Reserva 2012. São raros os doubles na confraria. Lembro de poucos, nesses anos todos. E este, foi bem vindo, claro. Uma levada pelo Paulinho e outra pelo JP. Ambas, idênticas, apesar de não terem obrigação de ser...rs. Um vinhão, com cereja preta, madura, ameixa, especiarias doces, alcaçuz e tabaco. Em boca, frescor e sedosidade, com taninos doces e já domados. Madeira bem dosada e toque abaunilhado. Um Pesquera típico. Bem gostoso. Ninguém reclamou de beber em duplicata. A propósito, o Caião já havia nos brindado com um desses (clique aqui). 
Mas dois belos espanhóis ainda figuraram na noite. O primeiro deles, levado por este que vos escreve, foi um Pingus PSI 2014. Um vinho muito bem feito, com aromas florais, de frutas silvestres, notas herbáceas e minerais. Em boca, ótima acidez, lhe aportando um belo frescor, fruta fresca, notas vegetais e taninos finos. Destaque para seus belos aromas florais e ótimo frescor. Bem distinto do Pesquera. Um belo vinho, que pode ser bebido agora, mas que pode ganhar com tempo em adega. Mas se não tiver paciência, pode beber agora sem medo. 
O outro espanhol, levado pelo Joãozinho, foi um querido da confraria: Imperial Reserva 2015. Aqui, 4 comentários: 1. Que bela safra a 2015 na Europa!; 2. O Imperial Reserva está fincando cada vez mais próximo de seu irmão Gran Reserva e 3. O vinho parece, a cada ano, adquirir uma faceta mais moderna e 4. Continua delicioso o danado! Aromas de cereja preta, tostado, alcaçuz e especiarias. Sedoso em boca, com frescor (não tão evidente quanto o PSI) e taninos finos. Final longo e com toque tostado. Desce redondo e suplica por mais uma taça. Belo vinho de uma grande safra!
Mas a noite ainda tinha 3 outros vinhos, e um deles, levado pelo Cássio, me arrebatou: Le Macchiole Paleo 2009. O produtor italiano acumula prêmios nos poucos tipos de vinho que produz. E este era um vinhaço! A Cabernet Franc em sua melhor forma. Aliás, sempre digo: A CF recompensa quem tem paciência! Eu guardo sem medo. Esse Paleo tinha um nariz incrível, que começou meio nervoso, com aquela pimenta-do-reino típica, e foi se amaciando, ficando equilibradíssimo, com notas florais e de amoras, cacau, azeitona preta, tabaco e, claro, pimenta-do-reino. Em boca, grande intensidade, mais seco que os outros apreciados na noite, fino, elegante, fresco e com taninos finíssimos. Final interminável e especiado. Que beleza de vinho! Para mim, degrau de cima na noite. Que sorte que tenho um 2004 desse descansando na adega.
O Tonzinho também levou um belo vinho, também italiano, mas agora, da Sicilia: Tornatore Trimarchisa 2014. O produtor fica na parte norte do Monte Etna e produz apenas 3 tintos, 2 brancos, um Rosé e um espumante. Esse Trimarchisa é um típico Nerello mascalese com aquela pitadinha de Nerello Cappuccio. A maturação é feita em botti de 2500 litros e cimento, por 18 meses, além de afinamento por 6 meses em garrafa. Vinho de cor mais clara e aromas de cereja e framboesa, em meio a alcaçuz e um toquezinho mentolado. Em boca, repete o nariz e mostra taninos finos e sedosos. Final longo e com notas de alcaçuz. Um belo vinho, muito elegante e com muita presença. Para beber em taça de borgonha. Acertou em cheio, Tonzinho!
E o Caião, levou um argentino bem conhecido: Angelica Zapata Malbec Alta 2015. Um representante típico da casta, mas com menos ameixa que o habitual. Cor mais clara e aromas de framboesa, florais e minerais. Em boca, dulçor, boa acidez e taninos ainda pedindo um tempinho. Esse vinho precisa de duas coisas: Um pouquinho mais de adega, e uma boa carne! E foi isso! Bela noite no L'Osteria.












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