Ontem era para ser a nossa premium anual, mas adiamos para a próxima terça... No entanto, fomos à casa do amigo Tom apreciar uma boa picanha,carré de porco defumado, linguiça Cuibana e um Risoto de Funghi Secchi. Não combinamos, mas quase todos os vinhos foram 4 chilenos, 1 argentino e apenas um ibérico. Eu levei um Casa Marin Pinot Noir 2009 que não passa por madeira. É fruta pura, com notas de groselha e morango. O vinho é refrescante demais, doce, mas com boa acidez, e merece todos os elogios do Patricio Tapia, no Descorchados 2010, onde teve 91 pontos. Uma delicia para ser apreciada mais resfriado.
Seguindo este, bebemos um Montes Alpha Pinot Noir 2008 levado pelo Caio. Este já tem mais complexidade, aportada pela madeira. É um vinho redondo, com notas de cereja e morango. A madeira, presente, lhe aporta um tostado gostoso. É só um pouco doce, como muitos Pinot chilenos. Bem, mas Montes Alpha é Montes Alpha, ou seja, sempre bom. Mas acho que não tem a qualidade dos Alpha Cabernet, Merlot ou o Syrah.
O Paulão levou um Séptima Gran Reserva 2008, um argentino potente, musculoso, mas muito elegante. É um corte de Malbec, Cabernet e Tannat. A Malbec reina com a doçura e notas de ameixa, mas a Cabernet lhe aporta elegância e a Tannat os taninos, que são muito redondos. O vinho é perfeito para um churrasco e deve envelhecer muito bem. A meu ver ainda está novo. Excelente custo benefício.
O amigo Rodrigo Ray levou o estranho no ninho, o português Vallado 2008. Já comentei sobre este vinho no blog, mas não sobre este 2008, que como o outros de anos anteriores, está muito bom. A touriga nacional se destaca, com as notas perfumadas de violeta. A madeira geralmente pega um pouquinho quando o vinho é jovem, mas com o tempo, as coisas se equilibram. Vinho sempre bom.
Aí chegou o João Paulo, um pouco atrasado (o que não é de seu costume...rs). Levou uma pérola, que é o Erasmo 2006. Bem, também já comentei bastante sobre este vinho no blog, mas não posso deixar de lembrar que foi a mescla do ano no Descorchados 2010, com elogios rasgados do Patricio Tapia. O último que havia bebido estava um pouco fechado, mas este do João Paulo já estava bem mais aberto. Depois de algum tempo na taça foi só alegria. Que vinho! Um Bordeaux! Melhor que muitos Bordeaux por ai, e muito mais barato. Feito no Chile por um Italiano. Que mescla! Bem, é um vinho elegante ao extremo e que recomendo fortemente.
Para finalizar o Tom resolveu abrir uma magnum de um Tabali Syrah Reserva Especial 2007. É um vinho muito bom. Bem diferente da maioria dos vinhos do Limarí, que são mais minerais e menos doces. Este está na parte dos sobremaduros, com uma explosão de frutas. A cor é bem escura, e na boca é pleno. Um belo vinho dentro da familia dos super-maduros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário