Na última quinta-feira o João Paulo levou uma garrafa do Juan Gil 2006, um vinho das Bodegas Hijos de Juan Gil, localizada na região de Jumilla, Espanha. A região é conhecida pelos vinhos elaborados com a cepa Monastrell, nome espanhol para a Mourvedre francesa. Eu particularmente acho (ou achava) vinhos feitas com esta uva um pouco pesados, mas este me surpreendeu pela qualidade. É um vinho feito com uvas de videiras de mais de 40 anos de idade e que passou 12 meses em barricas de carvalho francês, o que lhe aportou muita complexidade. É denso e com bastante personalidade. Tem um nariz muito gostoso, com boa fruta (amoras bem maduras) e notas balsâmicas, de tabaco, alcaçuz e couro (que eu gosto muito). Os taninos são redondos e doces, e o final é longo e agradável. É um vinho com muitas camadas e muito equilibrado. Foi top 100 da Wine Spectator em 2009, merecidamente. Vinho prá repetir. É comercializado pela Mercovino, e em São Carlos pode ser encontrado na Gran Reserva.
Outro vinho destaque da noite foi Crasto Superior 2007, replay bem-vindo de nosso amigo Paulão e já comentado aqui no blog (http://vinhobao.blogspot.com/2010/09/confraria-crasto-superior-vallado-era.html). E olha que de setembro de 2010 prá cá o danado, que já era bom, melhorou. É um vinho muito gostoso, com notas de amora madura, baunilha e muito equilibrio.
O Caio, que depois de longo tempo voltou à confraria, levou um Angelica Zapata Cabernet Franc 2004. Este vinho era comercializado apenas no mercado argentino, mas recentemente a Mistral está trazendo para o Brasil. Tive a oportunidade de beber, há uns 3 anos atrás, uma garrafa do 2002 trazida por uma amiga argentina. Adorei o vinho. Recentemente, tomamos algumas garrafas de safras mais novas (2004 e 2005). Todos muito bons, elegantes e sem o exagero de pimenta de alguns Cabernet Franc argentinos. Esta garrafa levada pelo Caio estava boa, mas nem tanto quanto as outras. Lembrando o Renato Machado, parece que estava levemente "cozida".
Bem, para terminar, tomamos duas garrafas de vinhos que não valeram a pena. Um levado por mim, outro pelo amigo Tom. Eu levei um Las Perdices 2009, malbec argentino que todos acharam fraco e sem personalidade. Acho que tem que ser avaliado de maneira menos apressada. O Tom levou um Crios 2008, também malbec, que estava muito exagerado na compota. Bem amigo Tom, nossa sorte é que temos saldo positivo... rsrs... A propósito Tom, a feijoada no seu bar Glória estava excelente! Vai virar tradição! Ainda mais com todos aqueles motivos Cruz-Maltinos...
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