sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Vega Saúco Piedras 2005, Luis Pato Vinhas Velhas 2005 e Castell del Remei Gotim Bru 2006 - na Confraria

Ontem a reunião da confraria estava menos prestigiada que o normal. Vários confrades deram o cano. Apenas três exemplares foram apreciados. O primeiro deles, levado por mim, foi o Vega Saúco Piedras 2005. Este vinho teve destaque recentemente no Brasil por ter sido bem avaliado em comparação com outros espanhóis mais caros. Eu bebi um da safra de 2003, designado apenas "Vega Saúco Crianza", não Piedras, mas acho que trata-se do mesmo vinho (ver comentário). No entanto, o 2003 estava muito superior. Tinha mais fruta, mais cereja, mais especiarias, e menos tabaco que o 2005, que apesar de ter as notas de cereja, elas ficavam sobrepujadas pelo tabaco. O vinho é leve, muito distinto de vinhos do Toro, com acidez marcante e taninos já domados. É um bom vinho, de boa qualidade para a sua faixa de preço. Mas confesso que não me empolgou tanto quanto o 2003. Seguimos com um levado pelo amigo João Paulo (JP). O vinho tem pedigree, pois é obra do grande Luis Pato, da Bairrada. Eu gosto muito de seus vinhos, tanto mais novos, quando a tanicidade e o lado rústico da Baga se apresentam, quanto mais evoluídos, domados pelo tempo, quando a Baga lembra até a Pinot Noir. O vinho levado pelo JP foi um Luis Pato Vinhas Velhas 2005. É vinho feito com 100% Baga de vinhas de cerca de 40 anos de idade. A maturação é feita em pipas grandes, de 650 litros, por 15 meses. O vinho tinha um aroma inicial que lembrava verniz, que diminuia com o tempo e dava lugar a notas de cereja seca, ervas secas e pimenta do reino. Em boca estava muito leve, até meio aguado. Nada da rusticidade da Baga e tampouco atingia a elegância típica dela mais evoluída. Ficou no meio do caminho. Bem, pode ser a garrafa, mas não gostamos muito.
E finalizamos com um espanhol de Penedés, o Gotim Bru 2006, de Castell del Remei. O vinho é feito com Tempranillo, Garnacha, Cabernet Sauvignon, Merlot e Syrah, e descansa em barricas de carvalho americano e francês por 10 meses. O nariz remete a geléia de amora em meio a notas balsâmicas e minerais, além de tostado. Em boca é gostoso, com taninos redondos e boa acidez, mas não é tão bom quanto ao nariz.  O final é bem ligeiro. Fica bem longe de seu irmão maior, o Oda, que tem bem mais presença.
Bem, eu achei a noite meio rala... Vamos ver se na próxima semana o negócio melhora.

8 comentários:

  1. É Flavio,nenhuma garrafa para salvar a noite,mas continuo achando que o melhor vinho foi o vega saúco.
    Abs, JP

    ResponderExcluir
  2. Flavio,

    Confraria é assim mesmo, quando agente acha que embalou, que só vai ter vinho pistolão, vem uma ducha de água fria. Não esquenta não, mas não deixa de reclamar que a turma vendo logo quer ser redimir. Pode esperar que o próximo encontro vai ser top.

    Abraço,

    Eugênio

    ResponderExcluir
  3. Concordo JP! Mas acho que o Saúco ainda não estava em sua melhor forma. Sabe que ele e o Luis Pato vieram do mesmo local, e estavam com pinta de vinhos mal acondicionados. Uma pena.
    Abraços,
    Flavio

    ResponderExcluir
  4. Verdade Eugênio! De vez em quando tem umas "derrapadas"... rs. Mas espero que a turma se redima na próxima reunião (inclusive eu!)...rs.
    Grande abraço,
    Flavio

    ResponderExcluir
  5. É pessoal, só mesmo quando eu vou para ter vinhos bons, sabe qual é a explicação para isso..... é que eu pego meus vinhos na adega e não no armário.
    Abraços e até quinta. Caio

    ResponderExcluir
  6. Tá vendo JP: Depois temos que aguentar o Caião... rsrs.
    Mas Caião, acho que o problema foi com as garrafas, por que são vinhos de boa qualidade.
    Abração,
    Flavio
    ps. Continue abrindo a adega!

    ResponderExcluir
  7. Ih, Flavio, começo a temer por um Luis Pato Vinhas Velhas 2004 que tenho por aqui.
    Vou acreditar no teu otimismo e esperar que tenha sido uma decepção isolada.
    Valeu!

    ResponderExcluir
  8. Caro Alexandre,
    Acho que foi um problema isolado. Já apreciei o Vinhas Velhas em outras ocasiões e sempre estava muito bom. Vou torcer para que a sua garrafa esteja boa e acompanhe bem aquelas belas carnes que você faz aí no Sul!
    Grande abraço,
    Flavio

    ResponderExcluir