sábado, 29 de dezembro de 2012

T.H. Undurraga Syrah 2008: Mais um bom vinho da linha Terroir Hunter

A linha T.H. (Terroir Hunter) é uma linha especial da vinícola chilena Undurraga, da qual gosto bastante. Tempos atrás bebi um Pinot Noir (clique aqui) e um Sauvignon Blanc (clique aqui), ambos muito bons (aliás, os meus preferidos da linha). Três T.H. Syrah são produzidos pela vinícola. Um deles com uvas do Vale do Leyda, outro do Limarí e um último do Maipo. Os dois primeiros são de clima frio, mais  frescos e minerais (que confesso gostar mais). O último, que trata-se do vinho da postagem, vem do Maipo, e consequentemente, é mais quente, mais nervoso, com mais extração. A maturação é feita em barricas de carvalho francês (40% novas), por 12 meses. O vinho é concentrado, com notas de amoras maduras, café, chocolate e pimenta preta. Em boca, repete o nariz e mostra-se quente, carnudo, com taninos maduros bem presentes, mas domados. É um típico Syrah de clima quente. Eu gostei dele, que bate de frente com Syrah mais concentrado, como um Montes Alpha, por exemplo. Mas como citei anteriormente, prefiro os Syrah de clima frio, pelo frescor e mineralidade. Se você quiser fazer um teste legal, compre um T.H. Syrah do Maipo e um do Limarí (ou Leyda) e compare, para ver a diferença. A brincadeira pode ser feita também com um mineral Maycas del Limarí Reserva Especial (que eu gosto muito).

Nota 1: A Undurraga tem aumentado a produção dos T.H., que antes era menor. Espero que isso não resulte em perda de qualidade.
Nota 2: O vinho foi oferecido pelo Júnior, em uma noitada vínica na casa do Carlão.

8 comentários:

  1. Ótimo post, Flávio.
    Bem didático, explicando as diferenças que a Syrah experimenta no Chile, em razão da diversidade de climas.
    Só acrescento a região de Casablanca. Além dos reconhecidos brancos, eles têm conseguido ótimos Syrahs, como o Tanagra, que vc já comentou.
    Abs.

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    1. Grande Vitor!
      Obrigado! Bem lembrado quanto aqueles do Vale de Casablanca, como o grande Tanagra, que para mim, é um dos melhores Syrahs chilenos (brigando fácil com australianos). Apesar do grande auê que os chilenos fazem em cima da Carmenére, eu acho que o Chile vai arrebentar com a Syrah e Sauvignon Blanc. As outras, inclusive a Cabernet, serão (boas) coadjuvantes. Posso até estar equivocado, mas vamos ver o que o tempo dirá. Que você acha?
      Grande abraço,
      Flavio

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    2. Acho que vai rolar uma severa mudança de prioridades chilenas aqui em casa, Flávio. Sabe aquelas promessas de ano novo? Então, óia as minhas:
      1) saem Maule, Maipo, Aconcágua e Rapel; entram Leyda, Limarí e Casablanca;
      2) saem Cabernet e Carmenere, entra a Syrah;
      3) Sauvignon Blanc, Chardonnay e Pinot Noir à vontade, tomando a cota de outros países.
      Abs.

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    3. Ótimas promessas, Vitor! Concordo em gênero, número e grau! E tentarei fazer o mesmo. Tem um amigo agora no Chile que se dispôs a trazer umas garrafas. Já lhe disse: Brancos! Terrunyo, Cipreses, Laberinto, Sol de Sol e se ele achar, Aristos, que estou louco para experimentar (se a facada de lá for menor que a de cá, na Mistral...rs).
      Abraços,
      Flavio

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  2. Caro Flávio,
    Toda linha TH é fantástica! Tive a chance de provar todos os 12 rótulos tempos atrás. Meus destaques ficam para o Carignan (Maule), Pinot Noir (Leyda) e esse Syrah do Maipo.
    O Pedro Parra, o verdadeiro Terroir Hunter, sabe o que faz...
    Abs,
    Luiz Cola

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    1. Grande Luiz!
      Realmente ele sabe o que faz. A linha é excelente. Eu ainda não experimentei o Carignan, mas agora fiquei curioso. Será o próximo!
      Um grande abraço!
      Flavio

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  3. Precisava ter descrito a noitada completa... (rs)

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    1. Ainda não... deixa os "cachorros grandes" para uma postagem separada... Só para atiçar a curiosidade dos leitores.
      Abração,
      Flavio

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