quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Ricominciare Cabernets 2006

Ainda na noite dos australianos (postagem anterior) bebemos esse argentino feito por Jorge Catena, irmão mais novo de Nicolás Catena (mas que segue caminho próprio). Era um Ricominciare Cabernet Franc - Cabernet Sauvignon 2006. O vinho, feito com 60% Cabernet Franc e 40% Cabernet Sauvignon, tem passagem curta por madeira (apenas 6 meses), para que ela não sobrepuje a fruta. No entanto, ela aparece mesmo assim, mas sem incomodar. No começo, o vinho é meio fechado. Mesmo depois de uma meia hora decantando relutou em mostrar suas qualidades, principalmente em boca. Depois de mais tempo, começou a se abrir. Portanto, é importante decantar por no mínimo uma hora. Notas de ameixa e amora se mesclam a notas balsâmicas e de chocolate meio-amargo. Em boca ele apresenta boa acidez e taninos mais secos. Eu senti um herbáceo que confesso ter me incomodado um pouco. É um vinho com certa rusticidade. Mas não é bomba de frutas. Acredito que ele melhoraria com uma comida levemente condimentada. Por falar em condimento, eu senti falta daqueles toques de pimenta preta da Cabernet Franc. O vinho foi comprado em promoção da Expand (de 95 por 47). Vale o preço promocional. Com preço cheio enfrenta uma lista enorme de concorrentes. Eu, por exemplo, se for em busca de uma Cabernet Franc, fico com o brasileiro Valmarino ou com um ótimo Trinch!, de Catherine e Pierre Breton. 

8 comentários:

  1. Flavio,
    Gosto desses cortes com cab franc predominante. Dos varietais tb. Posso me dizer um fã da casta, sei lá.
    Já provei o Valmarino Ano X 2005 e foi uma blz, embora uma última garrafa já tenha dado sinais de cansaço. Tenho outra ainda para conferir.
    Sugiro tb o chileno Marchigüe Private Collection e tenho um Angelica Zapara 2006 esperando sua estreia.
    Abraço!

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    1. Oi Alexandre,
      Eu também gosto da Cabernet Franc. Quando um Marchigüe passar na minha frente vou acatar sua sugestão. Valeu! O Pulenta XI Cabernet Franc também é muito bom. Não tem aquele frescor dos CF do Loire, é mais potente, mas muito gostoso e acompanha uma carne que é uma beleza! O Angelica já apreciei algumas vezes, e gosto bastante dele, que justifica bem o seu preço.
      Grande abraço!
      Flavio
      ps. Quanto ao Valmarino, que pena que não o encontro facilmente aqui em São Carlos.

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  2. Flávio, já andei por muitas vinotecas na Argentina, mas nunca tinha visto esse produtor, nem ouvido falar em Jorge Catena. Eta, família grande, são descendentes de italianos mesmo!
    Ainda na Argentina, outro bom Cabernet Franc é da Achaval-Ferrer. Fica muito perto do Pulenta, tanto em qualidade, quanto em preço.
    Abs.

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    1. Grande Vitor!
      Rapaz, os caras são italianos mesmo! rsrs. Guardadas as devidas proporções, quase uns "Silvas"... kkk. Eu não sabia que a Achaval-Ferrer produzia Cabernet Franc! Que legal! Mas vem para o Brasil?
      Abraços,
      Flavio

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    2. Acho que não.
      Eles fazem varietal de Cabernet Sauvignon, e fizeram algumas vezes Cabernet Franc e Merlot. O Quimera andou se contentando com a "sobra" em alguns anos (sobra boa, hein?!). Só que não vi safras recentes, nem há informação no site.
      Não tenho certeza, mas acho que a safra disponível do Cabernet Franc em Puerto Iguazu é a 2005. Bebi há algum tempo e aprovei. Ainda há botellas à venda, por preços entre o Quimera e os Malbecs "Fincas".
      Abs.

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    3. Que pena que não vem par ao Brasil, Vitor! Pela qualidade dos outros Achaval, o CF deve ser muito bom. Bem, e o preço pelo jeito não é tão doce quanto um Malbecão...rs. Mas pelo jeito, vale a experiência. Um CF 2005 agora deve estar muito bom...
      Abraços,
      Flavio

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  3. Blz Flávio

    Bom em termos de cabernet franc, ainda não tenho uma boa referência. Tomei ano passado o Réserve Mouton Cadet Médoc 2009, da vinícola Baron Philippe de Rothschild - França. O custo - benefício foi razoável, harmonizando bem com um petisco de queijos, mas nada excepcional.

    Abs
    Orlando

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    1. Oi Orlando,
      Quando encontrar, aprecie uns Cabernet Franc. Um bom Chinon tem bom preço e vale a pena. No campo dos nacionais, uma boa dica é aquela do amigo Alexandre, ou seja, o brasileiro Valmarino. O Mouton Cadet (que tem uma pitadinha de Cabernet Franc) é um bom vinho, mas como você disse, nada de excepcional. Hoje, na faixa de preço dele (e até mais barato), dá para comprar Petit Chateaux com mais presença.
      Abraços,
      Flavio

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