segunda-feira, 6 de julho de 2015

Vinhada na cozinha do Tom: Matando as saudades com bons vinhos!

Nosso confrade Tom está por demais envolvido com a Pão To Go e tá sobrando pouco tempo prá gente...rs. Mas nesse final de semana fomos lá na cozinha matar as saudades e mandar frutos do mar com bons vinhos. A idéia era só brancos, mas como estava um dia frio prá dedéu, levamos também tintos. A lista foi grande e vou falar apenas de alguns.
O Joãozinho levou um bom Chablis L'Orangerie du Chateau 2013, de Jean Bouchard. A Maison fica ao lado da Albert Bichot, onde vinifica seus vinhos. Este Chablis é bem fresco, com boa mineralidade e toques de pêra e abacaxi. Bom para frutos do mar.
Joãozinho também levou um ótimo Montchenot 2003, argentino com alma francesa, e que surpreende pela sua longevidade. É um vinho feito com Cabernet Sauvignon, Merlot e Malbec. Diferentemente de seus conterrâneos, geralmente com bastante extração, muita fruta e álcool, este Montchenot mostra fruta na medida certa, muita clareza e frescor, com taninos redondos e final especiado. Um ótimo vinho e que tem um preço muito convidativo na Argentina. Vale a pena conhecer.
O Thiago levou um Cono Sur Reserva Especial Chardonnay 2013, que apresentava notas de abacaxi e um fundinho de mel, boa mineralidade e acidez. A Cono Sur faz bons vinhos, e este estava bem legal. 
O Paulinho sempre pega pesado, e levou um belo Pêra-Manca branco 2011. Vinho de bom corpo, da bela safra de 2011, mostrava intensidade e ótima fruta, com destaque para maçã e pêra, em meio a toques cítricos e um fundo de mel. Não é vinho para bebericar, e sim, acompanhar comida. Mais que frutos do mar, umas postas de bacalhau fariam bom par.
O mesmo Paulinho levou também um ótimo Roquette e Cazes 2011. O irmão menor do Xisto sempre faz bonito, mas as vezes, quando novo, costuma mostrar muita madeira. Mas este 2011 está uma beleza: Tudo na medida certa! Vinho intenso, boa fruta, boa acidez e taninos redondos para seus poucos anos de vida. O final é longo e prazeiroso. Mais um exemplar de sucesso da bela safra. Deve melhorar com alguns anos de adega.
Eu levei um branco já comentado aqui, o Quanta Terra Grande Reserva 2009. Vinho de peso, com cor amarelo escura e notas de damasco, amêndoas e mel. Assim como o Pêra-Manca, par perfeito para uma boa posta de bacalhau. Mas foi muito bem com os frutos do mar.
Eu levei também um Conde de Los Andes Gran Reserva 2005. O vinho é um Riojano clássico, da víncola Paternina, com madeira presente, boa acidez, cereja seca, toques cítricos e tabaco. Destaque para sua relação preço/qualidade. É muito barato pelo que oferece. Se achar no mercado, coloque na cesta que ficará feliz.
Little John e Il Capo JP!
Bem, e entre tantos vinhos, não dá para não mencionar um que já apareceu por aqui 2 vezes, mas que pode aparecer quantas vezes quiser, pois é dos grandes. Foi levado pela segunda vez pelo JP, que pegou pesadíssimo: Flaccianello dela Pieve 2009! Sangiovese na veia! Intenso, concentrado, com cereja preta e alcaçuz em meio a um elegante tostado (que se equilibra com tempo em taça). A acidez é excelente, os taninos redondos e o final é interminável. É vinho de primeira grandeza. Isso aí, JP!
Bem pessoal, teve mais, como mostrado na foto. Mas a postagem tá ficando grande demais...rs.
Valeu, Confrades!!! Comida excelente, belos vinhos e companhia de primeira!




6 comentários:

  1. Flavio,
    esse Montchenot é fantástico, o melhor argentino que já tomei.
    E quanto ao Conde de los Andes Gran Reserva, eu comprei o 2004 pela dica de um outro texto seu, e era realmente um vinho que entregava muito pelo preço dele. Adorei!
    Os outros, eu não conheço, mas também devem ser fantásticos.

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    1. Oi Rodrigo,
      O danado do Montchenot é muito bom, né? E quando se ve o preço na Argentina, ele fica ainda melhor...rs. É um vinho muito clean, não? Sem exageros. Isso é bom... Eu ainda não bebi aqueles que trazem os anos no rótulo. Devem surpreender.
      O Conde de Los Andes surpreende pelo preço. O 2005 está um pouco diferente do 2004, que eu achei um pouquinho melhor. Mas ainda oferece bastante pelo preço. Compra segura, né? Pelo preço que é vendido não se acha nada igual.
      Abraços,
      Flavio

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    2. Eu comprei o Montchenot 2003 aqui, mesmo, no Brasil. Paguei pouco mais de R$100, e pelo que ele apresenta e pelo que tem de potencial de guarda, já achei o preço muito bom. E se um dia eu visitar Mendoza, vou querer trazer uma mala cheia de Montchenots, quem sabe algum com um pouco mais de idade...

      E sem dúvidas, os dois são mais do que compras seguras: são vinhos bãos de verdade, e com preços muito acessíveis.

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    3. Oi Rodrigo,
      Onde você encontrou o Montchenot no Brasil? O preço está muito bom, considerando o custo Brasil. Eu devo ir na fronteira daqui a uns meses e sem dúvida vou trazer uns... Queria experimentar o branco também. Você já bebeu? É muito barato lá também.
      Abraços,
      Flavio

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    4. Flavio, desculpe pela demora na resposta.
      No início do ano passado, o Fernando da Winelands trouxe algumas garrafas do Montchenot por este preço. Já faz mais de uma ano, e hoje imagino que estaria mais caro, mas acho que ele não está mais trazendo.
      Eu tomei o branco, que a Winelands também trouxe, e colocou no clube. Eu o tomei bem jovem, era intenso no aroma, mas com uma estrutura elegante. Não sei se guardado por alguns anos ele ficaria melhor.
      Eu comentei a respeito no meu blog:
      http://www.sobrevinhoseafins.com.br/2014/03/montchenot-branco-2013.html
      Abraço,
      Rodrigo

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    5. Grande Rodrigo!
      Valeu! Vi no seu blog o comentário sobre o Montchenot Branco! Muito boa a descrição. Deu prá ter uma ótima idéia de como é o danado. Quando eu for para Puerto Iguazu vou pegar uma garrafa para experimentar. O preço lá é convidativo. Embora com esse dólar subindo às alturas...rsrs.
      Pena que não se encontre facilmente os Montchenot aqui no Brasil, né?
      Abraços,
      Flavio

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