segunda-feira, 1 de abril de 2013

Catena Alta Chardonnay 2007 e Espino Gran Cuvée Chardonnay 2010: Estilos distintos

Essa postagem já está atrasada, então vamos lá. 
Foi uma noite bem esvaziada na confraria e estávamos apenas em 3 (Paolão, Fernandinho e eu). A noite era quente e combinei com o Paolão de levarmos brancos. E o cara mandou ver, levou um Catena Alta Chardonnay 2007. O vinho é considerado um dos melhores brancos da américa do sul e sempre fatura prêmios por aí. É feito com uvas do ótimo vinhedo Adrianna, que fica a 1.500 m de altitude. As uvas são colhidas bem maduras e a fermentação é feita em barricas de carvalho francês. A maturação é feita por 11 meses também em barricas (60% novas), por 11 meses e com as borras.  É um vinho do tipo maduro, com aromas de abacaxi em compota, pera, mel e frutas secas. Em boca é denso, "quente", amanteigado, com boa acidez e álcool um pouco aparente. O final é longo. O problema (para mim): Caminha justamente na direção oposta do que eu busco atualmente em Chardonnays, ou seja, é pesado. Eu esperava que tivesse mais frescor. Mas é um vinho muito bem feito e que sem dúvida deve agradar muita gente. 
E na mesma noite eu levei um Espino Gran Cuvée Chardonnay 2010, que o craque de Chablis William Févre produz no Chile. O clone, aliás, vem dos vinhedos de Févre na borgonha e é cultivado em altitude de 1.000 m. É o vinho top da linha Espino. Dez por cento dele é fermentado em barricas francesas e o restante em tanques de inox. Isso lhe torna mais fresco que o anterior. Ao nariz mostra mineralidade (mas eu queria mais...rs), notas de peras e cítricas. Em boca repete o nariz e mostra frescor. Não tem aquele amanteigado adorado principalmente por quem se inicia no mundo dos Chardonnays. E também, não possui o peso do Catena Alta. O fato de ser 2010 também deve contribuir para que mostre mais frescor que o Catena. No entanto, não sei se o Catena Alta fosse apreciado logo ao chegar no mercado o mostraria. É uma questão de estilo. Eu gostei muito desse Espino Gran Cuvée, que ficou entre os melhores Chardonnays no Descorchados 2012. E mais uma vantagem: Custa a metade do preço do Catena Alta. Se o encontrar, coloque na cesta! E o seu irmão menor, Reserva, também é muito bom (e também tem ótimo preço).

4 comentários:

  1. Flávio,

    Já tomei o Catena Alta e não achei assim tão pesado, talvez seja um vinho pra tomar mais novo mesmo. Contudo também acho seu valor muito alto, não percebi nada do que dizem os críticos, apenas um bom vinho, que poderia custar a metade.

    Este Espino eu vou comprar assim que encontrar, ainda mais sabendo quem o produz.

    abraços,

    Alexandre/DF.

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    1. Oi Alexandre,
      Pode ser que mais jovem ele apresente mais frescor. Por outro lado, tem aquele negócio da comparação. Como o Févre era mais leve e com maior frescor, comparativamente o Catena pareceu pesado. Mas eu acho que é uma característica mesmo da maioria dos brancos argentinos.
      Também acho que os críticos exageram um pouco em relação ao Catena Alta. Mas acredito que seja o gosto americano. Confesso que, com uns reais a mais eu prefiro um Maycas Quebrada Seca, De Martino Quebrada Seca ou um Sol de Sol.
      Abraços,
      Flavio

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  2. Flávio, uma dica aí pros seus leitores: o www.emporiomercantil.com.br tá com frete grátis hj, e eles têm o Espino Reserva Chardonnay por R$ 39,50. Não é o top, mas, como vc disse que tem bom custo/benefício, tá feito o alerta.
    Abs.

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    1. Ótima dica, Vitor! Valeu! O Espino Reserva, por esse preço, vale muito a pena. E se alguém quiser colocar uma graninha a mais e aproveitar o frete (ou ausência dele), o Laberinto está em promoção (e vale cada centavo).
      Abraços,
      Flavio

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