segunda-feira, 15 de julho de 2013

Noite boa na confraria: Rimauresq 2010, Informal 2010, Colomé 180 Años 2010, El Preciado 2006, Tikal Natural Malbec 2010 e Stellenzicht Pinotage 2009

Outra postagem atrasada (e bem atrasada...rs). Mas não poderia esquecer, pois foi mais uma noite boa na confraria. Os trabalhos começaram com um Rosé de Provence que levei, o Rimauresq Cru Classé 2010. O vinho é feito com Grenache 50%, Cinsault 30%, Syrah 8%, Mourvèdre 7% e Tibouren 5%. É um vinho fresco, mineral, leve e com notas de framboesa e morango. Tem toda a sutileza e frescor de um rosé da Provença. Estava ótimo! Pedia uns petiscos de camarão ou até mesmo a casquinha de siri feitas no Ciao Bello para acompanhar. Mas nenhum problema em ser apreciado solo.
Depois do rosé, partimos para um espumante bem legal de Luis Pato, que também é rosé, o Informal Rosado Bruto 2010. O nome é bem justificado: Não há rolha, e sim, uma tampinha metálica (foto à direita), o que deixa o vinho informal. Ele é feito com uvas Baga do famoso vinhedo Vinha Pan. É um vinho com ótimos aromas de framboesa e panificação. Em boca é bem seco e mineral. Um belo espumante, muito versátil.
Entramos então nos tintos. O primeiro é um replay, e que replay levado pelo Caião: Colomé 180 Años 2010. Um Malbec de primeiríssima, já comentado aqui no blog (clique aqui). Nem gastarei muitas linhas com ele. A única coisa que tenho a dizer sobre esse vinhaço é que este exemplar parecia mais aberto que o outro que apreciamos tempos atrás. E estava uma beleza! Malbec fora daquele padrão doce e enjoativo. Primeira linha.
Paolão para Vitor: -É meu! rsrs.
A continuidade foi um outro sulamericano, agora do vizinho Uruguai. O Paolão levou um El Preciado 1er Gran Reserva 2006, que pegou no bota-fora da World Wine no começo do ano. O amigo Vitor, do Louco por Vinhos, estava louco por um desses, mas o Paolão pegou a última garrafa em São Paulo. E se deu bem. Ou melhor, nós nos demos bem. O vinho é produzido pelas Bodegas Castillo Viejo, e seu nome é em referência a um navio afundado por piratas no Rio da Prata, no século 18, e de onde até hoje se retiram tesouros. O vinho é feito com Cabernet Franc 44%, Tannat 28%,  Cabernet Sauvignon 18% e Merlot 10%, e 85% dele matura 15 meses em barricas francesas e americanas novas (70 e 30%, respectivamente). Apenas 5.000 garrafas foram produzidas. A qualidade do vinho começa no teor alcoólico, de apenas 12,5%, o que acho ótimo. Ao nariz, o vinho mostra notas de frutas passificadas, com destaque para o cassis e framboesa, em meio a café, animais, aromas terrosos, chocolate e especiarias, como canela e alcaçuz. Em boca, repete o nariz, mostra boa acidez e taninos muito sedosos. É um vinho muito elegante e que lembra um bom Chateauneuf du Pape. Um belo vinho, que quero beber novamente. O meu amigo Vitor perdeu...rs.
O Tonzinho levou um Tikal Natural Malbec 2010. Vinho feito por Ernesto Catena utilizando uvas de agricultura orgânica. Para mim, muito doce. Ao nariz, mostrava bons aromas de ameixa madura, alcaçuz e  outras especiarias, mas o doce já se mostrava. Em boca, bem redondo, acertado, mas muito doce para o meu gosto. O rótulo é muito bonito mesmo, mas paro por aqui.
E como a turma ainda não estava satisfeita, resolveram abrir um sulafricano, o Stellenzicht Golden Triangle Pinotage 2010. Outro que não gostei. Os aromas tostados estavam acima do meu limiar. É vinho para novo-mundista de carteirinha. Muita extração, fruta madura, tostadão e baunilha. Eu achei enjoativo e não encararia outra garrafa.
Bem, é isso aí... Vai abaixo a foto da turma reunida.

8 comentários:

  1. Pô, o Paulão furou meu olho e ainda tripudiou, rsrs.
    Essa foi de lascar. Digitei alguma coisa errada (talvez validade), então a compra foi recusada pelo cartão. Me avisaram, refiz o pedido, mas daí o vinho tinha esgotado. Paulão tava de tocaia e aproveitou um breve momento de desatenção da minha parte. Era a última botella! Pelo menos, o vinho ficou entre amigos. Ê, mundo pequeno, hehehe.
    Abs,
    Vitor
    loucoporvinhos.blogspot.com.br

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    1. Tripudiou bonito...rsrsrs. E o pior é que o Paulão disse que foi meio difícil tirar a botella dos caras. Estou achando que era a sua mesmo!!! O mundo é mesmo pequeno. Ainda mais considerando o mundo do vinho e os bebedores de bom gosto...rs. Mas como você disse, ficou entre amigos. E tava bom o danado...rs.
      Abraços,
      Flavio
      Ps. Vou ficar alerta pro negócio do endereço do blog. Eu geralmente acesso pelo Enoblogs.

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  2. Flávio, abri minha botella do El Preciado 06. Rapaz, o vinho eh bao mesmo... no inicio ainda estava muito marcado pela madeira, mas depois começou a liberar um cadeleidoscopio de aromas e sabores. Imagino acompanhando umas mollejas no Mercado del Puerto... ele custa 30 us$ nos freeshops aqui da fronteira com o Uruguai (mesmo preço dos Parcela Única da Bouza). Guardei meia gfa para amanha, acho que vai estar ainda melhor. Abs

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    1. Oi Cristiano!
      Que legal que você gostou do vinho. Eu também gostei bastante dele. E agora você me lembrou uma visita que fiz ao Mercado del Puerto em Montevidéu. E na época mandei ver em um pratão de mollejas...rs. Seguido de um asado... Que beleza! E por US$30 o vinho fica ainda melhor, não? Eu preciso beber o Parcela Única. Aliás, preciso beber mais vinhos da Bouza, que conheço pouco.
      Depois me fala se a meia garrafa guardada estava boa no dia seguinte.
      Abraços,
      Flavio

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    2. Flávio, o vinho estava ainda melhor, coisa muito seria mesmo. Me arrependi de não ter arrematado outras garrafas, do 2005 inclusive. Perfil velho mundo, totalmente, e nisso difere bastante do Bouza (embora, para mim, o Monte Vide Eu possa passar por um grande europeu, apesar de o tão falado 2011 ser uma bomba de 16 graus, pelo que li). Daqueles portugueses da Aliança, sobre os quais falamos há algum tempo, o Quinta da Terrugem 07 esta excelente, ainda jovem. Também, alicante bouschet com trincadeira só podia dar samba, ou melhor, fado, rsrsrs. Grande abraço

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    3. Oi Cristiano,
      Eu também me arrependi de não ter pegado uma garrafa dele. Ainda bem que meu amigo pegou uma, mas foi filha única, infelizmente...rs. Vamos ver se pinta alguma no inicio do ano.
      O Monte Vide Eu também preciso experimentar. Mas o negócio do álcool no 2011 me preocupa. Vai acabar virando San Pedro de Yacochuya...rs.
      Legal saber o Quinta da Terrugem. Vou procurá-lo por aqui. Como você disse, Alicante Bouschet e Trincadeira, dá fado...rs.
      Grande abraço,
      Flavio

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  3. Flávio, esqueci de perguntar. Vc já experimentou o Arnaldo B, das bodegas Etchart? Encontrei-o por um bom preço, achei resenhas favoráveis, e adquiri duas garrafas. Comprei tb um Gran Linaje torrontes e um cosecha tardia da mesma uva, este excelente. Uma surpresa para mim. Abs

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    1. Oi Cristiano,
      Eu nunca experimentei o Arnaldo B. Só ouvi falar, e bem. Vai Tannat no corte, né? Legal! Aliás, eu costumava apreciar o Torrontés da vinícola, que além de ser muito bom, tem um ótimo preço. Vou atrás do cosecha tardia deles... Valeu a dica!
      Abraços,
      Flavio

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