domingo, 9 de fevereiro de 2014

Cumpleaños do Akira: Amélia Chardonnay 2011, Vallado Reserva 2009, Roquette e Cazes 2008, Principal Reserva 2007, Kilikanoon Covenant 2004, Viña Alberdi 2006 e Chateau D'Aurillhac 2006

O Akira fez aniversário e levou um monte de vinho bão prá gente beber. E vale ressaltar: Muito bem selecionados. 
Apenas os dois primeiros estavam descobertos. Os outros, estavam embrulhados prá gente tentar descobrir do que se tratava. E olha, o pessoal foi bem... Praticamente todos acertaram parte dos vinhos e/ou características. Foi legal!
A abertura foi com um Amélia Chardonnay 2011. Vinho muito bem feito da Concha y Toro e pela segunda vez ofertado pelo Carlão (clique aqui). Assim, não gastarei mais linhas com ele. 
O primeiro tinto, em versão magnum, foi um Quinta do Vallado Reserva 2009. O Akira é fã incondicional do Vallado Reserva. E tem toda razão. Nunca bebi um que não tenha me agradado. O vinho é feito com uvas de vinhas velhas e passa 17 meses em barricas de carvalho francês. Ao nariz mostrou notas de amoras, kirsch, florais e cacau. Em boca, repetia o nariz, era fresco, mas no começo estava meio pegado. No entanto, com o tempo o vinho foi ficando redondinho e ganhando novas nuances. Como sempre, um vinhaço de Francisco Olazabal. 
E aí o Akira começou a servir os outros embrulhados, para comparar com o Vallado. Tarefa difícil...rs.
O primeiro oculto foi difícil e ninguém arriscou muito. Até disse ao Akira que tinha semelhanças com o Vallado, mas que lembrava um francês. Bem, eu não estava errado em nenhuma das duas suspeitas. A primeira, por que era um Roquette e Cazes 2008, também duriense. A segunda, por que tem a participação da familia francesa Cazes (Linch-Bages), em parceria com a familia Roquette. Vinho feito com Touriga Nacional, Touriga Francesa e Tinta Roriz. Os 18 meses em barricas aparecem. O vinho é bom, mas para mim, ficou atrás daqueles de outros anos que bebi, e durante a noite, se mostrou linear, sem grande evolução (principalmente, se comparado com o Vallado). Acho que foi o que menos se destacou no jantar.
Depois dele, um vinho que matei a origem em pouco tempo, e mandei ver: Bairrada. Mas ainda disse ao Akira: com um toque francês. E confesso que não disse o nome para o pessoal não pensar que o Akira havia me dito...rs. Era um Principal Reserva 2007, produzido pela Colinas de São Lourenço. É um vinho muito característico, e que me marcou quando bebi no Encontro de Vinhos em Ribeirão Preto (com direito à uma boa sobra para o jantar...rs). Ele não leva a tão conhecida Baga, e sim, Touriga Nacional, Cabernet Sauvignon e Merlot. É um vinho com ótimos aromas, meio carnosos, balsâmicos e especiados. É denso em boca, mineral, sedoso e com final persistente. Vai muito bem com comida. Um ótimo vinho! Em sua faixa de preço, uma bela aquisição. Logo quero comentar aqui sobre o Grande Reserva, que tem sido um sucesso em Portugal.
E à direita do Principal, outro que matei o produtor, linha e ano (estava inspirado). Mas é que já bebi vários do produtor, a maioria, ofertada pelo próprio Akira. Isso facilitou as coisas. E o bom é que ele nem é o mais caro da vinícola. Mas é o que mais me agrada pela mineralidade e especiarias. Era um Kilikanoon Covenant 2004, inclusive, já comentado aqui no blog (clique aqui). É um vinhão, com final interminável. Se você gosta de Shiraz e quer conhecer um de primeira, experimente este. Vai gostar.
O penúltimo vinho era um Viña Alberdi Reserva 2006, da vinícola La Rioja Alta. O seu irmão, de 2005, já pintou por aqui. Mas este 2006 achei bem diferente. Talvez porque o Akira o tenha aberto com bastante antecedência, não sei... Não deu prá identificar a procedência. Muita gente mandou que era um francês. Bem, o vinho passa 24 meses em barricas de carvalho americano (novas no primeiro ano e usadas no segundo). Tem notas de cereja, canela e tabaco, e em boca é bem redondo, fácil de beber. Sem arestas, mas sem aquelas notas cítricas e amadeiradas de Rioja. Bom vinho, mas sem surpresas.
Bem, e por último, um que também matei a procedência francesa. Era um Cru Borgeouis Chateau D'Aurillhac 2006, de Haut Medoc. É feito com Cabernet Sauvignon (60%), Merlot (34%), Cabernet Franc (3%) e Petit Verdot (3%). O vinho estava fechadão no começo, e relutou por bom tempo em mostrar sua cara. Tinha notas de cassis, alcaçuz e de baunilha. Em boca era um pouquinho austero, mas como disse, um pouco tímido. Bom, mas inibido.
Meus destaques na noite foram o Vallado, Kilikanoon e Principal, ficando os outros, também bons vinhos, um degrau abaixo destes três.
Isso aí, Akira! Ótima noite para comemorar o aniversário. Parabéns!


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