domingo, 10 de março de 2019

Aniversário do Thiago: Quinta da Leda 2014, Brunello di Montalcino Rennina 1999, Pera-Velha Grande Reserva 2012, Pera-Grave Reserva 2014, Cos d'Estournel 2004, Quinta do Vesúvio 2014 e Quinta do Carmo Reserva 2012


O nosso amigo e confrade Thiago fez aniversário e nos convidou para conhecer sua nova casa. A recepção que ele nos deu, juntamente com sua esposa Karine, foi de gala. Uma noite memorável na bela casa. Além da ótima comida, a lista de vinhos foi de primeiríssima. Nem precisaria descrever muito a foto acima, mas sendo breve, ela começa com um Quinta da Leda 2014 levado pelo Joãozinho. Um belo vinho da Casa Ferreirinha, a qual, dispensa apresentações. Mas vale dizer que este mostra um estilo mais moderno que os outros da casa. Notas de framboesa, baunilha e especiarias doces. Sedoso em boca, com taninos já bem resolvidos para a pouca idade. Um vinhão, que apesar de poder ser guardado, mostra-se bem apreciável agora. Do lado dele um Brunello di Montalcino Pieve Santa Restituta Rennina 1999, levado pelo JP. A vinícola foi adquirida por Gaja em 1994, e este Rennina vem de um vinhedo particular (como o Sugarille). Já bebi o Pieve Santa Restituta, que é feito com um blend de uvas de diferentes vinhedos da vinícola, e que não me surpreendeu muito. Mas este Rennina, com seus 20 anos, estava incrível. Mais ao estilo tradicional, com notas de cereja, chá, especiarias, tabaco e couro novo. Ótima acidez e mineralidade em boca, com taninos muito acertados. Uma delícia de Brunello, na idade certa para ser apreciado. O anfitrião abriu dois vinhos da vinícola Alentejana Quinta São José de Peramanca. Um deles foi o Pera Grave Reserva 2014, feito com Touriga Nacional de Syrah (seu ótimo e elogiado irmão de 2013 tinha também a Alicante Bouschet). Vinho floral e com notas de fruta madura, ameixa e amoras. Em boca, muito volume, bom frescor e final especiado. Vi agora a descrição no site da vinícola e as impressões coincidem. É vinho que ainda deve aguentar bom tempo na adega. Muito bom na sua faixa. Mas o Thiago quis fazer uma (ótima) brincadeira e compará-lo com seu irmão maior, o Pera-Velha Grande Reserva 2012, top da vinícola e que já fica degraus acima. Este 2012 foi feito com Syrah, Alicante Bouschet e Touriga Nacional, sendo que esta última não estava no vinho da safra 2011. Ele lembra o Reserva, mas com mais polidez e finesse. A cor era mais clara e os aromas mais domados, com a fruta envolta em um toque abaunilhado. Demorou um pouco mais a se abrir. Em boca, bom frescor e mais estrutura que seu irmão. Bem sedoso e com muita finesse. Vinho para guardar. Um belo exemplar alentejano! E à direita deste belo vinho, o exemplar que este que vos escreve levou para o jantar: Chateau Cos d'Estournel 2004. Nada como um bom Bordeaux de 15 anos! Já com precipitado, o decantamos para que também se abrisse mais. E o vinho, corte clássico bordalês (CS 74%, Merlot 24% e uma pitadinha de Cabernet Franc), se abriu lindamente, com aromas de cassis, ameixa, alcaçuz, notas terrosas, tabaco e especiarias. Em boca, muito volume, intensidade e taninos generosos. O final era longo e com notas de café e tabaco. Uma delícia de vinho, muito elegante e que ganhou muito em adega. Bebi outro exemplar da mesma safra tempos atrás e este, agora, estava muito melhor. Valeu a pena guardar e mais ainda, apreciar com amigos queridos. Mas ainda não acabou... O penúltimo vinho da foto é um Quinta do Vesúvio 2014, levado pelo Cássio. Outro vinhaço! O vinho é feito majoritariamente com Touriga Nacional e uma parte menor de Touriga Franca, completadas com uma pitadinha de Tinta Amarela. Vinho feito pelo patriarca da família Symington, que me confessou certa vez, em um Encontro Mistral, que tinha grande apreço por ele. E o vinho é realmente grande. Para minha surpresa, bem diferente do 2013, ofertado tempos atrás pelo JP, que estava bem mais fechado e abaunilhado, clamando adega. Este 2014, surpreendentemente, está bem mais apreciável agora. Os aromas remetiam àqueles do Quinta da Leda acima, mas com um toque de cacau e notas minerais a mais. Em boca, ótimo frescor e taninos presentes, mas bem-vindos. Uma beleza de Quinta do Vesúvio!
Ah, o último da foto, o Quinta do Carmos Reserva 2012, levado pelo Caião, infelizmente não foi aberto... Mas sua hora chegará, pois trata-se de um belo vinho!
Grande noite, Thiago e Karine! Grazie mille! 









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