quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Saul Galvão e os almoços em Jaú
Eu adorava ler os artigos de Saul Galvão na revista Gula. Na famosa seção "Confesso que bebi", Saul sempre apresentava histórias gostosas, contadas de maneira simples e de abrir o apetite (e a sede). Quando chegava a revista em casa eu ia direto no meio dela, onde ficava sua coluna. Nas edições seguintes ao seu aniversário, em abril, ele sempre se referia à comemoração em Jaú, na casa de sua querida Mãe, a Dona Sila, e seus parentes. Saul amava a sua família, e sempre dizia que as três melhores cidades do mundo eram Jaú, São Paulo e Paris. Nos seus almoços de aniversário ele sempre citava a presença dos pequenos pastéis (carne e queijo) e o pernil de porco assado com a pele, além do cuscuz de frango, que segundo ele, era uma velha receita da família. O Saul gostava do pernil de porco por que ele engloba vários cortes, de carnes brancas e secas, mais delicadas, até outras mais escuras, gordurosas e de sabor marcante. Para acompanhar o pernil Saul dizia que tinha que ser vinho de classe. Um deles foi o Vega Sicilia Valbuena 5o ano 1998, que evocava cacau e bala de café. Eu tive o prazer de levar um desses para apreciar com meu amigo Fernando Tinton no Ciao Bello. Realmente uma maravilha. Também cita em um dos almoços o Seña 2001, que julgou o melhor Seña que bebeu, com toques de eucalipto da Cabernet Sauvignon chilena e muita elegância e concentração. E aí vai... Como diria o Saul, o negócio é viver bem!
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