domingo, 26 de setembro de 2010

Reunião na casa do João Paulo - Clos de los Siete 2008, Duas Quintas Reserva 2004, Farnese Montepulciano de Abruzzo e Pensées de Pallus

Pensées de Pallus
Ontem fomos a casa do querido casal João Paulo e Vanessa para um "more than happy hour"! Estavam lá as familias de Paulão (incluindo Pedro Ivo´s family), João Paulo e Fernandinho. Bem, nem preciso dizer que foram horas deliciosas, com boa comida (o chourizo de porco preto estava ótimo João!), bons vinhos e, acima de tudo, excelentes companhias! João Paulo abriu um Clos de los Siete 2008, um argentino feito pelo onipresente Michel Rolland e vendido no Brasil pela Grand Cru. O vinho é um corte de Malbec, Merlot, Cabernet Sauvignon, Syrah e, segundo a WS, neste ano conta com uma pitadinha de Petit Verdot. É um pouco diferente dos anteriores, principalmente do 2002 e 2003. Este de ontem me pareceu com uma maior influência da Malbec que nos anteriores. É um vinho redondo, equilibrado, com ótima fruta. Um Smart buy. Mas a meu ver, ainda está novo, devendo ganhar em complexidade com mais uns dois anos de adega. O Fernandinho adorou. Eu acho um pouco concentrado e extraído.
Paulão levou uma Farnese Montepulciano de Abruzzo 2006 Magnum, da Worldwine, que me lembrou macarronada de domingo com a familia toda, com muita gritaria e risadas. É um vinho fresco, tranquilo e fácil de beber.
O Fernandinho levou um que eu adoro e é para mim um dos melhores vinhos de Chinon. A Cabernet Franc é a uva tinta do Vale do Loire, onde fica Chinon, e é a prova de que não é só de brilhantes brancos que vive esta região. O vinho a que me refiro é o Les Pensées de Pallus 2007, do Domaine de Pallus. É o segundo vinho do Domaine. Ele envelheceu 18 meses em barrica de carvalho (barrica de 2 anos). E não são quaisquer barricas - São aquelas utilizadas pelo lendário Chateau Haut-Brion. Antes de ser engarrafado, o vinho fica 2 meses descansando. É um vinho fresco, com as típicas notas de tabaco, azeitona verde e pimenta. É mineral e com boa fruta. Vinho de fino acabamento e com final longo. Deve acompanhar maravilhosamente pratos levemente condimentados. Embora digam que os Chinon devem ser tomados novos, a Cabernet Franc, mãe da Cabernet Sauvignon, é uma uva que costuma premiar quem tem paciência. Um belo vinho Fernandinho! Encontrado na Vinci e em São Carlos no Gran Reserva. Em homenagem ao Fernandinho coloco a foto do Pallus no blog.
Eu levei um vinho do Adriano Ramos Pinto, o Duas Quintas Reseva 2004. É um vinho que me surpreendeu pelos aromas inusitados e que fogem um pouco aos comuns de vinhos do Douro. É um vinho encorpado e bastante complexo, com notas terrosas, de ferro, e aromas de amora, ameixa e especiarias (noz moscada). Vinho poderoso e muito equilibrado, e que deve ganhar muito com alguns anos de adega. Precisa de uma horinha de decanter para mostrar toda sua potencialidade, e deve acompanhar um cordeiro que é uma beleza! É vinho da importadora Franco-Suissa, e em São Carlos encontrei no Bon Gourmet.
O João Paulo ainda ofereceu a sua tradicional coleção de licores... Uma beleza de noite! Obrigado João Paulo e Vanessa!

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