Nesta última sexta-feira fui ao Ciao Belo e levei o portugues Prazo de Roriz 2003 para duelar com o espanhol La Planta 2008, levado pelo amigo Fernando. Combinei com o Fernandinho de levar vinhos mais simples, e com preços similares em suas origens. O Prazo de Roriz é o segundo vinho da Quinta do Roriz, que faz o hoje caro Quinta de Roriz Reserva. Digo "hoje caro" porque tempos atrás custava menos da metade do preço em dólares que custa hoje. Ganhou fama, deitou na cama! A Quinta de Roriz foi comprada, em 2009, pela familia Symington, a mesma que é dona dos grandes portos Graham, os vinhos Altano e Quinta do Vesúvio. Ou seja, continua em ótimas mãos. O Prazo de Roriz é considerado um segundo vinho melhor que muitos vinhos de reputação em Portugal. O da safra 2003 foi o melhor avaliado até hoje, tendo obtido 91 pontos da Wine Spectator e sendo eleito o número 55 do mundo nos top 100 2005. Eu já havia bebido umas garrafas dele anteriormente, assim como o de 2004, que me agradaram bastante. É vinho feito com as cepas Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz e Tinta Barroca, e maturado em barricas de carvalho francês usadas, que lhe tornam bem redondo e elegante. É um vinho rico, com notas de amora, chocolate, alcaçuz e boa mineralidade. Realmente uma fantástica relação custo benefício. É compra certa.
Por outro lado, o La Planta 2008, que é produzido pelas Bodegas Arzuaga Navarro, em Ribeira del Duero, é o vinho de entrada da bodega. É um vinho do tipo joven, ou seja, com crianza de 6 meses, e feito com a uva Tempranillo. Expementei no último Decanter Wine Show e gostei bastante, ainda mais considerando que é o vinho de entrada da bodega. No entanto, só agora pude aprecia-lo com calma, e com comida. É um vinho de bom corpo, bem frutado, com notas de cassis, groselha e baunilha. Na boca é gostoso, liso, com taninos bem amaciados, mas um pouco compotado demais para o meu gosto. Embora seja até um pouquinho mais barato que o Prazo de Roriz em sua origem (menos de um euro... rs), aqui no Brasil ele é mais caro. Resumindo, levou um banho do Prazo, que tem mais complexidade e, na sua faixa de preço, é dificil de ser batido. A propósito, o La Planta é importado pela Decanter e o Prazo de Roriz pela Mistral.
Olá Flávio. Dei uma geral no teu blog. Pôxa, tens bebido umas maravilhas, hein?
ResponderExcluirA confraria também é algo interessante que contribui para a degustação de vários e bons vinhos em uma única ocasião.
Sucesso e bons vinhos.
Abraço!
Caro Alexandre,
ResponderExcluirPois é, temos tido o prazer de beber bons vinhos, e a confraria realmente ajuda muito nisso (além de proporcionar momentos para boas risadas!). Obrigado pelo comentário e seja sempre bem-vindo! A propósito, visitei seu blog e dei de cara com uma postagem sobre os maravilhosos Tokaji! Que beleza! Vou olhar as outras postagens também. Parabéns!
Um grande abraço,
Flavio