sábado, 12 de maio de 2012

Crasto Vinhas Velhas 2005, Pago de Carraovejas Crianza 2007 e Rapariga da Quinta Reserva 2008 - 3 belos vinhos em reunião esvaziada da Confraria...

Nessa última quinta-feira estavam apenas Paulão, Tom, Fernandinho e eu na Confraria. E os que não foram perderam! Eu levei um de uma linha que todos adoramos, o Crasto Vinhas Velhas. No caso, levei um de uma safra que já apreciamos (aliás, desde o 2003 que não damos trégua para este vinho). O vinho em questão era um Crasto Vinhas Velhas 2005. O Tonzinho já havia nos brindado com uma garrafa dele (clique aqui). Eu acho que é o mais austero e complexo de todos que bebi da linha. Aliás, ele levou o posto de terceiro do mundo pela WS em 2008, como 95 pontos. Obviamente, não que isso vá fazê-lo melhor, mas é um vinhão! Muito aromático, com ótima fruta, Kirsch, notas especiadas e de chocolate. Em boca é amplo, com taninos finíssimos, acidez correta e final longo. Vinho com tudo na medida certa e que ainda pode aguentar alguns anos. O duro é achá-lo no mercado. Encontrei o pessoal da vinícola tempos atrás, em um evento, e me disseram que é objeto de colecionador. Se você tem uma garrafa dessas, fique feliz (eu, felizmente, ainda tenho uma, que deixarei descansando mais um tempinho para ver sua evolução).
Mas o amigo Paulão entrou feio na briga! Levou um que eu estava curioso para apreciar, já há tempos. Era o Pago de Carraovejas Crianza 2007. Este vinho de Ribera del Duero é muito elogiado na Espanha, e não é encontrado com facilidade. A Peninsula o importa, e vi também que pode ser encontrado na Invinovita. Este Crianza 2007 é feito com 94% Tempranillo, 5% Cabernet Sauvignon e 1% Merlot, e passa 12 meses em barricas de carvalho francês e americano. É um vinho muito aromático, com notas de frutas mescladas a um leve tostado, um fundinho de cedro e notas especiadas. Aliás, o mais marcante no vinho foi a riqueza em especiarias! São notas deliciosas de alcaçuz, canela, noz-moscada e outras. Realmente diferente e muitíssimo agradável. Em boca repete o nariz, mostra acidez correta e um retrogosto especiado muito gostoso. Um vinhão! Esse eu quero repetir e também conhecer seus irmãos mais velhos (Reserva e Vendimia Selecionada). Valeu Paolão!
E o Tonzinho levou um que figura bem na linha ótimo custo benefício. Era o alentejano Rapariga da Quinta Reserva 2008. O vinho é feito com Alicante Bouschet, Aragonez e Trincadeira e estagiou 9 meses em barricas de carvalho francês e americano. Ao nariz, mostra fruta bem madura (incluindo  ameixa seca, lembrada pelo Tom), café e alcaçuz. Em boca é muito redondo, com taninos doces. É um vinho difícil de não agradar. Pelo preço dele então, é aposta certa! Recomendado.
Confrades que faltaram: Perderam!

2 comentários:

  1. Flávio, bom dia!
    Mais uma boa degustação, hein?!
    Pô, assim cresce minha ansiedade quando vejo meus Crasto Reserva 2005 na adega.
    Tenho tb 02 garrafas desse mesmo Rapariga da Quinta. Vc acha q merecem ser guardados ou são pra consumo imediato?
    E maio tá acabando... vem ou não pra Foz? Eu vou no próximo fim de semana!
    Abç.

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  2. Bom dia Vitor! Pois é, mais uma bela noite enofílica. Acho que você não resistirá e madará ver logo em um dos seus Crasto Reserva 2005! É um vinhão! O Rapariga é no estilo mais internacional. Se fechar o olho dá para pensar em um corte argentino. Dá para tomar agora, sem problema. Tá prontão. Mas deve ser interessante guardar uma garrafa para beber daqui uns tempos também.
    Ah, vou estar em Foz este final de semana. Chego na sexta-feira à noite lá. Vamos ver se nos encontramos para apreciar uma garrafa juntos. Me envie um e-mail para combinarmos.
    Abraços,
    Flavio

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