Dias atrás bebemos este Gran Enemigo Single Vineyard Gualtallary 2012, obra do grande Alejandro Vigil e Adrianna Catena. Recentemente este vinho ficou em primeiro lugar em uma lista dos melhores vinhos argentinos pela Wine Advocate, com nada menos que 98 pontos! Seu irmão de 2011 havia obtido a mesma pontuação anteriormente.
O vinho é feito com 85% Cabernet Franc, uva que gosto demais, e 15% Malbec. As uvas provêm de vinhedos de alta densidade e a produção é pequena (menos de 3.000 garrafas). Segundo o próprio Alejandro, ele e Adrianna Catena fizeram o vinho ao estilo bordalês, em que a Cabernet Franc é cortada com outras variedades da região. Quanto ao vinho, sua cor é escura, densa, intransponível, e os aromas, típicos da casta, com notas de amoras em compota, azeitona preta, pimenta do reino e chocolate amargo. Em boca é explosivo, muito denso, com longo final e taninos ainda jovens. Um vinho novo, que a meu ver, precisa de tempo. Aliás, Cabernet Franc costuma premiar quem tem paciência... Concordo mesmo que seja um Cabernet Franc ao estilo bordalês, e não Loire. Só por curiosidade, há uma discrepância grande entre a avaliação da Wine Advocate e a Wine Spectator. A primeira, como citei, lhe tascou 98 pontos e elogios rasgados. A segunda foi (bem) mais comedida, invertendo os números e lhe atribuindo 89 pontos. Olha, quem sou eu para me meter nesse negócio de pontos, mas eu acho que as duas revistas poderiam entrar em um acordo...rs. Particularmente, eu gostei mais do 2010. Talvez por tê-lo bebido um pouco menos jovem, sei lá... Questão de gosto. Nesse 2012, eu só queria sentir uma pitada a mais de acidez. Mas o vinho é grande!
O vinho é feito com 85% Cabernet Franc, uva que gosto demais, e 15% Malbec. As uvas provêm de vinhedos de alta densidade e a produção é pequena (menos de 3.000 garrafas). Segundo o próprio Alejandro, ele e Adrianna Catena fizeram o vinho ao estilo bordalês, em que a Cabernet Franc é cortada com outras variedades da região. Quanto ao vinho, sua cor é escura, densa, intransponível, e os aromas, típicos da casta, com notas de amoras em compota, azeitona preta, pimenta do reino e chocolate amargo. Em boca é explosivo, muito denso, com longo final e taninos ainda jovens. Um vinho novo, que a meu ver, precisa de tempo. Aliás, Cabernet Franc costuma premiar quem tem paciência... Concordo mesmo que seja um Cabernet Franc ao estilo bordalês, e não Loire. Só por curiosidade, há uma discrepância grande entre a avaliação da Wine Advocate e a Wine Spectator. A primeira, como citei, lhe tascou 98 pontos e elogios rasgados. A segunda foi (bem) mais comedida, invertendo os números e lhe atribuindo 89 pontos. Olha, quem sou eu para me meter nesse negócio de pontos, mas eu acho que as duas revistas poderiam entrar em um acordo...rs. Particularmente, eu gostei mais do 2010. Talvez por tê-lo bebido um pouco menos jovem, sei lá... Questão de gosto. Nesse 2012, eu só queria sentir uma pitada a mais de acidez. Mas o vinho é grande!
FLavio,
ResponderExcluirPenso que um dos problemas dos "pontuadores" de vinho é ter que avaliá-lo muito jovem. Assim, um acredita no potencial de evolução favorável e manda 98 pts. O outro acha que é mais do mesmo e confere 89.
O ideal seria avaliar um bichão desses com no mínimo uns 10 anos de guarda.
Mas, acha paciência.
Abraço!
Grande Alexandre!
ExcluirPois é... Sempre fiquei curioso para saber como fazem a previsão de uma boa evolução (e atribuem notas) para vinhos longevos, que são fechados quando novos (ex. Bordeaux). Acredito que é mesmo pela análise da estrutura, acidez, taninos etc, e pela experiência com outros tantos provados e comprovados com o tempo. Sem dúvida seria ótimo beber este danado com 10 anos, ainda mais, quando se trata de um Cabernet Franc, que costuma evoluir muito bem. Por outro lado, uma vez um grande produtor português me disse que mais até que os taninos, uma característica importante que contribui enormemente para a longevidade é a acidez. Penso que por isso muitos vinhos argentinos têm problema com a longevidade.
Abraços,
Flavio