segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Philippe Pacalet Grevrey-Chambertin 2011, Pintas 2012 e EPU 2010

Três vinhos de responsa na foto. O primeiro deles, da esquerda para a direita, é um EPU de Almaviva 2010, já comentado aqui no blog (clique aqui). Da época que bebi, começo de 2014, para cá, ele mudou um bocadinho. Acho que ficou com ares mais de frutas maduras, taninos doces, coisa assim. Mas continua bom (embora não seja o vinho que eu coloque na cesta). Eu preferi quando ele estava com 4 anos, por mostrar mais frescor.
O segundo da foto, o borgonhês biodinâmico Philippe Pacalet Gevrey-Chambertin 2011. Vinho com pouco álcool (12,3%), leve, com aromas florais e evidentes de jaboticaba, em fundo terroso e especiado. Em boca, sutil, leve, boa acidez e taninos redondos. Um ótimo vinho do craque Pacalet. Mas confesso que as notas de jaboticaba causaram uma certa estranheza nos presentes. 
E para finalizar, um Pintas 2012, do casal Sandra Tavares da Silva e Jorge Serôdio Borges. Feito com uvas de vinhas de mais de 80 anos, contendo mais de 20 castas, entre elas a Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz, Tinta Amarela, Tinto Cão, Tinta Barroca e Rufete. Pisa a pé em lagares de granito. A densidade aparece já na cor, escura, intransponível. Ao nariz, fruta madura, amoras em compota e cereja preta, em meio a cacau, grafite e especiarias. Em boca era intenso, muscular, mineral, com ótima acidez e taninos ainda por se arredondar. Um vinho poderoso, de grande presença, e para durar muitos e muitos anos. Bebê-lo agora foi, claro, uma grande experiência. Mas ele merecia uns bons anos na adega para se acalmar. Grande vinho! Se tiver um, guarde.
Isso aí!


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