segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Cortes de Cima Reserva 2011: Que vinhão!

O Paul não brinca em serviço. Quando o negócio é vinho português então, o cidadão pega pesado. E este Cortes de Cima Reserva 2011 está aí para provar. Este vinho só é produzido em safras excepcionais, como a 2011. Ele é feito com Aragonez (40%), Syrah (35%), Touriga Nacional (15%) e Petit Verdot (10%). As uvas são submetidas a uma maceração longa com as películas, o que dá estrutura tânica ao vinho. A maturação é feita por 14 meses em barricas novas de carvalho francês. A produção deste 2011 foi pequena (apenas 9900 garrafas), como em outros anos. Só para ter uma ideia, ele ganhou 95 pontos da Decanter, 95 do Anibal Coutinho, 94 do Mr. Parker e 18 (em 20) da Revista de Vinhos. Mas vale citar uma injustiça: Nenhum Cortes de Cima Reserva ganhou, até o momento, mais de 89 pontos da Wine Spectator. Não dá para acreditar! Este 2011 é um vinho enorme. Cor granada, viva, bem bonita. Ao nariz, notas florais, de frutas como framboesa e cereja, em meio a notas sanguíneas, minerais, mentoladas, baunilha e especiarias. Em boca, muita vivacidade aportada por uma acidez vibrante e boa mineralidade. Os taninos são finos e o final longo e com toques minerais e de tabaco. Um grande vinho, muito fresco e vibrante, com grande aptidão gastronômica. Este 2011 poderia durar ainda muitos anos, mas pode ser apreciado agora, com muito prazer. O Paul insistiu e eu tive que levar um pouco que sobrou na garrafa para casa. Mandei um vacunvin e deixei na geladeira, até beber no terceiro dia, uma sexta-feira à noite. E que maravilha estava! Para mim, até melhor que no primeiro dia. Tudo ficou ainda mais integrado, e o vinho ficou bem sedoso. Isso indica que ele teria uma bela evolução na adega. Bem, esse não...rs.






Nenhum comentário:

Postar um comentário